O país do Burro: Breve recapitulação da saga EPE

27-01-2012
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Os hospitais públicos com gestão empresarial (EPE) tiveram um prejuízo de 91,1 milhões de euros no primeiro semestre deste ano, um agravamento de 22,6 por cento em relação ao período homólogo de 2008. A fórmula mágica voltou a dar mostras de que não serve. Abaixo republico o que escrevi em Novembro de 2007. Permanece actualíssimo. Desde então, o buraco do SNS não parou de aumentar (em Março de 2008, as dívidas do SNS já haviam aumentado 132 por cento desde o início da governação Sócrates) e a qualidade dos serviços prestados continuou a deteriorar-se. Pelo meio, apareceram empresas privadas cujo lucro provém do aluguer de médicos ao dia, houve contratos, legais e ilegais, celebrados com grupos privados para a exploração do negócio da saúde por 30 e mais anos, encerraram-se unidades de saúde de excelência do SNS para permitir o aparecimento de unidades privadas no seu lugar, ao mesmo tempo que os sucessivos relatórios do Tribunal de Contas, que invariavelmente apontaram irregularidades graves às gestões EPE, tão empresariais que nem contas fidedignas apresentam, foram sendo engavetados e esquecidos. Para pagar tudo, cá estiveram os portugueses. Com os seus impostos e, tantas vezes, com a própria vida.Com uma gestão privada iam ser a oitava maravilha. Uma gestão mais ágil, competitiva, Melhor aproveitamento de recursos, melhor gestão de tudo e mais alguma coisa. Nada disso aconteceu. As dívidas até poderiam ter-se mantido e já isso seria um mau resultado diante de tantas expectativas. Nem isso. As dívidas mais que duplicaram, o atendimento piorou, mas… já nada disto conta para o défice. A meta foi alcançada e o resto é o resto. Agora já só falta deixar apodrecer, para depois encerrar. Corrijo: ter que encerrar.Em 2009, já está mais apodrecido. Manuela Ferreira Leite e José Sócrates aí estão, prontos para a colheita. Os seus partidos continuam no top de preferências dos portugueses.


Os hospitais públicos com gestão empresarial (EPE) tiveram um prejuízo de 91,1 milhões de euros no primeiro semestre deste ano, um agravamento de 22,6 por cento em relação ao período homólogo de 2008. A fórmula mágica voltou a dar mostras de que não serve. Abaixo republico o que escrevi em Novembro de 2007. Permanece actualíssimo. Desde então, o buraco do SNS não parou de aumentar (em Março de 2008, as dívidas do SNS já haviam aumentado 132 por cento desde o início da governação Sócrates) e a qualidade dos serviços prestados continuou a deteriorar-se. Pelo meio, apareceram empresas privadas cujo lucro provém do aluguer de médicos ao dia, houve contratos, legais e ilegais, celebrados com grupos privados para a exploração do negócio da saúde por 30 e mais anos, encerraram-se unidades de saúde de excelência do SNS para permitir o aparecimento de unidades privadas no seu lugar, ao mesmo tempo que os sucessivos relatórios do Tribunal de Contas, que invariavelmente apontaram irregularidades graves às gestões EPE, tão empresariais que nem contas fidedignas apresentam, foram sendo engavetados e esquecidos. Para pagar tudo, cá estiveram os portugueses. Com os seus impostos e, tantas vezes, com a própria vida.Com uma gestão privada iam ser a oitava maravilha. Uma gestão mais ágil, competitiva, Melhor aproveitamento de recursos, melhor gestão de tudo e mais alguma coisa. Nada disso aconteceu. As dívidas até poderiam ter-se mantido e já isso seria um mau resultado diante de tantas expectativas. Nem isso. As dívidas mais que duplicaram, o atendimento piorou, mas… já nada disto conta para o défice. A meta foi alcançada e o resto é o resto. Agora já só falta deixar apodrecer, para depois encerrar. Corrijo: ter que encerrar.Em 2009, já está mais apodrecido. Manuela Ferreira Leite e José Sócrates aí estão, prontos para a colheita. Os seus partidos continuam no top de preferências dos portugueses.

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