SentirAilha

26-09-2014
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Literacia! De que falamos?

Não confundir com escolaridade. Podemos ter um nível de escolaridade elevado e, no entanto, ter uma literacia baixa. Qual o adulto que nunca se sentiu incompetente diante de computador, enquanto a criança de seis anos resolve o problema de imediato; quem nunca ficou incrédulo perante as inovações alimentares, que são propostas pelos vegetarianos ou ainda, quem é que nunca pediu mais explicações no seu banco, pois deixou de saber como pode melhor aplicar as suas poupanças?

Em muitas áreas das nossas vidas é fundamental ter literacia, ou seja, estar suficientemente informado, para ser autónomo nas nossas decisões, fazer escolhas e agir da melhor forma, perante os problemas ou dificuldades, numa sociedade que muda muito rapidamente.

A literacia, particularmente no domínio da saúde, faz toda a diferença na qualidade de vida de um cidadão. Para isso é importante ter acesso à informação, seja aquela que se obtém junto dos profissionais de saúde, lendo cartazes, folhetos ou as caixas de medicamentos, mas também, por exemplo, nos pacotes de bolachas e nos iogurtes que compramos no supermercado.

Regra geral, a informação destinada ao consumidor vem em letras muito pequeninas e, para quem é mais velho, é preciso por os óculos para conseguir ler. Mas é fundamental que tenhamos essa preocupação.

Mas em que consiste ainda a literacia em saúde, será que tem só a ver com o conhecimento sobre fármacos ou tratamentos, por vezes necessários para controlar uma situação de doença? É evidente que não. A saúde não passa apenas pela toma de medicamentos e muito menos depende exclusivamente da ação dos médicos, enfermeiros e outros profissionais da saúde.

Cada um de nós é o principal gestor da sua saúde e é fundamental que aprendamos a valorizar os conhecimentos, aqueles que aprendemos com os mais velhos e muitos outros que lemos e descobrimos na escola ou na vida quotidiana.

A saúde passa também por conhecermos o nosso corpo e sabermos a melhor forma de cuidar dele; está ligada ao modo como nos alimentamos e à importância que damos aos nutrientes que necessitamos para prevenir ou controlar determinadas situações de doença; tem tudo a ver com a forma como descansamos e nos divertimos, como mantemos viva a mente, com atividades criativas e evitamos dependências que nos retiram autonomia e capacidade de discernimento.

A literacia em saúde tem a ver com conhecimentos que utilizamos, incorporamos e nos fazem decidir e agir da melhor forma, em prol da nossa saúde.

De que serve tomar o comprimido para o colesterol e a seguir abanquetar-se com uma refeição saturada de gordura e açucares?

Mais do que o bom senso, a literacia é sinónimo de capacidade e discernimento, perante os dilemas diários e cada vez mais complexos que a sociedade atual nos coloca.

Quer aumentar a sua literacia? Então, se não sabe, pergunte! Se tem dúvidas, pondere antes de agir; se sempre fez de uma determinada forma, tente mudar, experimentando fazer diferente, em benefício da sua saúde!

O povo diz que só os burros é que não mudam e que podemos aprender até morrer!

Por isso, vamos investir na nossa literacia em saúde e contribuir, no dia a dia, para cuidar melhor de nós, prevenir doenças e promover a saúde, a nossa e a da comunidade onde vivemos.

(texto publicado no jornal Açoriano Oriental de 26 outubro 2021)

Literacia! De que falamos?

Não confundir com escolaridade. Podemos ter um nível de escolaridade elevado e, no entanto, ter uma literacia baixa. Qual o adulto que nunca se sentiu incompetente diante de computador, enquanto a criança de seis anos resolve o problema de imediato; quem nunca ficou incrédulo perante as inovações alimentares, que são propostas pelos vegetarianos ou ainda, quem é que nunca pediu mais explicações no seu banco, pois deixou de saber como pode melhor aplicar as suas poupanças?

Em muitas áreas das nossas vidas é fundamental ter literacia, ou seja, estar suficientemente informado, para ser autónomo nas nossas decisões, fazer escolhas e agir da melhor forma, perante os problemas ou dificuldades, numa sociedade que muda muito rapidamente.

A literacia, particularmente no domínio da saúde, faz toda a diferença na qualidade de vida de um cidadão. Para isso é importante ter acesso à informação, seja aquela que se obtém junto dos profissionais de saúde, lendo cartazes, folhetos ou as caixas de medicamentos, mas também, por exemplo, nos pacotes de bolachas e nos iogurtes que compramos no supermercado.

Regra geral, a informação destinada ao consumidor vem em letras muito pequeninas e, para quem é mais velho, é preciso por os óculos para conseguir ler. Mas é fundamental que tenhamos essa preocupação.

Mas em que consiste ainda a literacia em saúde, será que tem só a ver com o conhecimento sobre fármacos ou tratamentos, por vezes necessários para controlar uma situação de doença? É evidente que não. A saúde não passa apenas pela toma de medicamentos e muito menos depende exclusivamente da ação dos médicos, enfermeiros e outros profissionais da saúde.

Cada um de nós é o principal gestor da sua saúde e é fundamental que aprendamos a valorizar os conhecimentos, aqueles que aprendemos com os mais velhos e muitos outros que lemos e descobrimos na escola ou na vida quotidiana.

A saúde passa também por conhecermos o nosso corpo e sabermos a melhor forma de cuidar dele; está ligada ao modo como nos alimentamos e à importância que damos aos nutrientes que necessitamos para prevenir ou controlar determinadas situações de doença; tem tudo a ver com a forma como descansamos e nos divertimos, como mantemos viva a mente, com atividades criativas e evitamos dependências que nos retiram autonomia e capacidade de discernimento.

A literacia em saúde tem a ver com conhecimentos que utilizamos, incorporamos e nos fazem decidir e agir da melhor forma, em prol da nossa saúde.

De que serve tomar o comprimido para o colesterol e a seguir abanquetar-se com uma refeição saturada de gordura e açucares?

Mais do que o bom senso, a literacia é sinónimo de capacidade e discernimento, perante os dilemas diários e cada vez mais complexos que a sociedade atual nos coloca.

Quer aumentar a sua literacia? Então, se não sabe, pergunte! Se tem dúvidas, pondere antes de agir; se sempre fez de uma determinada forma, tente mudar, experimentando fazer diferente, em benefício da sua saúde!

O povo diz que só os burros é que não mudam e que podemos aprender até morrer!

Por isso, vamos investir na nossa literacia em saúde e contribuir, no dia a dia, para cuidar melhor de nós, prevenir doenças e promover a saúde, a nossa e a da comunidade onde vivemos.

(texto publicado no jornal Açoriano Oriental de 26 outubro 2021)

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