BE desafia a maioria a alargar inquérito a todas as PPP

26-03-2012
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Luís Fazenda diz que o caso é demasiado grave para que haja apenas uma espécie de passa-culpas entre os diferentes governos

O Bloco de Esquerda (BE) desafiou ontem o PSD e o CDS a alargarem a todas as parcerias público privadas (PPP) a comissão de inquérito parlamentar que os sociais-democratas anunciaram para o sector rodoviário. "Deixamos o desafio ao PSD e ao CDS para que a existir o inquérito parlamentar ele seja alargado a todas as PPP, seja do sector rodoviário, energia, saúde", entre outras, disse Luís Fazenda, líder parlamentar bloquista em conferência de imprensa em Lisboa.

Luís Fazenda considerou que as PPP foram "endossadas pelos bancos com elevadíssimos juros e baixíssimos riscos para os privados".

Outra das vantagens do alargamento da comissão de inquérito seria, de acordo com o responsável do BE, permitir "que todos os portugueses saibam o que se passou nesta promiscuidade entre o Estado e o sector privado e que responsabiliza todos os governos".

Para Fazenda, uma comissão de inquérito parlamentar sobre todas as PPP obrigaria também a administração pública a colaborar "sem problemas" e sem se refugiar em "segredos" para justificar a falta de participação no apuramento dos factos. "O caso é demasiado grave para que haja uma passagem de culpas entre os diferentes governos passados. Desafiamos o PSD para que se destaque de uma lógica fechada, que é uma espécie de passa-culpas ao anterior governo e que alargue a comissão de inquérito", disse ainda o líder parlamentar do BE.

No sábado, durante o congresso do partido, o líder parlamentar social-democrata, Luís Montenegro, anunciou que, esta semana, o PSD e o CDS vão entregar no Parlamento uma proposta de comissão de inquérito às PPP rodoviárias, que o Governo socialista renegociou em 2010.

PCP critica propaganda

Também ontem, o secretário-geral do PCP acusou o Governo de fazer "propaganda" ao anunciar o fim da crise, afirmando que, se tal acontecer, será para os grandes grupos económicos e financeiros e não para o povo.

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"A propaganda do Governo anuncia já o fim da crise", afirmou Jerónimo de Sousa, em Santiago do Cacém, num almoço comemorativo do 91.º aniversário do PCP. Segundo o líder comunista, "o ministro das Finanças, Vítor Gaspar, dizia há dias que já nos estávamos a aproximar do meio da ponte, isto é, não tardaria e teríamos à nossa frente o paraíso e a terra da abundância na outra margem".

No entanto, questionou, "quem pode acreditar nas promessas e afirmações deste Governo, que desde o princípio mente aos portugueses, prometeu uma coisa e fez outra e continua a viver da política da mistificação, agindo deliberadamente para promover o empobrecimento das populações?".

O líder do PCP criticou ainda a política de privatizações e a escolha de António Borges, para "coordenar a equipa que vai vender o que resta de empresas e património do país", afirmou.

Luís Fazenda diz que o caso é demasiado grave para que haja apenas uma espécie de passa-culpas entre os diferentes governos

O Bloco de Esquerda (BE) desafiou ontem o PSD e o CDS a alargarem a todas as parcerias público privadas (PPP) a comissão de inquérito parlamentar que os sociais-democratas anunciaram para o sector rodoviário. "Deixamos o desafio ao PSD e ao CDS para que a existir o inquérito parlamentar ele seja alargado a todas as PPP, seja do sector rodoviário, energia, saúde", entre outras, disse Luís Fazenda, líder parlamentar bloquista em conferência de imprensa em Lisboa.

Luís Fazenda considerou que as PPP foram "endossadas pelos bancos com elevadíssimos juros e baixíssimos riscos para os privados".

Outra das vantagens do alargamento da comissão de inquérito seria, de acordo com o responsável do BE, permitir "que todos os portugueses saibam o que se passou nesta promiscuidade entre o Estado e o sector privado e que responsabiliza todos os governos".

Para Fazenda, uma comissão de inquérito parlamentar sobre todas as PPP obrigaria também a administração pública a colaborar "sem problemas" e sem se refugiar em "segredos" para justificar a falta de participação no apuramento dos factos. "O caso é demasiado grave para que haja uma passagem de culpas entre os diferentes governos passados. Desafiamos o PSD para que se destaque de uma lógica fechada, que é uma espécie de passa-culpas ao anterior governo e que alargue a comissão de inquérito", disse ainda o líder parlamentar do BE.

No sábado, durante o congresso do partido, o líder parlamentar social-democrata, Luís Montenegro, anunciou que, esta semana, o PSD e o CDS vão entregar no Parlamento uma proposta de comissão de inquérito às PPP rodoviárias, que o Governo socialista renegociou em 2010.

PCP critica propaganda

Também ontem, o secretário-geral do PCP acusou o Governo de fazer "propaganda" ao anunciar o fim da crise, afirmando que, se tal acontecer, será para os grandes grupos económicos e financeiros e não para o povo.

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"A propaganda do Governo anuncia já o fim da crise", afirmou Jerónimo de Sousa, em Santiago do Cacém, num almoço comemorativo do 91.º aniversário do PCP. Segundo o líder comunista, "o ministro das Finanças, Vítor Gaspar, dizia há dias que já nos estávamos a aproximar do meio da ponte, isto é, não tardaria e teríamos à nossa frente o paraíso e a terra da abundância na outra margem".

No entanto, questionou, "quem pode acreditar nas promessas e afirmações deste Governo, que desde o princípio mente aos portugueses, prometeu uma coisa e fez outra e continua a viver da política da mistificação, agindo deliberadamente para promover o empobrecimento das populações?".

O líder do PCP criticou ainda a política de privatizações e a escolha de António Borges, para "coordenar a equipa que vai vender o que resta de empresas e património do país", afirmou.

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