Entre as brumas da memória: 498 beatos a mais

28-01-2012
marcar artigo


Já muito foi escrito sobre a beatificação, ontem em Roma, de 498 alegados «mártires» que, durante a Guerra Civil espanhola, alinharam com Franco. Os jornais espanhóis trazem hoje notícias detalhadas.Isto acontece quando o governo de José Luís Zapatero reabilita a memória das vítimas do franquismo e não consta que haja qualquer posição da Igreja, em Espanha ou no Vaticano, em que esta se penitencie pela cumplicidade com o fascismo ao longo de décadas.Espectáculo lamentável a que assistiram pouco mais de 30 000 pessoas quando, em Espanha, se chegou a falar de um milhão.Entretanto, o «nosso» inefável cardeal José Saraiva Martins, que presidiu às cerimónias, aproveitou para condenar o aborto e a homossexualidade (a que propósito?!...) nestes precisos termos: «Por eso, ser cristianos coherentes nos impone no inhibirnos ante el deber de contribuir al bien común y moldear la sociedad siempre según justicia, defendiendo - en un diálogo informado por la caridad - nuestras convicciones sobre la dignidad de la persona, sobre la vida desde la concepción hasta la muerte natural, sobre la familia fundada en la unión matrimonial una e indisoluble entre un hombre y una mujer (...).»


Já muito foi escrito sobre a beatificação, ontem em Roma, de 498 alegados «mártires» que, durante a Guerra Civil espanhola, alinharam com Franco. Os jornais espanhóis trazem hoje notícias detalhadas.Isto acontece quando o governo de José Luís Zapatero reabilita a memória das vítimas do franquismo e não consta que haja qualquer posição da Igreja, em Espanha ou no Vaticano, em que esta se penitencie pela cumplicidade com o fascismo ao longo de décadas.Espectáculo lamentável a que assistiram pouco mais de 30 000 pessoas quando, em Espanha, se chegou a falar de um milhão.Entretanto, o «nosso» inefável cardeal José Saraiva Martins, que presidiu às cerimónias, aproveitou para condenar o aborto e a homossexualidade (a que propósito?!...) nestes precisos termos: «Por eso, ser cristianos coherentes nos impone no inhibirnos ante el deber de contribuir al bien común y moldear la sociedad siempre según justicia, defendiendo - en un diálogo informado por la caridad - nuestras convicciones sobre la dignidad de la persona, sobre la vida desde la concepción hasta la muerte natural, sobre la familia fundada en la unión matrimonial una e indisoluble entre un hombre y una mujer (...).»

marcar artigo