A Cinco Tons: No país do sobreiro

21-01-2012
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sobreiro no Monte do Curral, Castro Verde

Um projeto de resolução que visa fazer do sobreiro a Árvore Nacional de Portugal, subscrito por todos os partidos com assento parlamentar, foi entregue esta sexta-feira na Mesa da Assembleia da República, disse à Lusa um dos subscritores.
O projeto baseia-se numa petição entregue no Parlamento pelas associações ambientalistas Transumância e Natureza e Árvores de Portugal, que tinha como objetivo desencadear o processo de atribuição ao sobreiro daquele estatuto simbólico, como forma de contribuir para tornar mais visíveis os problemas associados à preservação da espécie.O documento entregue no Parlamento tem como primeiros subscritores todos os membros da Comissão de Agricultura e Mar: Miguel Freitas (PS), Pedro do Ó Ramos (PSD), Abel Batista (CDS), Agostinho Lopes (PCP), José Luís Ferreira (Partido Ecologista 'Os Verdes'), Luís Fazenda (Bloco de Esquerda) e pelo presidente daquela comissão, Vasco Cunha.No projeto, observa-se que, segundo o ultimo Inventário Florestal Nacional (2005/2006), a floresta ocupa mais de 3,45 milhões de hectares, sendo o sobreiro responsável por mais de 716 mil hectares, ou seja, 23 por cento do total nacional e 32 por cento da área que a espécie ocupa em todo o Mediterrâneo ocidental.No projeto salienta-se que Portugal é líder mundial na produção, transformação e comercialização de cortiça, produzindo cerca de 200 mil toneladas por ano, isto é, mais de 50 por cento do total mundial.“Num momento em que há tanta coisa a separar os portugueses, é bom que haja uma iniciativa que junta”, disse à Lusa o deputado socialista Miguel Freitas, recordando que o sobreiro é uma árvore com que “os portugueses estão habituados a conviver”, de norte a sul do País.O parlamentar lamentou o “declínio” do montado, devido à seca e à sobre-exploração, evocando a necessidade de preservar este sistema extensivo, que considerou “fundamental também para atividades que lhe estão intrinsecamente ligadas, como a produção do porco alentejano”.“Esta iniciativa, para além do simbolismo de que se reveste, visa dar uma nova visibilidade ao sobreiro e aos sistemas florestais em Portugal”, disse, lamentando que “a floresta tenha sido esquecida nos últimos anos”.Miguel Freitas adiantou que o projeto deverá ser votado no início de dezembro, ainda no decorrer do Ano Internacional da Floresta, que se celebra em 2011. (LUSA)

sobreiro no Monte do Curral, Castro Verde

Um projeto de resolução que visa fazer do sobreiro a Árvore Nacional de Portugal, subscrito por todos os partidos com assento parlamentar, foi entregue esta sexta-feira na Mesa da Assembleia da República, disse à Lusa um dos subscritores.
O projeto baseia-se numa petição entregue no Parlamento pelas associações ambientalistas Transumância e Natureza e Árvores de Portugal, que tinha como objetivo desencadear o processo de atribuição ao sobreiro daquele estatuto simbólico, como forma de contribuir para tornar mais visíveis os problemas associados à preservação da espécie.O documento entregue no Parlamento tem como primeiros subscritores todos os membros da Comissão de Agricultura e Mar: Miguel Freitas (PS), Pedro do Ó Ramos (PSD), Abel Batista (CDS), Agostinho Lopes (PCP), José Luís Ferreira (Partido Ecologista 'Os Verdes'), Luís Fazenda (Bloco de Esquerda) e pelo presidente daquela comissão, Vasco Cunha.No projeto, observa-se que, segundo o ultimo Inventário Florestal Nacional (2005/2006), a floresta ocupa mais de 3,45 milhões de hectares, sendo o sobreiro responsável por mais de 716 mil hectares, ou seja, 23 por cento do total nacional e 32 por cento da área que a espécie ocupa em todo o Mediterrâneo ocidental.No projeto salienta-se que Portugal é líder mundial na produção, transformação e comercialização de cortiça, produzindo cerca de 200 mil toneladas por ano, isto é, mais de 50 por cento do total mundial.“Num momento em que há tanta coisa a separar os portugueses, é bom que haja uma iniciativa que junta”, disse à Lusa o deputado socialista Miguel Freitas, recordando que o sobreiro é uma árvore com que “os portugueses estão habituados a conviver”, de norte a sul do País.O parlamentar lamentou o “declínio” do montado, devido à seca e à sobre-exploração, evocando a necessidade de preservar este sistema extensivo, que considerou “fundamental também para atividades que lhe estão intrinsecamente ligadas, como a produção do porco alentejano”.“Esta iniciativa, para além do simbolismo de que se reveste, visa dar uma nova visibilidade ao sobreiro e aos sistemas florestais em Portugal”, disse, lamentando que “a floresta tenha sido esquecida nos últimos anos”.Miguel Freitas adiantou que o projeto deverá ser votado no início de dezembro, ainda no decorrer do Ano Internacional da Floresta, que se celebra em 2011. (LUSA)

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