Cerveja antes dos 18 anos. "É ridículo o Governo proibir"

06-10-2015
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Crítico de medidas legislativas "higiénicas", Luís Menezes, ex-vice presidente da bancada do PSD, espera que o Governo não caia na tentação de interditar a cerveja a menores de 18 anos. Em declarações ao Expresso, e depois de ter tecido críticas nas redes sociais, aconselha o Executivo a não desperdiçar recursos públicos em excessos legislativos e de fiscalização.

A revisão da lei do álcool, que até agora permite a compra e consumo de vinho e cerveja a maiores de 16 anos, mereceu esta terça-feira duras críticas por parte do ex-deputado do PSD Luís Menezes, que não se coibiu de comentar no Twitter que não adianta proibir os adolescentes de beberem cerveja.

Que me desculpem os fundamentalistas higienicistas da nossa sociedade: proibir TODO o alcool ate aos 18 anos vai aumentar o seu consumo — Luis Menezes (@luismenezes1980) 14 abril 2015

"Não é proibindo que se mudam hábitos, principalmente entre os adolescentes, que, já se sabe, têm ainda uma maior vontade de transgredir se o fruto for proibido", afirma ao Expresso Luís Menezes, "o cidadão e membro do PSD".

O comentador político da SIC Notícias refere que sempre foi contra "medidas legislativas higiénicas, exageradas e invasivas da vida privada", lembrando que mantém hoje a mesma posição crítica que teve quando o "Governo quis proibir o tabaco" em espaços fechados específicos.

"Não é por ter deixado de ser deputado em dezembro que tenho esta posição crítica em relação ao Governo neste tipo de questões, pois foi esta a minha atitude quando correu o rumor que ia também ser proibido fumar dentro do carro", diz Luís Menezes, filho do ex-autarca de Gaia, economista e administrador de uma empresa na área da Saúde.

A proposta de revisão da lei do álcool prevê a interdição da venda de vinho e cerveja a menores de 18 anos, quando até agora a restrição apenas estava estipulada para as bebidas espirituosas.

A alteração da legislação avançada pelo Ministério da Saúde, que atendeu às recomendações do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD), está em debate esta terça-feira no Fórum Álcool e Saúde, em Loures, e contará com a presença de Fernando Leal da Costa, secretário de Estado Adjunto da Saúde.

A proposta deverá ser em breve discutida em conselho de ministros, mas Luís Menezes diz ainda ter a esperança que o Governo não caia na tentação de entrar pela via do proibicionismo numa esfera em que os hábitos aditivos devem ser combatidos através da formação e educação.

Outra das propostas da SICAD que deixou em "choque" Luís Menezes é a da notificação aos pais sempre que as autoridades venham a detetar a violação da lei, quando na legislação de 2013 se refere que a comunicação deve ser feita nos casos em que os menores evidenciem intoxicação alcoólica.

"Tenho um filho de 2 anos, mas imagino o ridículo que é um pai receber um telefonema a dizer que o filho está numa esplanada a beber uma cerveja com os amigos", comenta Luís Menezes, que aconselha o Governo a não desperdiçar recursos públicos em excessos legislativos e de fiscalização.

Crítico de medidas legislativas "higiénicas", Luís Menezes, ex-vice presidente da bancada do PSD, espera que o Governo não caia na tentação de interditar a cerveja a menores de 18 anos. Em declarações ao Expresso, e depois de ter tecido críticas nas redes sociais, aconselha o Executivo a não desperdiçar recursos públicos em excessos legislativos e de fiscalização.

A revisão da lei do álcool, que até agora permite a compra e consumo de vinho e cerveja a maiores de 16 anos, mereceu esta terça-feira duras críticas por parte do ex-deputado do PSD Luís Menezes, que não se coibiu de comentar no Twitter que não adianta proibir os adolescentes de beberem cerveja.

Que me desculpem os fundamentalistas higienicistas da nossa sociedade: proibir TODO o alcool ate aos 18 anos vai aumentar o seu consumo — Luis Menezes (@luismenezes1980) 14 abril 2015

"Não é proibindo que se mudam hábitos, principalmente entre os adolescentes, que, já se sabe, têm ainda uma maior vontade de transgredir se o fruto for proibido", afirma ao Expresso Luís Menezes, "o cidadão e membro do PSD".

O comentador político da SIC Notícias refere que sempre foi contra "medidas legislativas higiénicas, exageradas e invasivas da vida privada", lembrando que mantém hoje a mesma posição crítica que teve quando o "Governo quis proibir o tabaco" em espaços fechados específicos.

"Não é por ter deixado de ser deputado em dezembro que tenho esta posição crítica em relação ao Governo neste tipo de questões, pois foi esta a minha atitude quando correu o rumor que ia também ser proibido fumar dentro do carro", diz Luís Menezes, filho do ex-autarca de Gaia, economista e administrador de uma empresa na área da Saúde.

A proposta de revisão da lei do álcool prevê a interdição da venda de vinho e cerveja a menores de 18 anos, quando até agora a restrição apenas estava estipulada para as bebidas espirituosas.

A alteração da legislação avançada pelo Ministério da Saúde, que atendeu às recomendações do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD), está em debate esta terça-feira no Fórum Álcool e Saúde, em Loures, e contará com a presença de Fernando Leal da Costa, secretário de Estado Adjunto da Saúde.

A proposta deverá ser em breve discutida em conselho de ministros, mas Luís Menezes diz ainda ter a esperança que o Governo não caia na tentação de entrar pela via do proibicionismo numa esfera em que os hábitos aditivos devem ser combatidos através da formação e educação.

Outra das propostas da SICAD que deixou em "choque" Luís Menezes é a da notificação aos pais sempre que as autoridades venham a detetar a violação da lei, quando na legislação de 2013 se refere que a comunicação deve ser feita nos casos em que os menores evidenciem intoxicação alcoólica.

"Tenho um filho de 2 anos, mas imagino o ridículo que é um pai receber um telefonema a dizer que o filho está numa esplanada a beber uma cerveja com os amigos", comenta Luís Menezes, que aconselha o Governo a não desperdiçar recursos públicos em excessos legislativos e de fiscalização.

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