O país do Burro: A inevitabilidade do século

24-01-2012
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Duas maravilhas da globalização fazem hoje notícia. A primeira, o contraste entre as taxas de crescimento económico previstas para os países desenvolvidos (1,6%) e para os países em desenvolvimento (6,4%) pelo Relatório de Comércio e Desenvolvimento da ONU. A segunda, o aumento das desigualdades indicado por um estudo do Boston Consulting Group, que sustenta que um quinto da riqueza mundial (20%) se encontra concentrado em apenas um milionésimo (0,001%) das famílias e a tendência aponta para uma cada vez maior concentração da riqueza.É cada vez mais visível que a globalização, ao invés de trazer benefícios para todos, tem ganhadores e perdedores. Os vencedores, uma minoria, vão difundindo explicações motárias mais ou menos esotéricas para um fenómeno que pretendem prolongar no tempo o mais possível. E vai resultando. Vão convencendo a grande maioria de perdedores a confiarem o seu voto às soluções políticas que apresentam, contribuindo, através da sua falta de reacção, para a inevitabilidade do século: a deslocalização de empresas e de empregos dos seus países para países onde a exploração de mão-de-obra mais barata enriquece cada vez mais os primeiros e o retrocesso social e a deterioração da qualidade de vida operado nas suas sociedades com a mesma finalidade.


Duas maravilhas da globalização fazem hoje notícia. A primeira, o contraste entre as taxas de crescimento económico previstas para os países desenvolvidos (1,6%) e para os países em desenvolvimento (6,4%) pelo Relatório de Comércio e Desenvolvimento da ONU. A segunda, o aumento das desigualdades indicado por um estudo do Boston Consulting Group, que sustenta que um quinto da riqueza mundial (20%) se encontra concentrado em apenas um milionésimo (0,001%) das famílias e a tendência aponta para uma cada vez maior concentração da riqueza.É cada vez mais visível que a globalização, ao invés de trazer benefícios para todos, tem ganhadores e perdedores. Os vencedores, uma minoria, vão difundindo explicações motárias mais ou menos esotéricas para um fenómeno que pretendem prolongar no tempo o mais possível. E vai resultando. Vão convencendo a grande maioria de perdedores a confiarem o seu voto às soluções políticas que apresentam, contribuindo, através da sua falta de reacção, para a inevitabilidade do século: a deslocalização de empresas e de empregos dos seus países para países onde a exploração de mão-de-obra mais barata enriquece cada vez mais os primeiros e o retrocesso social e a deterioração da qualidade de vida operado nas suas sociedades com a mesma finalidade.

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