É uma mulher de afetos e
tem as emoções à flor da pele. Isabel Figueira, 33 anos, dá gargalhadas,
chora, abraça, gosta de mimos, pede colo e, com uma naturalidade desarmante,
diz sempre o que pensa. No Hotel Pestana Cayo Coco, em Cuba, onde esteve a
convite da CARAS, a modelo e apresentadora não deixou nenhuma pergunta sem
resposta. Falou da sua recente separação do empresário João Sotto Mayor,
não escondeu as saudades que teve dos dois filhos, Francisco, de um ano
(da relação com João), e Rodrigo, de sete (do seu casamento com César
Peixoto), e não conteve as lágrimas quando falou, orgulhosa, da relação que
tem com o seu pai. Esta viagem ficou ainda marcada pela publicação de uma
notícia falsa numa revista semanal que a dava como estando envolvida com o
líder da bancada parlamentar do PSD, Luís Montenegro, no que seria um
triângulo amoroso que incluía a jornalista Judite Sousa. E foi por aí
que começámos esta conversa.
– Esta viagem ia ficando estragada com a notícia que de que a Isabel estaria
envolvida num triângulo amoroso…
– Nem quero pensar nisso. Fiquei indignada com a notícia. Fizeram uma
capa, usaram o meu nome, difamaram-me, expuseram o meu filho mais novo, e ainda
o Henrique Blanc, meu amigo de longa data. O que inventaram foi
muito grave. Foi um choque para o meu pai também ver o meu nome associado
àquela mentira. Senti-me impotente, estava a milhares de quilómetros de
distância e tornou-se difícil dar explicações às pessoas que me são próximas.
– O que pensa fazer agora?
– O que posso dizer é que a revista tem de ser punida, porque a notícia
me prejudicou a todos os níveis, pessoais e profissionais. A minha agência, a
Glam, já deu entrada com uma queixa-crime e com uma ação cível contra o grupo
Impala, em concreto contra o jornalista que assinou a peça e contra o diretor
da publicação.
– Assim que lhe contaram por telefone o que se estava a passar em Portugal,
a primeira pessoa para quem ligou foi o seu pai. É o seu porto seguro?
– O meu pai é a pessoa mais maravilhosa que conheço, um grande apoio, um
grande amigo, uma pessoa que sempre me deu muito carinho. É o meu equilíbrio,
uma pessoa muito especial que amo. Apesar de ter duas relações falhadas, das
quais tenho filhos, o meu pai tem orgulho na pessoa que sou, acredita em mim.
Tenho muita sorte em tê-lo na minha vida e o Rodrigo também, porque além de ser
um ótimo pai é um excelente avô. Obrigada, pai!
– A Isabel separou-se há três meses, suponho que ainda não esteja refeita…
– Claro que não, uma separação nunca é fácil, ainda por cima havendo um
filho. Mas nós definimos bem o que queríamos, o que tem tornado tudo mais
fácil. Neste momento o bem-estar do Francisco é o mais importante.
– Sente alguma frustração por não ter conseguido levar um casamento até ao
fim?
– Sim, sinto que é uma frustração. Mas hoje em dia é mais fácil
desistirmos. As pessoas estão menos tolerantes, menos dispostas a fazer
sacrifícios. Por vezes deixam de se concentrar no que vale a pena e
dispersam-se.
– Seria capaz de viver uma relação de fachada só porque acredita no
casamento?
– Não. Acho que temos de fazer sacrifícios numa relação tentando
ultrapassar os obstáculos e esforçando-nos para salvar o casamento. Quando eu e
o João tomámos a decisão de ter um filho foi porque pensávamos ficar juntos
para sempre. Se abdiquei da minha carreira para ter mais um filho foi também
porque acreditei nesta relação. As coisas não resultaram e decidimos
separar-nos… Antes assim do que não sermos felizes. Tenho uma velha máxima
que é ser feliz acima de tudo, porque a vida é demasiado curta para não o ser.
