Têxtil
SAPO: A empresa Américo Tavar está de malas aviadas para Angola? Porquê Angola?
Américo Tavar (A.T): É verdade. Porquê Angola? Porque apresenta índices de crescimento elevadíssimos e é um mercado em franco desenvolvimento.
SAPO: Quanto tempo de preparação foi preciso para entrar em Angola?
A.T: Cerca de seis meses, algumas viagens e o fecho de parceria com a Mangais S.A, firma que possui o resort que terá o primeiro campo de golfe do país. Depois como queremos ter uma marca forte, estamos a fechar várias parcerias com programas de televisão e opinion makers daquele mercado. Quanto ao local onde abriremos os nossos espaços a estratégia é a mesma seguida em Portugal. Será na baixa de Luanda.
SAPO: Sentiram o peso da burocracia? Foi fácil montar o negócio?
A.T: (risos) Claro que há certas burocracias mas não há situações impossíveis. Quando desembarcarmos a nossa primeira encomenda em Angola é que poderemos constatar alguns problemas, mas acredito que seja pacífico pois identificámos todos os canais e tratámos de tudo o que foi pedido. Não vejo porque poderia haver algum problema.
SAPO: A empresa investiu cerca de um milhão de euros nesta operação. Com capitais próprios?
A.T: T: Sim ronda esse montante mas já inclui a mercadoria.
SAPO: Desenvolveu uma coleção própria para Angola?
A.T: A nossa coleção de verão está adaptada, a de inverno com casacos pesadíssimos é que não tem utilidade naquele clima. Portanto, o que faremos é aligeirar a nossa coleção de inverno.
SAPO: E a Europa não é atrativa?
A.T: Já tivemos lojas em Espanha. Neste momento ainda fazemos algumas vendas para lá, contudo a velha Europa está demasiado fechada e na realidade tem os mesmo problemas que Portugal. Pensamos que o Norte da Europa pode ser um bom mercado bem como os países emergentes. Estamos a estabelecer alguns contatos. Contudo, gostaria de realçar que os mercados europeus são muito protecionistas, por exemplo o caso de Itália é flagrante. Faz protecionismo sem ter leis para tal. Tenta-se entrar e encontram-se imensas barreiras, ao contrário de Portugal onde se passa exatamente o contrário. Acolhemos todas as pessoas!
SAPO: A marca Américo Tavar tem lucro?
A.T: Sim temos. O mercado não está fácil, mas ao longo dos anos aprendemos a fazer uma gestão rigorosa e cortámos todas as gorduras em termos de custos pelo que desta forma temos conseguido manter as lojas rentáveis.
SAPO: Estão a pensar lançar o modelo de franchising?
A.T: Já temos 13 lojas a operar em Portugal e estamos a pensar criar o modelo de franchising. O investimento para o franchisado rondará entre 25 mil e 50 mil euros. Terá todo o apoio a nível de gestão, de decoração dos espaços, vitrinismo e do know how do grupo.
SAPO: O setor têxtil é complicado?
A.T: Deve ser dos mais difíceis. A concorrência é feroz. E se antigamente as pessoas compravam roupa para toda a vida. Queriam design e qualidade. Tudo para resistir ao tempo. Atualmente a moda do fast food chegou ao vestuário e sinceramente não sei como se pode dar a volta a este assunto.
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SAPO: Quanto tempo de preparação foi preciso para entrar em Angola?
A.T: Cerca de seis meses, algumas viagens e o fecho de parceria com a Mangais S.A, firma que possui o resort que terá o primeiro campo de golfe do país. Depois como queremos ter uma marca forte, estamos a fechar várias parcerias com programas de televisão e opinion makers daquele mercado. Quanto ao local onde abriremos os nossos espaços a estratégia é a mesma seguida em Portugal. Será na baixa de Luanda.
SAPO: Sentiram o peso da burocracia? Foi fácil montar o negócio?
A.T: (risos) Claro que há certas burocracias mas não há situações impossíveis. Quando desembarcarmos a nossa primeira encomenda em Angola é que poderemos constatar alguns problemas, mas acredito que seja pacífico pois identificámos todos os canais e tratámos de tudo o que foi pedido. Não vejo porque poderia haver algum problema.
SAPO: A empresa investiu cerca de um milhão de euros nesta operação. Com capitais próprios?
A.T: T: Sim ronda esse montante mas já inclui a mercadoria.
SAPO: Desenvolveu uma coleção própria para Angola?
A.T: A nossa coleção de verão está adaptada, a de inverno com casacos pesadíssimos é que não tem utilidade naquele clima. Portanto, o que faremos é aligeirar a nossa coleção de inverno.
SAPO: E a Europa não é atrativa?
A.T: Já tivemos lojas em Espanha. Neste momento ainda fazemos algumas vendas para lá, contudo a velha Europa está demasiado fechada e na realidade tem os mesmo problemas que Portugal. Pensamos que o Norte da Europa pode ser um bom mercado bem como os países emergentes. Estamos a estabelecer alguns contatos. Contudo, gostaria de realçar que os mercados europeus são muito protecionistas, por exemplo o caso de Itália é flagrante. Faz protecionismo sem ter leis para tal. Tenta-se entrar e encontram-se imensas barreiras, ao contrário de Portugal onde se passa exatamente o contrário. Acolhemos todas as pessoas!
SAPO: A marca Américo Tavar tem lucro?
A.T: Sim temos. O mercado não está fácil, mas ao longo dos anos aprendemos a fazer uma gestão rigorosa e cortámos todas as gorduras em termos de custos pelo que desta forma temos conseguido manter as lojas rentáveis.
SAPO: Estão a pensar lançar o modelo de franchising?
A.T: Já temos 13 lojas a operar em Portugal e estamos a pensar criar o modelo de franchising. O investimento para o franchisado rondará entre 25 mil e 50 mil euros. Terá todo o apoio a nível de gestão, de decoração dos espaços, vitrinismo e do know how do grupo.
SAPO: O setor têxtil é complicado?
A.T: Deve ser dos mais difíceis. A concorrência é feroz. E se antigamente as pessoas compravam roupa para toda a vida. Queriam design e qualidade. Tudo para resistir ao tempo. Atualmente a moda do fast food chegou ao vestuário e sinceramente não sei como se pode dar a volta a este assunto.
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