O resgate massivo de Certificados de Aforro continuou em Maio, atingindo 566 milhões de euros, um um pouco abaixo do recorde de 737 milhões de euros retirados em Abril. Desde o início do ano, o total de resgates eleva-se a quase dois mil milhões, superando, em apenas cinco meses, o total retirado em 2010. As novas subscrições de CA também não param de diminuir. Em Abril ficaram-se pelos 33 milhões de euros, perto do mínimo histórico de 30 milhões registado em Fevereiro. Tudo isto graças ao favor que a governação Sócrates fez ao nosso sistema financeiro de diminuir drasticamente o juro dos certificados de aforro, o que, imediatamente e sem qualquer esforço, tornou os produtos financeiros oferecidos pelos bancos bem mais atractivos. Ontem, Passos Coelho insistiu na necessidade de estimular a poupança. Em bom rigor, o Estado português tem toda a vantagem em poder financiar-se junto dos aforradores privados , uma vez que, ao fazê-lo, paga uma taxa muito mais baixa do que aquela que é cobrada pelos amigos BCE-FMI e mais ainda se comparada com as taxas praticadas nos mercados secundários. Se passar das palavras aos actos, o Governo de Passos Coelho aumentará as taxas de juro dos certificados de aforro, actualmente fixadas nuns ridículos 1,6 por cento, sem medo das reacções negativas do sector financeiro. Concorrência é isto, não contar com os favores do poder político.
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O resgate massivo de Certificados de Aforro continuou em Maio, atingindo 566 milhões de euros, um um pouco abaixo do recorde de 737 milhões de euros retirados em Abril. Desde o início do ano, o total de resgates eleva-se a quase dois mil milhões, superando, em apenas cinco meses, o total retirado em 2010. As novas subscrições de CA também não param de diminuir. Em Abril ficaram-se pelos 33 milhões de euros, perto do mínimo histórico de 30 milhões registado em Fevereiro. Tudo isto graças ao favor que a governação Sócrates fez ao nosso sistema financeiro de diminuir drasticamente o juro dos certificados de aforro, o que, imediatamente e sem qualquer esforço, tornou os produtos financeiros oferecidos pelos bancos bem mais atractivos. Ontem, Passos Coelho insistiu na necessidade de estimular a poupança. Em bom rigor, o Estado português tem toda a vantagem em poder financiar-se junto dos aforradores privados , uma vez que, ao fazê-lo, paga uma taxa muito mais baixa do que aquela que é cobrada pelos amigos BCE-FMI e mais ainda se comparada com as taxas praticadas nos mercados secundários. Se passar das palavras aos actos, o Governo de Passos Coelho aumentará as taxas de juro dos certificados de aforro, actualmente fixadas nuns ridículos 1,6 por cento, sem medo das reacções negativas do sector financeiro. Concorrência é isto, não contar com os favores do poder político.