O país do Burro: O regulador retribui o financiamento: transferir em vez de criar riqueza

29-01-2012
marcar artigo


Em todas as estações é exibido o anúncio de um pacote com os quatro canais que antes eram gratuitos e agora são oferecidos a 9,90 euros. Em comunicado divulgado esta terça-feira, a CT da RTP diz que a forma como está a ser desenvolvida a implementação da Televisão Digital Terrestre em Portugal "é um verdadeiro escândalo económico e político com graves consequências sociais a curto, médio e longo prazo". Os trabalhadores do serviço público de televisão interrogam-se sobre o facto de na Europa a TDT ter sido o "catalisador de uma explosão de variedade de oferta televisiva", com muitas dezenas de canais de acesso livre em cada país, enquanto Portugal "terá como triste distinção o facto de ser o país europeu com o menor número de canais nesta plataforma". Para a CT da RTP, a explicação é simples: "porque tudo neste processo da TDT foi motivado, não pela defesa do bem público, mas sim pela defesa do bem privado, nomeadamente das operadoras de telecomunicações móveis".A entrega do desenvolvimento da plataforma TDT à Portugal Telecom, "que tem como principal actividade a venda de pacotes de cabo através do Meo", é alvo de fortes críticas dos trabalhadores da RTP, bem como as "decisões políticas de todo incompetentes", como a "de assegurar a cobertura de uma percentagem de território em vez de assegurar a cobertura de uma percentagem de população", uma diferença que parece de pormenor, mas que é responsável por deixar mais de um milhão de pessoas sem acesso à televisão. Os elogios de responsáveis da ANACOM ao modelo seguido apesar de todas as queixas das populações do interior, as mais afectadas por esta exclusão tecnológica, só podem explicar-se, no entender da CT da RTP, "pela dolorosa evidência de que, em Portugal, o regulador do sector das telecomunicações é financiado por aqueles que regula". (ler mais)


Em todas as estações é exibido o anúncio de um pacote com os quatro canais que antes eram gratuitos e agora são oferecidos a 9,90 euros. Em comunicado divulgado esta terça-feira, a CT da RTP diz que a forma como está a ser desenvolvida a implementação da Televisão Digital Terrestre em Portugal "é um verdadeiro escândalo económico e político com graves consequências sociais a curto, médio e longo prazo". Os trabalhadores do serviço público de televisão interrogam-se sobre o facto de na Europa a TDT ter sido o "catalisador de uma explosão de variedade de oferta televisiva", com muitas dezenas de canais de acesso livre em cada país, enquanto Portugal "terá como triste distinção o facto de ser o país europeu com o menor número de canais nesta plataforma". Para a CT da RTP, a explicação é simples: "porque tudo neste processo da TDT foi motivado, não pela defesa do bem público, mas sim pela defesa do bem privado, nomeadamente das operadoras de telecomunicações móveis".A entrega do desenvolvimento da plataforma TDT à Portugal Telecom, "que tem como principal actividade a venda de pacotes de cabo através do Meo", é alvo de fortes críticas dos trabalhadores da RTP, bem como as "decisões políticas de todo incompetentes", como a "de assegurar a cobertura de uma percentagem de território em vez de assegurar a cobertura de uma percentagem de população", uma diferença que parece de pormenor, mas que é responsável por deixar mais de um milhão de pessoas sem acesso à televisão. Os elogios de responsáveis da ANACOM ao modelo seguido apesar de todas as queixas das populações do interior, as mais afectadas por esta exclusão tecnológica, só podem explicar-se, no entender da CT da RTP, "pela dolorosa evidência de que, em Portugal, o regulador do sector das telecomunicações é financiado por aqueles que regula". (ler mais)

marcar artigo