Do Portugal Profundo: Racismo cor-de-rosa

30-06-2011
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Discurso de Luís Pita Ameixa, almoço-comício com José Sócrates, Beja, 19-5-2011 -
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É inadmissível o insulto racista do presidente da Federação Socialista do Baixo Alentejo, deputado e cabeça de lista do PS por Beja, Luís António Pita Ameixa, em 19-5-2011, perante José Sócrates, referindo-se a Pedro Passos Coelho: «Esse africanista de Massamá tem de demonstrar amanhã se tem unhas para tocar a guitarra do País ou se não as tem, como no fundo já provou». Segundo a revista Sábado, o discurso de Pita Ameixa foi aplaudido por José Sócrates.

Sócrates aplaudiu (!!) e não desautorizou esse discurso de ódio racista no próprio almoço-comício, como deveria ter feito, nem depois. Parece que, afinal, quem demontra ter unhas é Pedro Passos Coelho. Não chega dizer como Vieira da Silva no dia seguinte, para tentar conter o prejuízo: «Ontem, num comício partidário no âmbito da campanha eleitoral, um dirigente do PS no distrito de Beja referiu-se ao líder do PSD de uma forma que, considerando nós que não tenha sido ofensiva, foi no entanto uma forma infeliz». A forma não foi ofensiva?!... O PS tem de assumir a gravidade do que o seu dirigente Pita Ameixa disse e o seu líder, José Sócrates -  que insisto estava presente no comício e a imprensa disse que aplaudiu o discurso do dirigente e deputado socialista - deve pedir desculpa pessoal e publicamente pelo facto.

Pita Ameixa não ofendeu pessoalmente apenas a mulher de Pedro Passos Coelho e o próprio Pedro Passos Coelho. Ofendeu os portugueses de origem africana e todos os imigrantes africanos em Portugal e, no fundo, todo o povo português que está profundamente ligado a África, desde 1415, pois como o Dr. Fernando Nobre disse, em 21-5-2011, «todos os portugueses são africanistas de Massamá». A mulher de Passos Coelho, Laura Ferreira, e mãe da sua filha mais nova, Júlia, nasceu em Bissau e viveu, depois, no Mindelo; e o próprio Passos Coelho viveu dos cinco aos dez anos de idade, na cidade de Silva Porto, actual Kuito, em Angola. Portanto, foi com o orgulho justificado que, num encontro com imigrantes africanos, na Amadora, em 15-5-2011, Pedro Passos Coelho disse «casei com África», que a sua filha mais pequena tinha uma «costela africana» e que era «o mais africano de todos os candidatos ao Parlamento».

Em duas palavras, o dirigente socialista ofendeu os africanos e a população dos subúrbios, cuja cor de pele e local de residência são tão dignos como quaisquer outros. Do alto da sua pseudo-superioridade rácica cor-de-rosa, Pita Ameixa, com a palavra «africanista», aponta Passos Coelho como «o preto», casado com «uma negra» e pai de «uma negrinha». E quando usa, com menosprezo, a palavra «Massamá», local de residência do casal Passos Coelho, atinge como pseudo-inferior o líder do PSD, que mora, segundo sei, num prédio vulgar deste bairro suburbano da Amadora - em vez da Lapa ou do Parque das Nações, em Lisboa. O facto de Passos viver na inclusiva e popular Massamá, e não num exclusivo e fino prédio de Lisboa, tem sido abertamente gozado pela corporação pê-éssica, num preconceito neo-burguês, típico dos arrogantes socialistas europeus, que se consideram superiores aos ignorantes e pobres da direita; e só a vergonha tinha evitado, até agora, que a mulher, Laura, e da filha, Júlia, fossem publicamente insultadas por causa da sua cor e Pedro Passos Coelho por motivo da velha turbatio sanguinis. É preciso contrariar este preconceito perigoso: o sangue não turva e a origem não enlameia.

Tenho salientado que é um azar que o princípio da igualdade esteja no artigo 13.º da Constituição da República Portuguesa (CRP). O poder socialista despreza esse princípio, pois pratica a superioridade dos socialistas perante a lei. Mas esse artigo 13.º da CRP exista e devia mandar:
«1. Todos os cidadãos têm a mesma dignidade social e são iguais perante a lei.

2. Ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça, língua, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica ou condição social.»

A dignidade do homem está precisamente na sua origem - humana! - e naquilo que faz. Diminuir essa dignidade no outro, por causa da pele e da origem, é mais uma prova da arrogância do poder socialista. É também contra o autoritarismo socialista que votamos em 5 de Junho de 2011. É hora de firmarmos: eu também sou africanista e de Massamá.

Pós-Texto (16:23 de 23-5-2011): A exploração de imigrantes africanos e asiáticos para os usar, mediante uma bucha, como figurantes dos comícios socialistas, como foi exposto na reportagem de Filipe Mendonça, na TVI, de 22-5-2011, é também uma forma desumana de desconsideração.

* Imagem picada daqui.

* Actualização: este poste foi actualizado às 16:00 e 16:23 de 23-5-2011.

