O país do Burro: Tranquilidade € transparência

25-01-2012
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O Público procura amenizar a desconfiança suscitada pelas novas regras introduzidas pelo novo Código dos Contratos Públicos e noticia que, graças a um novo site desenvolvido pela ANSOL, passa a ser possível conhecer e escrutinar as compras por ajuste directo de toda e qualquer entidade pública: “se se quiser saber, por exemplo, que compras é que uma junta de freguesia fez, a quem e por quanto, não há qualquer problema. Basta aceder ao site http://transparencia-pt.org/, escrever o nome da autarquia no campo “pesquisa” e clicar. No monitor do computador surgem então todas as aquisições de bens e serviços efectuadas por ajuste directo por aquela entidade, desde Agosto de 2007, com indicação da data, do nome do fornecedor, do objecto da aquisição e do preço.” Estou muito mais tranquilo, mas apenas quanto às aquisições cujo registo não possa desaparecer "misteriosamente". Ao contrário dos documentos em papel com cópias aos milhares, como o Diário da República, os registos electrónicos podem facilmente fazer-se desaparecer. E serão precisamente os registos de compras manhosas que desaparecerão, porque não haverá qualquer interesse em fabricar uma transparência que confira a respectiva invisibilidade aos mais limpinhos. Bom, a menos que quem os faça desaparecer seja um hacker. São cá uns bandidos...


O Público procura amenizar a desconfiança suscitada pelas novas regras introduzidas pelo novo Código dos Contratos Públicos e noticia que, graças a um novo site desenvolvido pela ANSOL, passa a ser possível conhecer e escrutinar as compras por ajuste directo de toda e qualquer entidade pública: “se se quiser saber, por exemplo, que compras é que uma junta de freguesia fez, a quem e por quanto, não há qualquer problema. Basta aceder ao site http://transparencia-pt.org/, escrever o nome da autarquia no campo “pesquisa” e clicar. No monitor do computador surgem então todas as aquisições de bens e serviços efectuadas por ajuste directo por aquela entidade, desde Agosto de 2007, com indicação da data, do nome do fornecedor, do objecto da aquisição e do preço.” Estou muito mais tranquilo, mas apenas quanto às aquisições cujo registo não possa desaparecer "misteriosamente". Ao contrário dos documentos em papel com cópias aos milhares, como o Diário da República, os registos electrónicos podem facilmente fazer-se desaparecer. E serão precisamente os registos de compras manhosas que desaparecerão, porque não haverá qualquer interesse em fabricar uma transparência que confira a respectiva invisibilidade aos mais limpinhos. Bom, a menos que quem os faça desaparecer seja um hacker. São cá uns bandidos...

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