Passos aumenta a devolução da sobretaxa e soma mais uma arruada

08-10-2015
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No final de uma ação de rua em que houve gente a pendurar-se ao pescoço de Passos, este pendurou-se na execução orçamental para anunciar boas notícias

Numa ação de campanha dois-em-um, Pedro Passos Coelho foi vitoriado pelas ruas de Espinho enquanto candidato a primeiro-ministro e falou na qualidade de primeiro-ministro para comentar a execução orçamental de agosto. Os dados divulgados esta sexta-feira permitiriam, segundo disse, devolver 35% da sobretaxa de IRS cobrada este ano, uma valor acima dos 25% que foram apontados no apuramento relativo a julho.

“Não é uma promessa, não é um anúncio para as eleições”, frisou Passos em declarações aos jornalistas no meio de uma arruada por uma rua pedonal de Espinho. “É o compromisso que está no orçamento do Estado para 2015: todo o dinheiro que for cobrado de IVA e IRS que esteja acima do que está orçamentado será devolvido em 2016. Cumpriremos o OE para 2015 devolvendo o que está a mais.”

É o que está a mais, diz Passos Coelho, “aponta para cerca de 35%” de devolução da sobretaxa, embora este valor só fique fechado no final do ano, como fez questão de ressalvar. "A minha expetativa, dada a evolução da receita do IVA e do IRS, é que conseguiremos até ao final do ano ter fechado um valor de devolução muito significativo."

Outro dado que Passos realçou da execução orçamental foi a expetativa de cumprimento da meta do défice deste ano. “Temos a nossa despesa controlada, e está a baixar relativamente ao ano passado, e temos a receita fiscal, por via sobretudo da retoma económica e do combate à evasão fiscal, a crescer acima do que estava previsto no OE. De acordo com o padrão de execução orcamental demonstrado até agosto deste ano, tudo leva a crer que atingiremos no final do ano a meta de ficar claramente com défice abaixo dos 3%.”

Luis Barra

As mulheres, os velhinhos e as crianças

Feito o anúncio que não era um anúncio, Pedro Passos Coelho e os dois cabeças de lista pelo distrito - Luis Montenegro (PSD) e João Almeida (CDS) - fizeram os últimos metros da rua, no mesmo clima de excitação com que caminharam os primeiros.

Havia os jotinhas que animam sempre qualquer arruada, havia muita gente a tentar chegar ao pé de Passos, num clima por vezes a roçar a histeria, mas quem já tenha visto grandes arruadas naquela rua sabe que esta não foi das mais impressionantes pelo número de povo.

Foi-o, porém, pelo entusiasmo. Os papelinhos laranja e azuis que caíram do céu no início e no final ajudaram a dar um clima festivo. Com Passos rodeado pelos jornalistas e pelos seguranças, havia gente a atropelar-se para chegar ao pé dele, tocar-lhe, beijá-lo. “Eu quero lhe tocar, eu quero-lhe tocar”, gritava uma mulher, que cumpriu esse desejo e ainda beijou o candidato. Homens e mulheres penduraram-se ao seu pescoço, por mais do que uma vez arrancando-lhe da cara os óculos, que acabaram meios amassados. Passos pegou em crianças ao colo, trocou bacalhaus viris com os homens, agradeceu o apoio de velhinhas, explicou o PEC 4 a um idoso. Deu para tudo. Às tantas, Luis Montenegro, Nuno Melo e João Almeida tiveram de fazer mais um cordão de segurança para o liíder da coligação não ser esmagado.

Mais uma boa ação de campanha, que só foi ensombrada por um incidente no início. Um homem, depois de destruir algumas bandeiras do PaF que tinham sido colocadas na rua, insistiu em insultar Passos Coelho, o Governo e os apoiantes da coligação com palavras impublicáveis. Era óbvio que só sairia dali depois de arranjar zaragata e ser notícia. Assim foi: arranjou zaragata, o que obrigou o secretário-geral do PSD, Matos Rosa, a intervir para refrear os ânimos. E assim foi notícia.