– Mas fez tudo para manter esta relação?
– Tenho a certeza que sim, que fiz de tudo a favor de algo em que
acredito, que é no casamento com respeito, fidelidade e dedicação. Tenho
orgulho de ter feito tudo o que estava ao meu alcance. Nesse campo não falhei.
– O João trabalha à noite. Poderá ter sido um dos fatores que prejudicaram a
relação?
– Quando conheci o João ele já o fazia, mas com o decorrer da relação e com um
filho foi-se tornando incompatível. Temos estilos de vida diferentes.
– Ainda ama o João?
– Sinto um respeito enorme por ele, porque é o pai do meu filho. Amar,
amo os meus filhos, e quem me faz bem.
– Tem esperança de encontrar uma pessoa que a faça feliz ou deixou de
acreditar no amor?
– Não é uma prioridade agora mas não vou perder a esperança de encontrar
alguém que me ame, respeite e faça muito feliz.
– Tem medo de voltar a apaixonar-se?
– Medo não tenho, sinto é que não estou disponível para amar neste
momento. Quero continuar a dedicar-me aos meus filhos, viajar, porque estou
numa fase de aceitação, em que preciso de me reencontrar, perceber onde falhei
e tentar melhorar. E tenho a certeza que um dia vou ser muito feliz com a
família que sonhei e quis.
– Criou laços com o filho do João, o João Maria. Tem saudades dele?
– Sim, muitas, custa-me muito. Entrou na minha vida e aceitei-o como
se fosse um filho. Sinto saudades dele.
– É duro ter dois filhos a seu cargo a maior parte do tempo?
– Não é fácil, mas tenho dois filhos maravilhosos, que são a minha maior
alegria, por quem faço tudo e custa-me estar longe deles.
– Como está a acontecer agora…
– Sim, estou cheia de saudades e penso neles a toda a hora, mas também sei
que saio desta viagem com outra energia para enfrentar o mundo. Estar longe
deles estes oito dias não me fará ser menos mãe.
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É uma mulher de afetos e
tem as emoções à flor da pele. Isabel Figueira, 33 anos, dá gargalhadas,
chora, abraça, gosta de mimos, pede colo e, com uma naturalidade desarmante,
diz sempre o que pensa. No Hotel Pestana Cayo Coco, em Cuba, onde esteve a
convite da CARAS, a modelo e apresentadora não deixou nenhuma pergunta sem
resposta. Falou da sua recente separação do empresário João Sotto Mayor,
não escondeu as saudades que teve dos dois filhos, Francisco, de um ano
(da relação com João), e Rodrigo, de sete (do seu casamento com César
Peixoto), e não conteve as lágrimas quando falou, orgulhosa, da relação que
tem com o seu pai. Esta viagem ficou ainda marcada pela publicação de uma
notícia falsa numa revista semanal que a dava como estando envolvida com o
líder da bancada parlamentar do PSD, Luís Montenegro, no que seria um
triângulo amoroso que incluía a jornalista Judite Sousa. E foi por aí
que começámos esta conversa.
– Esta viagem ia ficando estragada com a notícia que de que a Isabel estaria
envolvida num triângulo amoroso…
– Nem quero pensar nisso. Fiquei indignada com a notícia. Fizeram uma
capa, usaram o meu nome, difamaram-me, expuseram o meu filho mais novo, e ainda
o Henrique Blanc, meu amigo de longa data. O que inventaram foi
muito grave. Foi um choque para o meu pai também ver o meu nome associado
àquela mentira. Senti-me impotente, estava a milhares de quilómetros de
distância e tornou-se difícil dar explicações às pessoas que me são próximas.
– O que pensa fazer agora?
– O que posso dizer é que a revista tem de ser punida, porque a notícia
me prejudicou a todos os níveis, pessoais e profissionais. A minha agência, a
Glam, já deu entrada com uma queixa-crime e com uma ação cível contra o grupo
Impala, em concreto contra o jornalista que assinou a peça e contra o diretor
da publicação.