Discurso de Luís Pita Ameixa, almoço-comício com José Sócrates, Beja, 19-5-2011 -
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É inadmissível o insulto racista do presidente da Federação Socialista do Baixo Alentejo, deputado e cabeça de lista do PS por Beja, Luís António Pita Ameixa, em 19-5-2011, perante José Sócrates, referindo-se a Pedro Passos Coelho: «Esse africanista de Massamá tem de demonstrar amanhã se tem unhas para tocar a guitarra do País ou se não as tem, como no fundo já provou». Segundo a revista Sábado, o discurso de Pita Ameixa foi aplaudido por José Sócrates.

Sócrates aplaudiu (!!) e não desautorizou esse discurso de ódio racista no próprio almoço-comício, como deveria ter feito, nem depois. Parece que, afinal, quem demontra ter unhas é Pedro Passos Coelho. Não chega dizer como Vieira da Silva no dia seguinte, para tentar conter o prejuízo: «Ontem, num comício partidário no âmbito da campanha eleitoral, um dirigente do PS no distrito de Beja referiu-se ao líder do PSD de uma forma que, considerando nós que não tenha sido ofensiva, foi no entanto uma forma infeliz». A forma não foi ofensiva?!... O PS tem de assumir a gravidade do que o seu dirigente Pita Ameixa disse e o seu líder, José Sócrates -  que insisto estava presente no comício e a imprensa disse que aplaudiu o discurso do dirigente e deputado socialista - deve pedir desculpa pessoal e publicamente pelo facto.

Pita Ameixa não ofendeu pessoalmente apenas a mulher de Pedro Passos Coelho e o próprio Pedro Passos Coelho. Ofendeu os portugueses de origem africana e todos os imigrantes africanos em Portugal e, no fundo, todo o povo português que está profundamente ligado a África, desde 1415, pois como o Dr. Fernando Nobre disse, em 21-5-2011, «todos os portugueses são africanistas de Massamá». A mulher de Passos Coelho, Laura Ferreira, e mãe da sua filha mais nova, Júlia, nasceu em Bissau e viveu, depois, no Mindelo; e o próprio Passos Coelho viveu dos cinco aos dez anos de idade, na cidade de Silva Porto, actual Kuito, em Angola. Portanto, foi com o orgulho justificado que, num encontro com imigrantes africanos, na Amadora, em 15-5-2011, Pedro Passos Coelho disse «casei com África», que a sua filha mais pequena tinha uma «costela africana» e que era «o mais africano de todos os candidatos ao Parlamento».

Em duas palavras, o dirigente socialista ofendeu os africanos e a população dos subúrbios, cuja cor de pele e local de residência são tão dignos como quaisquer outros. Do alto da sua pseudo-superioridade rácica cor-de-rosa, Pita Ameixa, com a palavra «africanista», aponta Passos Coelho como «o preto», casado com «uma negra» e pai de «uma negrinha». E quando usa, com menosprezo, a palavra «Massamá», local de residência do casal Passos Coelho, atinge como pseudo-inferior o líder do PSD, que mora, segundo sei, num prédio vulgar deste bairro suburbano da Amadora - em vez da Lapa ou do Parque das Nações, em Lisboa. O facto de Passos viver na inclusiva e popular Massamá, e não num exclusivo e fino prédio de Lisboa, tem sido abertamente gozado pela corporação pê-éssica, num preconceito neo-burguês, típico dos arrogantes socialistas europeus, que se consideram superiores aos ignorantes e pobres da direita; e só a vergonha tinha evitado, até agora, que a mulher, Laura, e da filha, Júlia, fossem publicamente insultadas por causa da sua cor e Pedro Passos Coelho por motivo da velha turbatio sanguinis. É preciso contrariar este preconceito perigoso: o sangue não turva e a origem não enlameia.

Tenho salientado que é um azar que o princípio da igualdade esteja no artigo 13.º da Constituição da República Portuguesa (CRP). O poder socialista despreza esse princípio, pois pratica a superioridade dos socialistas perante a lei. Mas esse artigo 13.º da CRP exista e devia mandar:
«1. Todos os cidadãos têm a mesma dignidade social e são iguais perante a lei.

2. Ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça, língua, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica ou condição social.»

A dignidade do homem está precisamente na sua origem - humana! - e naquilo que faz. Diminuir essa dignidade no outro, por causa da pele e da origem, é mais uma prova da arrogância do poder socialista. É também contra o autoritarismo socialista que votamos em 5 de Junho de 2011. É hora de firmarmos: eu também sou africanista e de Massamá.

Pós-Texto (16:23 de 23-5-2011): A exploração de imigrantes africanos e asiáticos para os usar, mediante uma bucha, como figurantes dos comícios socialistas, como foi exposto na reportagem de Filipe Mendonça, na TVI, de 22-5-2011, é também uma forma desumana de desconsideração.

* Imagem picada daqui.

* Actualização: este poste foi actualizado às 16:00 e 16:23 de 23-5-2011.

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