O país do Burro: A lógica da "esquerda possível"

25-01-2012
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Até que fermentasse o conceito de “esquerda possível”, qualquer Governo que tivesse mais facilidade em obter acordos com partidos de direita seria considerado um Governo de direita, da mesma forma que, caso a mesma facilidade fosse obtida à esquerda, o Governo seria considerado de esquerda. Deixou de ser assim. O Governo PS recusou um acordo com o Bloco de Esquerda quanto ao alargamento das condições de atribuição do subsídio de desemprego e quanto à tributação de mais valias bolsistas. E, ao mesmo tempo que vai afastando entendimentos à esquerda e vai cedendo às pretensões dos partidos à sua direita, com a mesma dose de insensibilidade social “responsável”, também alérgicos à tributação da especulação e apologistas do mesmo modelo rentista, vai ameaçando com mais impostos e privatizações, que prejudicarão e beneficiarão os mesmos de sempre. À “esquerda possível” corresponde o país possível. Tem a sua lógica.


Até que fermentasse o conceito de “esquerda possível”, qualquer Governo que tivesse mais facilidade em obter acordos com partidos de direita seria considerado um Governo de direita, da mesma forma que, caso a mesma facilidade fosse obtida à esquerda, o Governo seria considerado de esquerda. Deixou de ser assim. O Governo PS recusou um acordo com o Bloco de Esquerda quanto ao alargamento das condições de atribuição do subsídio de desemprego e quanto à tributação de mais valias bolsistas. E, ao mesmo tempo que vai afastando entendimentos à esquerda e vai cedendo às pretensões dos partidos à sua direita, com a mesma dose de insensibilidade social “responsável”, também alérgicos à tributação da especulação e apologistas do mesmo modelo rentista, vai ameaçando com mais impostos e privatizações, que prejudicarão e beneficiarão os mesmos de sempre. À “esquerda possível” corresponde o país possível. Tem a sua lógica.

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