Os familiares das vítimas do naufrágio na Figueira da Foz, que fez um morto e quatro desaparecidos, consideram-se abandonados pela Autoridade Marítima e exigem um pedido de desculpas pelos atrasos que dizem ter existido no socorro. A Câmara da Figueira da Foz decretou três dias de luto municipal.
Na quarta-feira, dezenas de pescadores e familiares das vítimas concentrados à porta da Capitania do Porto da Figueira da Foz, exigiram explicações à Autoridade Marítima, recusando a versão das autoridades sobre a operação de socorro que se seguiu ao naufrágio e exigindo um pedido de desculpas, bem como a colocação da bandeira nacional a meia haste em sinal de luto e respeito.
Se não se desculparem um a um, pelo menos que peçam desculpa a um representante dos familiares”, disse Carlos Domingues, cunhado de um dos quatro pescadores que se encontra desaparecido e mestre do arrastão Olívia Ribau.
Em declarações à agência Lusa, Carlos Domingues disse ainda que a prioridade dos familiares é encontrar os desaparecidos: “Neste momento, a nossa prioridade é tentar recuperar aquilo que nos faz falta e o que nos faz falta, nem que seja dentro de quatro tábuas, são os nossos entes queridos”.
Carlos Domingues acusou ainda as autoridades e a empresa proprietária do arrastão de não darem informações aos familiares sobre a evolução das operações de resgaste.
Desde terça-feira [dia do naufrágio], nunca fomos abordados. O pessoal do INEM e do hospital da Figueira da Foz, médicos, enfermeiros, psicólogos, foram impecáveis. De resto, não tivemos uma palavra da empresa, da Capitania, de ninguém, nada: Ninguém nos diz nada, andava um helicóptero [nas buscas], ninguém nos diz o que andam a fazer”, lamentou.
Carlos Domingues frisou ainda que os naufrágios têm sido “recorrentes” na Figueira da Foz desde o prolongamento do molhe norte, considerando “trágico” que a barra do porto comercial seja classificada entre a comunidade piscatória como “a pior do país e a que menos segurança tem”.
O comandante Nuno Leitão, do Instituto de Socorros a Naufrágos, disse hoje à agência Lusa que as buscas na zona marítima vão prosseguir durante a noite e que durante o dia de hoje uma empresa de salvação marítima, contratada pelo armador do arrastão que naufragou, vai começar a trabalhar no barco, para desobstruir a área de acesso ao porto, incluindo a recolha das redes piscatórias.
Após aquela intervenção e caso existam condições de segurança, os mergulhadores forenses da Polícia Marítima e da Armada vão tentar aceder ao interior da embarcação para verificar se há vítimas no seu interior.
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Os familiares das vítimas do naufrágio na Figueira da Foz, que fez um morto e quatro desaparecidos, consideram-se abandonados pela Autoridade Marítima e exigem um pedido de desculpas pelos atrasos que dizem ter existido no socorro. A Câmara da Figueira da Foz decretou três dias de luto municipal.
Na quarta-feira, dezenas de pescadores e familiares das vítimas concentrados à porta da Capitania do Porto da Figueira da Foz, exigiram explicações à Autoridade Marítima, recusando a versão das autoridades sobre a operação de socorro que se seguiu ao naufrágio e exigindo um pedido de desculpas, bem como a colocação da bandeira nacional a meia haste em sinal de luto e respeito.
Se não se desculparem um a um, pelo menos que peçam desculpa a um representante dos familiares”, disse Carlos Domingues, cunhado de um dos quatro pescadores que se encontra desaparecido e mestre do arrastão Olívia Ribau.
Em declarações à agência Lusa, Carlos Domingues disse ainda que a prioridade dos familiares é encontrar os desaparecidos: “Neste momento, a nossa prioridade é tentar recuperar aquilo que nos faz falta e o que nos faz falta, nem que seja dentro de quatro tábuas, são os nossos entes queridos”.
Carlos Domingues acusou ainda as autoridades e a empresa proprietária do arrastão de não darem informações aos familiares sobre a evolução das operações de resgaste.
Desde terça-feira [dia do naufrágio], nunca fomos abordados. O pessoal do INEM e do hospital da Figueira da Foz, médicos, enfermeiros, psicólogos, foram impecáveis. De resto, não tivemos uma palavra da empresa, da Capitania, de ninguém, nada: Ninguém nos diz nada, andava um helicóptero [nas buscas], ninguém nos diz o que andam a fazer”, lamentou.
Carlos Domingues frisou ainda que os naufrágios têm sido “recorrentes” na Figueira da Foz desde o prolongamento do molhe norte, considerando “trágico” que a barra do porto comercial seja classificada entre a comunidade piscatória como “a pior do país e a que menos segurança tem”.
O comandante Nuno Leitão, do Instituto de Socorros a Naufrágos, disse hoje à agência Lusa que as buscas na zona marítima vão prosseguir durante a noite e que durante o dia de hoje uma empresa de salvação marítima, contratada pelo armador do arrastão que naufragou, vai começar a trabalhar no barco, para desobstruir a área de acesso ao porto, incluindo a recolha das redes piscatórias.
Após aquela intervenção e caso existam condições de segurança, os mergulhadores forenses da Polícia Marítima e da Armada vão tentar aceder ao interior da embarcação para verificar se há vítimas no seu interior.