Zé de Mello: REGIÃO ALENTEJO EM 2010?

03-07-2011
marcar artigo

Com pouco mais de 500 mil habitantes, o Alentejo poderá envolver-se numa nova polémica com o processo de regionalização, uma vez que, apesar de existir uma maioria favorável à criação de uma única região, há várias vozes dissonantes.Autarcas e dirigentes socialistas e comunistas vêem com bons olhos uma só região Alentejo, agrupando os 47 concelhos dos distritos de Évora, Portalegre e Beja e do litoral alentejano, mas da parte do PSD levantam-se dúvidas, com a distrital de Beja a inclinar-se para duas regiões e os autarcas de Portalegre a lançar mais interrogações.Defendendo o avanço da regionalização, que considerou "o patamar que falta para ligar efectivamente o poder decisório central e as populações", o presidente da distrital de Beja do PSD, Amílcar Mourão, disse estar inclinado para a criação de duas regiões administrativas no Alentejo. Apesar de salientar que "ainda não tem" uma "posição fechada" sobre o assunto, Amílcar Mourão propõe uma divisão do Alentejo, região com um total de 47 concelhos e 535.753 habitantes, segundo os Censos de 2001 do Instituto Nacional deEstatística (INE).A região do Alto Alentejo, incluindo os distritos de Évora e Portalegre, e a região do Baixo Alentejo, agrupando o distrito de Beja e os quatro concelhos do Litoral Alentejano (Grândola, Santiago do Cacem, Sines e Alcácer do Sal) são as divisões sugeridas pelo líder dos sociais-democratas de Beja.A lançar mais "achas para a fogueira", estão os autarcas social-democratas do norte alentejano, com o presidente da Câmara de Fronteira a afirmar-se contra a criação de regiões administrativas, alegando que a desconcentração para as regiões vai prejudicar e esvaziar o mundo rural.Dúvidas e interrogações apresenta também o autarca social- democrata de Portalegre, Mata Cáceres, que admite mesmo juntar-se a concelhos da Beira Interior, em detrimento dos vizinhos alentejanos."Portalegre aparece sempre numa posição subalterna nas políticas que dizemrespeito a todo o Alentejo", justificou.Sem posição oficial, aparece o PSD de Évora, uma vez que, segundo o líder distrital, António Costa Dieb, a regionalização "não é um tema prioritário" e "não está na ordem do dia".Na única região que deu a vitória ao "Sim" no referendo sobre a regionalização em 1998, há ainda a destacar a posição de Luís Pita Ameixa, actual deputado e presidente da Federação Regional do Baixo Alentejo do PS.Apesar de na campanha para o referendo ter despoletado polémica local a sua defesa de duas regiões, Luís Pita Ameixa disse hoje à agência Lusa não ter, actualmente, "nenhuma posição pessoal e fechada sobre o assunto".Mostrando-se "favorável" à criação de regiões administrativas, Luís Pita Ameixa, considerou "prematura" a discussão sobre a regionalização, alegando que se trata de um assunto que "só deverá ser discutido na próxima legislatura (depois de 2009)"."Actualmente, é mais importante o actual processo de descentralização de serviços e desconcentração de decisões, que irá beneficiar as autarquias", salientou.Mais pacíficos são os socialistas de Évora e Portalegre, "adeptos incondicionais" da regionalização, que reiteram uma opinião unânime em torno da criação de uma única região no Alentejo, embora com a distribuição de serviços pelas principais cidades.Posição idêntica têm os comunistas, desde o Alto ao Baixo Alentejo, preconizando uma "região polinucleada" e sem sede regional, segundo disse à Lusa Diamantino Dias, do Comité Central do PCP. "Não só defendemos, como há muito tempo exigimos a criação de regiões administrativas", lembrou o responsável da Direcção da Organização Regional de Beja (DORBE) do PCP, José Catalino, que considerou a regionalização "uma das medidas necessárias para o desenvolvimento do Alentejo". "Queremos uma única região Alentejo polinucleada, sem centralismos e com os principais serviços desconcentrados do Estado espalhados pelas quatro sub-regiões (Beja, Évora, Litoral Alentejano e Portalegre)", defendeu. José Catalino sugeriu ainda que o Alentejo "deveria funcionar como região piloto para a criação das regiões administrativas", lembrando que "foi a única região que deu a vitória ao 'Sim' no referendo sobre a regionalização", realizado em 1998.

