O país do Burro: Desta vez dava nas vistas

29-01-2012
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O primeiro-ministro afirmou hoje que a solução apresentada pelo Governo para o Banco Privado Português (BPP) foi desenhada "em nome dos interesses dos contribuintes". Referia-se, obviamente, à decisão de ontem. Não aos 450 milhões em garantias que o Estado ofereceu para salvar um banco que já se sabia falido e que agora, quando for declarada a falência, serão perdidos. Não às obras de arte que eram património do BPP e que foram sobrevalorizadas para poderem servir de garantia real à operação anterior. Talvez se referisse ao interesse de alguns contribuintes especialíssimos que beneficiaram das duas operações anteriores. Mas seguramente que não pode estar a falar do interesse de todos os contribuintes que as pagaram, tal como pagaram os 2,55 mil milhões do buraco financeiro do BPN. Sócrates gosta de fazer e depois dizer assim umas coisas para regatear o preço que, mais cedo ou mais tarde, sabe que pagará em votos. Dizer não lhe custa um cêntimo. E, enquanto se diverte com o seu jogo, todas estas barracadas que foi e vai alimentando ficam por conta dos portugueses.


O primeiro-ministro afirmou hoje que a solução apresentada pelo Governo para o Banco Privado Português (BPP) foi desenhada "em nome dos interesses dos contribuintes". Referia-se, obviamente, à decisão de ontem. Não aos 450 milhões em garantias que o Estado ofereceu para salvar um banco que já se sabia falido e que agora, quando for declarada a falência, serão perdidos. Não às obras de arte que eram património do BPP e que foram sobrevalorizadas para poderem servir de garantia real à operação anterior. Talvez se referisse ao interesse de alguns contribuintes especialíssimos que beneficiaram das duas operações anteriores. Mas seguramente que não pode estar a falar do interesse de todos os contribuintes que as pagaram, tal como pagaram os 2,55 mil milhões do buraco financeiro do BPN. Sócrates gosta de fazer e depois dizer assim umas coisas para regatear o preço que, mais cedo ou mais tarde, sabe que pagará em votos. Dizer não lhe custa um cêntimo. E, enquanto se diverte com o seu jogo, todas estas barracadas que foi e vai alimentando ficam por conta dos portugueses.

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