– Assim que lhe contaram por telefone o que se estava a passar em Portugal,
a primeira pessoa para quem ligou foi o seu pai. É o seu porto seguro?
– O meu pai é a pessoa mais maravilhosa que conheço, um grande apoio, um
grande amigo, uma pessoa que sempre me deu muito carinho. É o meu equilíbrio,
uma pessoa muito especial que amo. Apesar de ter duas relações falhadas, das
quais tenho filhos, o meu pai tem orgulho na pessoa que sou, acredita em mim.
Tenho muita sorte em tê-lo na minha vida e o Rodrigo também, porque além de ser
um ótimo pai é um excelente avô. Obrigada, pai!
– A Isabel separou-se há três meses, suponho que ainda não esteja refeita…
– Claro que não, uma separação nunca é fácil, ainda por cima havendo um
filho. Mas nós definimos bem o que queríamos, o que tem tornado tudo mais
fácil. Neste momento o bem-estar do Francisco é o mais importante.
– Sente alguma frustração por não ter conseguido levar um casamento até ao
fim?
– Sim, sinto que é uma frustração. Mas hoje em dia é mais fácil
desistirmos. As pessoas estão menos tolerantes, menos dispostas a fazer
sacrifícios. Por vezes deixam de se concentrar no que vale a pena e
dispersam-se.
– Seria capaz de viver uma relação de fachada só porque acredita no
casamento?
– Não. Acho que temos de fazer sacrifícios numa relação tentando
ultrapassar os obstáculos e esforçando-nos para salvar o casamento. Quando eu e
o João tomámos a decisão de ter um filho foi porque pensávamos ficar juntos
para sempre. Se abdiquei da minha carreira para ter mais um filho foi também
porque acreditei nesta relação. As coisas não resultaram e decidimos
separar-nos… Antes assim do que não sermos felizes. Tenho uma velha máxima
que é ser feliz acima de tudo, porque a vida é demasiado curta para não o ser.
– Mas fez tudo para manter esta relação?
– Tenho a certeza que sim, que fiz de tudo a favor de algo em que
acredito, que é no casamento com respeito, fidelidade e dedicação. Tenho
orgulho de ter feito tudo o que estava ao meu alcance. Nesse campo não falhei.
– O João trabalha à noite. Poderá ter sido um dos fatores que prejudicaram a
relação?
– Quando conheci o João ele já o fazia, mas com o decorrer da relação e com um
filho foi-se tornando incompatível. Temos estilos de vida diferentes.
– Ainda ama o João?
– Sinto um respeito enorme por ele, porque é o pai do meu filho. Amar,
amo os meus filhos, e quem me faz bem.
– Tem esperança de encontrar uma pessoa que a faça feliz ou deixou de
acreditar no amor?
– Não é uma prioridade agora mas não vou perder a esperança de encontrar
alguém que me ame, respeite e faça muito feliz.
– Tem medo de voltar a apaixonar-se?
– Medo não tenho, sinto é que não estou disponível para amar neste
momento. Quero continuar a dedicar-me aos meus filhos, viajar, porque estou
numa fase de aceitação, em que preciso de me reencontrar, perceber onde falhei
e tentar melhorar. E tenho a certeza que um dia vou ser muito feliz com a
família que sonhei e quis.
– Criou laços com o filho do João, o João Maria. Tem saudades dele?
– Sim, muitas, custa-me muito. Entrou na minha vida e aceitei-o como
se fosse um filho. Sinto saudades dele.
– É duro ter dois filhos a seu cargo a maior parte do tempo?
– Não é fácil, mas tenho dois filhos maravilhosos, que são a minha maior
alegria, por quem faço tudo e custa-me estar longe deles.
– Como está a acontecer agora…
– Sim, estou cheia de saudades e penso neles a toda a hora, mas também sei
que saio desta viagem com outra energia para enfrentar o mundo. Estar longe
deles estes oito dias não me fará ser menos mãe.