LOURES / ODIVELAS: Sócrates

21-01-2012
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A mensagem de Natal do primeiro-ministro veio dizer aos portugueses que a crise orçamental foi ultrapassada e que a culpa da recessão em que o país mergulha agora é internacional. O Bloco de Esquerda diz que a mensagem de Sócrates é "fraco augúrio para 2009" e que a "má consciência do governo" fica expressa na omissão de referências ao subsídio de desemprego, às pensões sociais e aos milhões entregues à banca.José Sócrates voltou a usar o optimismo como receita para enfrentar a crise, como tinha feito nos três últimos discursos de Natal. Mas agora com a recessão à porta, o primeiro-ministro muda o tom: a crise que vivemos deve-se à conjuntura internacional, já que o país aproveitou as reformas do seu governo para ultrapassar a crise em que se encontrava. "Isto permite-nos agora responder melhor às dificuldades económicas que nos chegam de fora", disse José Sócrates.“O primeiro-ministro não resistiu ao auto-elogio. No essencial da mensagem, José Sócrates continua a exportar todas as responsabilidades políticas para a crise internacional, esquecendo o seu papel e do seu Governo no estado medíocre da economia nestes últimos anos, em nome até de uma receita que a União Europeia já abandonou”, disse à Lusa o líder parlamentar do Bloco de Esquerda, Luís Fazenda.O facto de José Sócrates não ter feito qualquer referência ao subsídio de desemprego espantou o deputado bloquista. “Extraordinariamente, não fala no subsídio de desemprego, no conjunto das chamadas medidas de apoio às famílias, exactamente no ano em que o desemprego dispara”, afirmou. Para Luís Fazenda, a falta de referência ao valor das pensões da segurança social, “denota má consciência”. “A mesma que leva o primeiro-ministro a nem sequer referir os apoios ao sistema financeiro, que foram muito além das garantias dos depósitos”, referiu, acrescentando ainda que a mensagem é “de fraco augúrio para 2009".


A mensagem de Natal do primeiro-ministro veio dizer aos portugueses que a crise orçamental foi ultrapassada e que a culpa da recessão em que o país mergulha agora é internacional. O Bloco de Esquerda diz que a mensagem de Sócrates é "fraco augúrio para 2009" e que a "má consciência do governo" fica expressa na omissão de referências ao subsídio de desemprego, às pensões sociais e aos milhões entregues à banca.José Sócrates voltou a usar o optimismo como receita para enfrentar a crise, como tinha feito nos três últimos discursos de Natal. Mas agora com a recessão à porta, o primeiro-ministro muda o tom: a crise que vivemos deve-se à conjuntura internacional, já que o país aproveitou as reformas do seu governo para ultrapassar a crise em que se encontrava. "Isto permite-nos agora responder melhor às dificuldades económicas que nos chegam de fora", disse José Sócrates.“O primeiro-ministro não resistiu ao auto-elogio. No essencial da mensagem, José Sócrates continua a exportar todas as responsabilidades políticas para a crise internacional, esquecendo o seu papel e do seu Governo no estado medíocre da economia nestes últimos anos, em nome até de uma receita que a União Europeia já abandonou”, disse à Lusa o líder parlamentar do Bloco de Esquerda, Luís Fazenda.O facto de José Sócrates não ter feito qualquer referência ao subsídio de desemprego espantou o deputado bloquista. “Extraordinariamente, não fala no subsídio de desemprego, no conjunto das chamadas medidas de apoio às famílias, exactamente no ano em que o desemprego dispara”, afirmou. Para Luís Fazenda, a falta de referência ao valor das pensões da segurança social, “denota má consciência”. “A mesma que leva o primeiro-ministro a nem sequer referir os apoios ao sistema financeiro, que foram muito além das garantias dos depósitos”, referiu, acrescentando ainda que a mensagem é “de fraco augúrio para 2009".

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