No final de uma ação de rua em que houve gente a pendurar-se ao pescoço de Passos, este pendurou-se na execução orçamental para anunciar boas notícias

Numa ação de campanha dois-em-um, Pedro Passos Coelho foi vitoriado pelas ruas de Espinho enquanto candidato a primeiro-ministro e falou na qualidade de primeiro-ministro para comentar a execução orçamental de agosto. Os dados divulgados esta sexta-feira permitiriam, segundo disse, devolver 35% da sobretaxa de IRS cobrada este ano, uma valor acima dos 25% que foram apontados no apuramento relativo a julho.

“Não é uma promessa, não é um anúncio para as eleições”, frisou Passos em declarações aos jornalistas no meio de uma arruada por uma rua pedonal de Espinho. “É o compromisso que está no orçamento do Estado para 2015: todo o dinheiro que for cobrado de IVA e IRS que esteja acima do que está orçamentado será devolvido em 2016. Cumpriremos o OE para 2015 devolvendo o que está a mais.”

É o que está a mais, diz Passos Coelho, “aponta para cerca de 35%” de devolução da sobretaxa, embora este valor só fique fechado no final do ano, como fez questão de ressalvar. "A minha expetativa, dada a evolução da receita do IVA e do IRS, é que conseguiremos até ao final do ano ter fechado um valor de devolução muito significativo."

Outro dado que Passos realçou da execução orçamental foi a expetativa de cumprimento da meta do défice deste ano. “Temos a nossa despesa controlada, e está a baixar relativamente ao ano passado, e temos a receita fiscal, por via sobretudo da retoma económica e do combate à evasão fiscal, a crescer acima do que estava previsto no OE. De acordo com o padrão de execução orcamental demonstrado até agosto deste ano, tudo leva a crer que atingiremos no final do ano a meta de ficar claramente com défice abaixo dos 3%.”

Luis Barra

As mulheres, os velhinhos e as crianças

Feito o anúncio que não era um anúncio, Pedro Passos Coelho e os dois cabeças de lista pelo distrito - Luis Montenegro (PSD) e João Almeida (CDS) - fizeram os últimos metros da rua, no mesmo clima de excitação com que caminharam os primeiros.

Havia os jotinhas que animam sempre qualquer arruada, havia muita gente a tentar chegar ao pé de Passos, num clima por vezes a roçar a histeria, mas quem já tenha visto grandes arruadas naquela rua sabe que esta não foi das mais impressionantes pelo número de povo.

Foi-o, porém, pelo entusiasmo. Os papelinhos laranja e azuis que caíram do céu no início e no final ajudaram a dar um clima festivo. Com Passos rodeado pelos jornalistas e pelos seguranças, havia gente a atropelar-se para chegar ao pé dele, tocar-lhe, beijá-lo. “Eu quero lhe tocar, eu quero-lhe tocar”, gritava uma mulher, que cumpriu esse desejo e ainda beijou o candidato. Homens e mulheres penduraram-se ao seu pescoço, por mais do que uma vez arrancando-lhe da cara os óculos, que acabaram meios amassados. Passos pegou em crianças ao colo, trocou bacalhaus viris com os homens, agradeceu o apoio de velhinhas, explicou o PEC 4 a um idoso. Deu para tudo. Às tantas, Luis Montenegro, Nuno Melo e João Almeida tiveram de fazer mais um cordão de segurança para o liíder da coligação não ser esmagado.

Mais uma boa ação de campanha, que só foi ensombrada por um incidente no início. Um homem, depois de destruir algumas bandeiras do PaF que tinham sido colocadas na rua, insistiu em insultar Passos Coelho, o Governo e os apoiantes da coligação com palavras impublicáveis. Era óbvio que só sairia dali depois de arranjar zaragata e ser notícia. Assim foi: arranjou zaragata, o que obrigou o secretário-geral do PSD, Matos Rosa, a intervir para refrear os ânimos. E assim foi notícia.

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