Ex-dirigentes socialistas criticam linha política da direcção da bancada

30-09-2011
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De acordo com deputados contactados pela agência Lusa, uma das críticas mais duras partiu de José Lello, ex-secretário nacional do PS para as Relações Internacionais.

Numa referência ao debate quinzenal com o primeiro-ministro, na quarta-feira, José Lello considerou que “a estratégia de vénia” utilizada no debate perante o Governo teve como resposta “um ataque violentíssimo” do presidente do Grupo Parlamentar do PSD, Luís Montenegro, na parte final do debate.

Em termos de estratégia política, José Lello disse que o secretário-geral do PS, António José Seguro, deveria ter colocado logo à cabeça a Pedro Passos Coelho o tema do desvio nas contas verificado na Madeira.

“Se isto se tivesse passado quando estávamos no Governo, o PSD teria exigido um inquérito parlamentar, acusando-nos de falta de transparência”, referiu Lello, citado por um deputado socialista.

Ainda segundo as mesmas fontes, na mesma reunião, o ex-ministro da Presidência Pedro Silva Pereira defendeu que a bancada socialista terá de assumir uma demarcação mais ativa perante a maioria PSD/CDS – posição que foi partilhada por Basílio Horta, deputado independente que é vice-presidente do Grupo Parlamentar do PS.

Já Francisco Assis, ex-líder parlamentar do PS, fez uma distinção entre a posição que deverá ser seguida pelos socialistas na votação do Orçamento do Estado e a forma como terá de “contrariar a linha discursiva da direita e do Presidente da República”.

Na perspectiva do candidato derrotado à liderança do PS, ao nível do discurso político, o PS deve ser “contundente na resposta” face ao discurso da maioria PSD/CDS e do Presidente da República de remeter para o anterior Governo a responsabilidade pela situação actual da economia e finanças do país.

No entanto, Assis defendeu que o PS, mesmo antes de conhecer a proposta de Orçamento, deverá decidir e comunicar “o mais rapidamente possível” que viabiliza a proposta do Governo.

Assis entende que o PS deverá ser crítico das propostas do Governo que discorde e que façam parte do Orçamento, mas, “atendendo às circunstâncias absolutamente excepcionais do país” deve anunciar que viabiliza o Orçamento, já que isso seria importante para a imagem externa de Portugal.

Na mesma linha de Assis, neste ponto, estiveram os deputados socialistas Vitalino Canas e João Soares.

Já José Lello defendeu que o PS coloque completamente de parte a possibilidade de votar a favor da proposta orçamental do Governo.

De acordo com deputados contactados pela agência Lusa, uma das críticas mais duras partiu de José Lello, ex-secretário nacional do PS para as Relações Internacionais.

Numa referência ao debate quinzenal com o primeiro-ministro, na quarta-feira, José Lello considerou que “a estratégia de vénia” utilizada no debate perante o Governo teve como resposta “um ataque violentíssimo” do presidente do Grupo Parlamentar do PSD, Luís Montenegro, na parte final do debate.

Em termos de estratégia política, José Lello disse que o secretário-geral do PS, António José Seguro, deveria ter colocado logo à cabeça a Pedro Passos Coelho o tema do desvio nas contas verificado na Madeira.

“Se isto se tivesse passado quando estávamos no Governo, o PSD teria exigido um inquérito parlamentar, acusando-nos de falta de transparência”, referiu Lello, citado por um deputado socialista.

Ainda segundo as mesmas fontes, na mesma reunião, o ex-ministro da Presidência Pedro Silva Pereira defendeu que a bancada socialista terá de assumir uma demarcação mais ativa perante a maioria PSD/CDS – posição que foi partilhada por Basílio Horta, deputado independente que é vice-presidente do Grupo Parlamentar do PS.

Já Francisco Assis, ex-líder parlamentar do PS, fez uma distinção entre a posição que deverá ser seguida pelos socialistas na votação do Orçamento do Estado e a forma como terá de “contrariar a linha discursiva da direita e do Presidente da República”.

Na perspectiva do candidato derrotado à liderança do PS, ao nível do discurso político, o PS deve ser “contundente na resposta” face ao discurso da maioria PSD/CDS e do Presidente da República de remeter para o anterior Governo a responsabilidade pela situação actual da economia e finanças do país.

No entanto, Assis defendeu que o PS, mesmo antes de conhecer a proposta de Orçamento, deverá decidir e comunicar “o mais rapidamente possível” que viabiliza a proposta do Governo.

Assis entende que o PS deverá ser crítico das propostas do Governo que discorde e que façam parte do Orçamento, mas, “atendendo às circunstâncias absolutamente excepcionais do país” deve anunciar que viabiliza o Orçamento, já que isso seria importante para a imagem externa de Portugal.

Na mesma linha de Assis, neste ponto, estiveram os deputados socialistas Vitalino Canas e João Soares.

Já José Lello defendeu que o PS coloque completamente de parte a possibilidade de votar a favor da proposta orçamental do Governo.

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