Bairro do Oriente: Bloco de Esquerda

02-07-2011
marcar artigo


O Bloco de Esquerda (BE) comemora agora 10 anos. O partido nasceu da fusão do Partido Socialista Revolucionário (PSR), da União Democrática Popular (UDP) e do Política XXI. O PSR é um partido trotskista (?) que nasceu da convergência da Liga Comunista Internacionalista (LCI) e do Partido Revolucionário dos Trabalhadores (PRT). A UDP, marxista-leninista-maoista, partido muito activo no período pós-revolução, tinha nascido da união entre o Comité de Apoio à Reconstrução do Partido Marxista-Leninista (CARP ML), os Comités Comunistas Revolucionários Marxistas-Leninistas (CCRML), e a Unidade Revolucionária Marxista-Leninista (URML). O Política XXI foi fundado no início dos anos 90 por antigos membros do PCP e da MDP/CDE. Mais tarde a Frente de Esquerda Revolucionária (FER) e o movimento Ruptura integraram também o BE.O Bloco de Esquerda tem sido uma alternativa "modernaça" à dinossáurica esquerda portuguesa, representada pelo PCP. O Bloco tem travado lutas a favor da integração dos imigrantes, dos direitos dos trabalhadores, das mulheres e dos homossexuais (existe um tal Grupo de Trabalho Homossexual do PRD), ou a despenalização do consumo de drogas leves. O BE é ocnhecido pelas suas muito criativas acções de rua e cartazes com muita imaginação. A isto não é estranho o facto do BE contar entre os seus membros e simpatizantes dotados de inteligência e criatividade, como o escritor Rui Zink ou o antropólogo Miguel Vale de Almeida, activista do movimento LGBT Portugal, integrado no BE.O BE tem sido liderado desde a sua fundação por Francisco Louçã, um economista respeitável, Doutorado em Economia e professor associado no Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade Técnica de Lisboa. Concorreram pela primeira vez às eleições legislativas em 1999 e elegeram dois deputados (Louçã e Luís Fazenda, ex-UDP). Em 2002 conseguiram eleger 3 deputados, e em 2005 garantiram oito assentos parlamentares, quase tantos quantos o CDS-PP de Paulo Portas. Sondagens recentes dão o BE como provável quarta força no Parlamento em 2009, à frente dos democratas-cristãos, com uma intenção de voto expressa na ordem dos 8-10%. Entre os eleitores do BE contam-se ex-eleitores de restantes patidos da esquerda (PS, PCP e partidos pequenos), e mesmo alguns eleitores de direita desiludidos. Em 10 anos de existência o BE conseguiu triplicar o seu número de eleitores.O actual grupo parlamentar do BE é constituído por, além de Louçã e Fazenda, por Mariana Aiveca, assistente adinistrativa do Instituto da Solidariedade e Segurança Social (ISSS), Helena Pinto, animadora social e ex-presidente da UMAR (União de Mulheres Alternativa Resposta), Cecília Honório, professora de História, Fernando Rosas, historiador e antigo militante do PCP e do MRPP, João Semedo, médico, e ainda Alda Macedo, professora. Fernando Rosas foi candidato à presidência da República em 2005, e Miguel Portas (ex-Política XXI, irmão de Paulo Portas) é desde 2004 deputado ao Parlamento Europeu. Curiosamente outros partidos de extrema-esquerda maoistas, marxistas, leninistas, trotskistas, lambertistas, etc, etc como o PCTP/MRPP ou o POUS nunca se quiseram juntar ao BE.


O Bloco de Esquerda (BE) comemora agora 10 anos. O partido nasceu da fusão do Partido Socialista Revolucionário (PSR), da União Democrática Popular (UDP) e do Política XXI. O PSR é um partido trotskista (?) que nasceu da convergência da Liga Comunista Internacionalista (LCI) e do Partido Revolucionário dos Trabalhadores (PRT). A UDP, marxista-leninista-maoista, partido muito activo no período pós-revolução, tinha nascido da união entre o Comité de Apoio à Reconstrução do Partido Marxista-Leninista (CARP ML), os Comités Comunistas Revolucionários Marxistas-Leninistas (CCRML), e a Unidade Revolucionária Marxista-Leninista (URML). O Política XXI foi fundado no início dos anos 90 por antigos membros do PCP e da MDP/CDE. Mais tarde a Frente de Esquerda Revolucionária (FER) e o movimento Ruptura integraram também o BE.O Bloco de Esquerda tem sido uma alternativa "modernaça" à dinossáurica esquerda portuguesa, representada pelo PCP. O Bloco tem travado lutas a favor da integração dos imigrantes, dos direitos dos trabalhadores, das mulheres e dos homossexuais (existe um tal Grupo de Trabalho Homossexual do PRD), ou a despenalização do consumo de drogas leves. O BE é ocnhecido pelas suas muito criativas acções de rua e cartazes com muita imaginação. A isto não é estranho o facto do BE contar entre os seus membros e simpatizantes dotados de inteligência e criatividade, como o escritor Rui Zink ou o antropólogo Miguel Vale de Almeida, activista do movimento LGBT Portugal, integrado no BE.O BE tem sido liderado desde a sua fundação por Francisco Louçã, um economista respeitável, Doutorado em Economia e professor associado no Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade Técnica de Lisboa. Concorreram pela primeira vez às eleições legislativas em 1999 e elegeram dois deputados (Louçã e Luís Fazenda, ex-UDP). Em 2002 conseguiram eleger 3 deputados, e em 2005 garantiram oito assentos parlamentares, quase tantos quantos o CDS-PP de Paulo Portas. Sondagens recentes dão o BE como provável quarta força no Parlamento em 2009, à frente dos democratas-cristãos, com uma intenção de voto expressa na ordem dos 8-10%. Entre os eleitores do BE contam-se ex-eleitores de restantes patidos da esquerda (PS, PCP e partidos pequenos), e mesmo alguns eleitores de direita desiludidos. Em 10 anos de existência o BE conseguiu triplicar o seu número de eleitores.O actual grupo parlamentar do BE é constituído por, além de Louçã e Fazenda, por Mariana Aiveca, assistente adinistrativa do Instituto da Solidariedade e Segurança Social (ISSS), Helena Pinto, animadora social e ex-presidente da UMAR (União de Mulheres Alternativa Resposta), Cecília Honório, professora de História, Fernando Rosas, historiador e antigo militante do PCP e do MRPP, João Semedo, médico, e ainda Alda Macedo, professora. Fernando Rosas foi candidato à presidência da República em 2005, e Miguel Portas (ex-Política XXI, irmão de Paulo Portas) é desde 2004 deputado ao Parlamento Europeu. Curiosamente outros partidos de extrema-esquerda maoistas, marxistas, leninistas, trotskistas, lambertistas, etc, etc como o PCTP/MRPP ou o POUS nunca se quiseram juntar ao BE.

marcar artigo