O país do Burro: Mesmo nada "responsável"

25-01-2012
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A criação de grandes agrupamentos escolares, que irá começar a tomar forma em Portugal no próximo ano lectivo, está a ser abandonada noutros países, que já viveram a experiência e tiveram maus resultados. Na Finlândia, a pequena dimensão é apontada como uma das marcas genéticas de um sistema de ensino que se tem distinguido pelos seus resultados de excelência. Em Inglaterra e nos Estados Unidos, as escolas grandes estão a ser substituídas por escolas mais pequenas. Nestas, embora os custos de funcionamento sejam mais elevados, o sucesso escolar que comprovadamente potenciam justifica uma aposta na qualificação que inevitavelmente terá as suas compensações no longo prazo.Por cá, poupar hoje para perder amanhã e ignorar as boas e as más experiências dos outros é uma irresponsabilidade com custos elevados no presente e no futuro: os da reforma do presente, os da contra-reforma que se tornará necessária no futuro, os da competitividade que se irá perdendo em consequência da desqualificação das gerações concentradas em escolas sobredimensionadas e os de um processo de desertificação do interior do país que, ao invés de tentar inverter-se, se vê promovido com o encerramento de escolas.


A criação de grandes agrupamentos escolares, que irá começar a tomar forma em Portugal no próximo ano lectivo, está a ser abandonada noutros países, que já viveram a experiência e tiveram maus resultados. Na Finlândia, a pequena dimensão é apontada como uma das marcas genéticas de um sistema de ensino que se tem distinguido pelos seus resultados de excelência. Em Inglaterra e nos Estados Unidos, as escolas grandes estão a ser substituídas por escolas mais pequenas. Nestas, embora os custos de funcionamento sejam mais elevados, o sucesso escolar que comprovadamente potenciam justifica uma aposta na qualificação que inevitavelmente terá as suas compensações no longo prazo.Por cá, poupar hoje para perder amanhã e ignorar as boas e as más experiências dos outros é uma irresponsabilidade com custos elevados no presente e no futuro: os da reforma do presente, os da contra-reforma que se tornará necessária no futuro, os da competitividade que se irá perdendo em consequência da desqualificação das gerações concentradas em escolas sobredimensionadas e os de um processo de desertificação do interior do país que, ao invés de tentar inverter-se, se vê promovido com o encerramento de escolas.

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