Seguro com Zapatero A crise na zona Euro

08-10-2014
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O secretário-geral do PS criticou hoje a obsessão com o défice sem medidas que, ao mesmo tempo, promovam o crescimento económica, postura que se aplica tanto a Portugal como à Europa.

"A necessidade de consolidar as contas públicas com medidas de austeridade e com medidas de crescimento da economia é decisivo", afirmou, em Madrid, depois de um encontro com o primeiro-ministro espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero.

"Tenho alertado para essa questão em Portugal. Não acredito que a consolidação das contas públicas, por si só, gere automatismo que impulsione o crescimento económico", sublinhou.

"É fundamental agir nos dois lados, na consolidação das contas públicas por vida de redução de despesa, que gera alguma austeridade, mas também criar condições para que o nosso país e as economias da Europa possam entrar numa trajetória sustentável de crescimento económico.

"Se assim não for não conseguirmos sair desta situação. Veja-se o caso da Grécia. A Grécia entrou numa espiral em que só por via das medidas de austeridade é que se encontrava a solução para resolver o problema e a solução transformou-se num problema", disse.

O líder do PS disse que a crise na zona euro foi o principal tema da conversa de cerca de uma hora que manteve com Zapatero, no Palácio da Moncloa, sede do Governo em Madrid.

Em especial analisaram o "crucial" Conselho Europeu de domingo, numa semana "muito importante para Portugal e para a Europa" e onde os líderes europeus devem "tomar grandes decisões" e deixar de lidar com a situação atual "com paninhos quentes".

"Se a Europa não perceber que o problema que aflige alguns países não é apenas desses países, mas global da zona euro, então a Europa não está a perceber o que está a acontecer. A Europa ou decide ou morre. Tem que pôr fim à sua ambiguidade. Tem andado com paninhos quentes. Tem que tomar grandes decisões e essas decisões são fundamentais para dar reposta aos problemas que afligem os europeus: desemprego, exclusão social e fortalecer a competitividade europeia", sublinhou.

Para Seguro, a Europa tem que tomar uma opção "mais profunda", com "uma governação política e económica e um orçamento federal", já que é "impensável responder aos problemas com um orçamento que não chega a 1 por cento do PIB".

Deve ainda apostar nos títulos europeus de dívida, tanto para "ajudar a dívida soberana de muitos países, como Portugal, mas também para financiar infraestruturas e outros projetos que são autosustentáveis mas que precisam do arranque inicial" financeiro.

"Neste momento a solidariedade passa por ajudar os países que têm necessidade e consolidar as contas públicas. Uma forma de ajudar é que os Governos que têm excedente, como a Alemanha, abram os seus mercados para que as exportações das empresas de países como Portugal possam também ter escoamento nesses mercados e, por essa via ajudar ao crescimento económico", realçou António José Seguro.

O secretário-geral do PS iniciou em Madrid um périplo europeu que o levará ainda a Paris e Bruxelas, janta hoje com os participantes no 2º Congresso Global - organizado pela Fundação Ideas (próxima ao PSOE).

O secretário-geral do PS criticou hoje a obsessão com o défice sem medidas que, ao mesmo tempo, promovam o crescimento económica, postura que se aplica tanto a Portugal como à Europa.

"A necessidade de consolidar as contas públicas com medidas de austeridade e com medidas de crescimento da economia é decisivo", afirmou, em Madrid, depois de um encontro com o primeiro-ministro espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero.

"Tenho alertado para essa questão em Portugal. Não acredito que a consolidação das contas públicas, por si só, gere automatismo que impulsione o crescimento económico", sublinhou.

"É fundamental agir nos dois lados, na consolidação das contas públicas por vida de redução de despesa, que gera alguma austeridade, mas também criar condições para que o nosso país e as economias da Europa possam entrar numa trajetória sustentável de crescimento económico.

"Se assim não for não conseguirmos sair desta situação. Veja-se o caso da Grécia. A Grécia entrou numa espiral em que só por via das medidas de austeridade é que se encontrava a solução para resolver o problema e a solução transformou-se num problema", disse.

O líder do PS disse que a crise na zona euro foi o principal tema da conversa de cerca de uma hora que manteve com Zapatero, no Palácio da Moncloa, sede do Governo em Madrid.

Em especial analisaram o "crucial" Conselho Europeu de domingo, numa semana "muito importante para Portugal e para a Europa" e onde os líderes europeus devem "tomar grandes decisões" e deixar de lidar com a situação atual "com paninhos quentes".

"Se a Europa não perceber que o problema que aflige alguns países não é apenas desses países, mas global da zona euro, então a Europa não está a perceber o que está a acontecer. A Europa ou decide ou morre. Tem que pôr fim à sua ambiguidade. Tem andado com paninhos quentes. Tem que tomar grandes decisões e essas decisões são fundamentais para dar reposta aos problemas que afligem os europeus: desemprego, exclusão social e fortalecer a competitividade europeia", sublinhou.

Para Seguro, a Europa tem que tomar uma opção "mais profunda", com "uma governação política e económica e um orçamento federal", já que é "impensável responder aos problemas com um orçamento que não chega a 1 por cento do PIB".

Deve ainda apostar nos títulos europeus de dívida, tanto para "ajudar a dívida soberana de muitos países, como Portugal, mas também para financiar infraestruturas e outros projetos que são autosustentáveis mas que precisam do arranque inicial" financeiro.

"Neste momento a solidariedade passa por ajudar os países que têm necessidade e consolidar as contas públicas. Uma forma de ajudar é que os Governos que têm excedente, como a Alemanha, abram os seus mercados para que as exportações das empresas de países como Portugal possam também ter escoamento nesses mercados e, por essa via ajudar ao crescimento económico", realçou António José Seguro.

O secretário-geral do PS iniciou em Madrid um périplo europeu que o levará ainda a Paris e Bruxelas, janta hoje com os participantes no 2º Congresso Global - organizado pela Fundação Ideas (próxima ao PSOE).

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