O país do Burro: vitórias históricas

29-01-2012
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Quem não se lembra das vitórias daquele partido que, qualquer que fosse o resultado eleitoral, aparecia sempre como vencedor na noite da contagem de votos? Era sempre assim, invariavelmente lá aparecia um camarada destacado para o efeito a reclamar a vitória que mais ninguém via, num discurso emoldurado com aqueles dizeres tão próprios da conhecida cassette “as amplas liberdades democráticas”, “uma vitória contra a política do quero, posso e mando”, a que não podia faltar o “Portugal de Abril”.Lembrava-me disto ao assistir aos discursos de vitória, “Uma vitória como não acontecia há 31 anos”, como a descreveu o triunfante José Sócrates. A vitória que foi histórica pelos números da abstenção record verificada, numas eleições em que apenas 37,39% dos eleitores lisboetas compareceram nas mesas de voto e o vitorioso António Costa ganhou com bastante menos votos que o derrotado Manuel Maria Carrilho nas eleições anteriores, em que a participação rondou os 70%. Costa obteve 57.907 votos, contra os 75.022 de Carrilho em 2005, menos 17.115 votos, menos 22,81%. Até na festa da vitória houve abstenção, foi necessário encher a festa com gente da Covilhã, do Alandroal, de Celorico de Basto, entre outros de fora de Lisboa. Uma senhora que foi entrevistada por uma das televisões dizia que tinham ido numa excursão a Fátima, organizada pela Junta de Freguesia, e que depois os tinham trazido para ali. Dia histórico, para a senhora e para a abstenção.Abstenção – TOP 51. Referendo sobre a IVG (1998) – 68,11%2. Eleições para o Parlamento Europeu (1994) – 64,46%3. Eleições para a CML (2007) – 62,61%4. Referendo sobre a Regionalização (1998) – 51,88%5. Eleições Presidenciais (2001) – 50,29%


Quem não se lembra das vitórias daquele partido que, qualquer que fosse o resultado eleitoral, aparecia sempre como vencedor na noite da contagem de votos? Era sempre assim, invariavelmente lá aparecia um camarada destacado para o efeito a reclamar a vitória que mais ninguém via, num discurso emoldurado com aqueles dizeres tão próprios da conhecida cassette “as amplas liberdades democráticas”, “uma vitória contra a política do quero, posso e mando”, a que não podia faltar o “Portugal de Abril”.Lembrava-me disto ao assistir aos discursos de vitória, “Uma vitória como não acontecia há 31 anos”, como a descreveu o triunfante José Sócrates. A vitória que foi histórica pelos números da abstenção record verificada, numas eleições em que apenas 37,39% dos eleitores lisboetas compareceram nas mesas de voto e o vitorioso António Costa ganhou com bastante menos votos que o derrotado Manuel Maria Carrilho nas eleições anteriores, em que a participação rondou os 70%. Costa obteve 57.907 votos, contra os 75.022 de Carrilho em 2005, menos 17.115 votos, menos 22,81%. Até na festa da vitória houve abstenção, foi necessário encher a festa com gente da Covilhã, do Alandroal, de Celorico de Basto, entre outros de fora de Lisboa. Uma senhora que foi entrevistada por uma das televisões dizia que tinham ido numa excursão a Fátima, organizada pela Junta de Freguesia, e que depois os tinham trazido para ali. Dia histórico, para a senhora e para a abstenção.Abstenção – TOP 51. Referendo sobre a IVG (1998) – 68,11%2. Eleições para o Parlamento Europeu (1994) – 64,46%3. Eleições para a CML (2007) – 62,61%4. Referendo sobre a Regionalização (1998) – 51,88%5. Eleições Presidenciais (2001) – 50,29%

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