Como cresceu o rapazinho "Harry Potter", de seu nome verdadeiro Daniel Radcliffe. Há dias, salvo erro no Expresso, impressionavam-se com os peitorais do rapaz. Hoje, no Público, a pudicícia impediu o jornal de exibir Daniel tal como aparece na mais recente versão de Equus, de Peter Schaffer, num teatro do West End de Londres. Pararam no umbigo. Quem viu Equus no passado - no cinema ou no palco - ou conhece o texto, sabe que não faz sentido algum parar no umbigo. Daniel encarna um rapaz perturbado que "incomoda" o seu psiquiatra e a sua vidinha pequeno-burguesa e infeliz, forçando-o a olhar para o seu próprio fracasso a partir da "anormalidade" do rapaz e de uma inevitável relação ambígua. Richard Burton e Anthony Hopkins, por exemplo, já corporizaram o clínico, tal como Tom Hulce e Peter Firth o rapaz de 17 anos. Radcliffe, com esta idade e tamanha ousadia, enterra a personagem, meio génio, meio idiota, da sra. Rowling. Talento, pelos vistos, não lhe falta.
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Como cresceu o rapazinho "Harry Potter", de seu nome verdadeiro Daniel Radcliffe. Há dias, salvo erro no Expresso, impressionavam-se com os peitorais do rapaz. Hoje, no Público, a pudicícia impediu o jornal de exibir Daniel tal como aparece na mais recente versão de Equus, de Peter Schaffer, num teatro do West End de Londres. Pararam no umbigo. Quem viu Equus no passado - no cinema ou no palco - ou conhece o texto, sabe que não faz sentido algum parar no umbigo. Daniel encarna um rapaz perturbado que "incomoda" o seu psiquiatra e a sua vidinha pequeno-burguesa e infeliz, forçando-o a olhar para o seu próprio fracasso a partir da "anormalidade" do rapaz e de uma inevitável relação ambígua. Richard Burton e Anthony Hopkins, por exemplo, já corporizaram o clínico, tal como Tom Hulce e Peter Firth o rapaz de 17 anos. Radcliffe, com esta idade e tamanha ousadia, enterra a personagem, meio génio, meio idiota, da sra. Rowling. Talento, pelos vistos, não lhe falta.