Com pouco mais de 500 mil habitantes, o Alentejo poderá envolver-se numa nova polémica com o processo de regionalização, uma vez que, apesar de existir uma maioria favorável à criação de uma única região, há várias vozes dissonantes.Autarcas e dirigentes socialistas e comunistas vêem com bons olhos uma só região Alentejo, agrupando os 47 concelhos dos distritos de Évora, Portalegre e Beja e do litoral alentejano, mas da parte do PSD levantam-se dúvidas, com a distrital de Beja a inclinar-se para duas regiões e os autarcas de Portalegre a lançar mais interrogações.Defendendo o avanço da regionalização, que considerou "o patamar que falta para ligar efectivamente o poder decisório central e as populações", o presidente da distrital de Beja do PSD, Amílcar Mourão, disse estar inclinado para a criação de duas regiões administrativas no Alentejo. Apesar de salientar que "ainda não tem" uma "posição fechada" sobre o assunto, Amílcar Mourão propõe uma divisão do Alentejo, região com um total de 47 concelhos e 535.753 habitantes, segundo os Censos de 2001 do Instituto Nacional deEstatística (INE).A região do Alto Alentejo, incluindo os distritos de Évora e Portalegre, e a região do Baixo Alentejo, agrupando o distrito de Beja e os quatro concelhos do Litoral Alentejano (Grândola, Santiago do Cacem, Sines e Alcácer do Sal) são as divisões sugeridas pelo líder dos sociais-democratas de Beja.A lançar mais "achas para a fogueira", estão os autarcas social-democratas do norte alentejano, com o presidente da Câmara de Fronteira a afirmar-se contra a criação de regiões administrativas, alegando que a desconcentração para as regiões vai prejudicar e esvaziar o mundo rural.Dúvidas e interrogações apresenta também o autarca social- democrata de Portalegre, Mata Cáceres, que admite mesmo juntar-se a concelhos da Beira Interior, em detrimento dos vizinhos alentejanos."Portalegre aparece sempre numa posição subalterna nas políticas que dizemrespeito a todo o Alentejo", justificou.Sem posição oficial, aparece o PSD de Évora, uma vez que, segundo o líder distrital, António Costa Dieb, a regionalização "não é um tema prioritário" e "não está na ordem do dia".Na única região que deu a vitória ao "Sim" no referendo sobre a regionalização em 1998, há ainda a destacar a posição de Luís Pita Ameixa, actual deputado e presidente da Federação Regional do Baixo Alentejo do PS.Apesar de na campanha para o referendo ter despoletado polémica local a sua defesa de duas regiões, Luís Pita Ameixa disse hoje à agência Lusa não ter, actualmente, "nenhuma posição pessoal e fechada sobre o assunto".Mostrando-se "favorável" à criação de regiões administrativas, Luís Pita Ameixa, considerou "prematura" a discussão sobre a regionalização, alegando que se trata de um assunto que "só deverá ser discutido na próxima legislatura (depois de 2009)"."Actualmente, é mais importante o actual processo de descentralização de serviços e desconcentração de decisões, que irá beneficiar as autarquias", salientou.Mais pacíficos são os socialistas de Évora e Portalegre, "adeptos incondicionais" da regionalização, que reiteram uma opinião unânime em torno da criação de uma única região no Alentejo, embora com a distribuição de serviços pelas principais cidades.Posição idêntica têm os comunistas, desde o Alto ao Baixo Alentejo, preconizando uma "região polinucleada" e sem sede regional, segundo disse à Lusa Diamantino Dias, do Comité Central do PCP. "Não só defendemos, como há muito tempo exigimos a criação de regiões administrativas", lembrou o responsável da Direcção da Organização Regional de Beja (DORBE) do PCP, José Catalino, que considerou a regionalização "uma das medidas necessárias para o desenvolvimento do Alentejo". "Queremos uma única região Alentejo polinucleada, sem centralismos e com os principais serviços desconcentrados do Estado espalhados pelas quatro sub-regiões (Beja, Évora, Litoral Alentejano e Portalegre)", defendeu. José Catalino sugeriu ainda que o Alentejo "deveria funcionar como região piloto para a criação das regiões administrativas", lembrando que "foi a única região que deu a vitória ao 'Sim' no referendo sobre a regionalização", realizado em 1998.

marcar artigo