Há um ano, quando negociou o empréstimo de Rodríguez, o Benfica acertou um direito de opção, mas não acautelou um futuro contrato desportivo para o caso de desejar accionar essa opção. Ou seja, na prática terá ficado com margem de manobra menos folgada quando quis, efectivamente, garantir a continuidade do jogador.Por norma, os clubes que contratualizam empréstimos com cláusula de opção costumam acertar também um contrato desportivo que os protege na negociação posterior, caso queiram fazer valer o direito de preferência, o que não aconteceu na situação de Rodríguez.Na sequência da notícia publicada por O JOGO, ontem foi dia fértil em informações e contra-informações a respeito do negócio. O Benfica deu conta, num comunicado madrugador, da desistência das negociações com Rodríguez, naquilo que poderá ser visto como um reflexo imediato à ultrapassagem que se consumara em Milão, umas horas antes. Aliás, apercebendo-se da manobra do FC Porto, os benfiquistas fizeram mesmo uma derradeira tentativa para inverter o rumo do jogador, subindo a oferta. A propósito de ofertas, os números são parte importante. Especulava-se ontem com verbas significativas. Supostamente, os benfiquistas teriam mesmo chegado a oferecer mais de 1,6 milhões de euros anuais.Não havendo ainda detalhes do negócio acertado pelo FC Porto - designadamente a percentagem do passe que foi adquirida - há alguns pormenores apurados: Rodríguez deverá encaixar no Dragão um salário de 700 mil euros anuais, mas convém acrescentar que o contrato tem outras parcelas, não especificadas, de prémios negociados por objectivos e que, claro, permitirão um encaixe substancialmente superior. Despediu-se com um goloRodríguez só concluiu a temporada na quarta-feira, participando na goleada do Uruguai ao Peru (6-0), nas eliminatórias para o Mundial da África do Sul. O médio regressou à titularidade na selecção, onde é presença habitual, depois de ter cumprido um jogo de castigo no empate com a Venezuela. Não marcou, mas esteve envolvido em vários lances que resultaram em golo. Curiosamente, foi com um golo que se despediu do Benfica. Incluído na digressão africana de final de época, o uruguaio abriu o marcador no triunfo do Benfica sobre a selecção de Angola. No dia seguinte, à chegada a Lisboa, disse que ficaria contente se o FC Porto o contratasse. Desistência anunciada em comunicadoO Benfica emitiu ontem, ainda de madrugada, um comunicado no seu sítio oficial na Internet, no qual anunciava ter desistido de negociar a renovação de contrato com o internacional uruguaio Cristián Rodríguez. Segundo a SAD encarnada, que sempre se mostrou interessada em assinar com o jogador para as próximas temporadas, as exigências feitas pelo jogador e seu representante e algumas contradições de ambos ao longo do longo processo negocial foram as razões apresentadas para este desfecho. "Sempre foi intenção do Sport Lisboa e Benfica - Futebol SAD renovar o vínculo contratual com o jogador Cristián Rodríguez em condições que fossem vantajosas para ambas as partes. Tal não foi possível", começa por explicar o breve comunicado, emitido depois de os responsáveis do Benfica saberem que o destino do atleta seria o Estádio do Dragão. "Os sinais equívocos e contraditórios que foram sendo dados pelo jogador e seus representantes, a par das exigências incomportáveis que foram apresentadas, levaram o Sport Lisboa e Benfica - Futebol SAD a dar por concluídas as negociações com o jogador. Cristián Rodríguez não será jogador do plantel do Benfica", concluiu a nota informativa. http://www.ojogo.pt/
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Há um ano, quando negociou o empréstimo de Rodríguez, o Benfica acertou um direito de opção, mas não acautelou um futuro contrato desportivo para o caso de desejar accionar essa opção. Ou seja, na prática terá ficado com margem de manobra menos folgada quando quis, efectivamente, garantir a continuidade do jogador.Por norma, os clubes que contratualizam empréstimos com cláusula de opção costumam acertar também um contrato desportivo que os protege na negociação posterior, caso queiram fazer valer o direito de preferência, o que não aconteceu na situação de Rodríguez.Na sequência da notícia publicada por O JOGO, ontem foi dia fértil em informações e contra-informações a respeito do negócio. O Benfica deu conta, num comunicado madrugador, da desistência das negociações com Rodríguez, naquilo que poderá ser visto como um reflexo imediato à ultrapassagem que se consumara em Milão, umas horas antes. Aliás, apercebendo-se da manobra do FC Porto, os benfiquistas fizeram mesmo uma derradeira tentativa para inverter o rumo do jogador, subindo a oferta. A propósito de ofertas, os números são parte importante. Especulava-se ontem com verbas significativas. Supostamente, os benfiquistas teriam mesmo chegado a oferecer mais de 1,6 milhões de euros anuais.Não havendo ainda detalhes do negócio acertado pelo FC Porto - designadamente a percentagem do passe que foi adquirida - há alguns pormenores apurados: Rodríguez deverá encaixar no Dragão um salário de 700 mil euros anuais, mas convém acrescentar que o contrato tem outras parcelas, não especificadas, de prémios negociados por objectivos e que, claro, permitirão um encaixe substancialmente superior. Despediu-se com um goloRodríguez só concluiu a temporada na quarta-feira, participando na goleada do Uruguai ao Peru (6-0), nas eliminatórias para o Mundial da África do Sul. O médio regressou à titularidade na selecção, onde é presença habitual, depois de ter cumprido um jogo de castigo no empate com a Venezuela. Não marcou, mas esteve envolvido em vários lances que resultaram em golo. Curiosamente, foi com um golo que se despediu do Benfica. Incluído na digressão africana de final de época, o uruguaio abriu o marcador no triunfo do Benfica sobre a selecção de Angola. No dia seguinte, à chegada a Lisboa, disse que ficaria contente se o FC Porto o contratasse. Desistência anunciada em comunicadoO Benfica emitiu ontem, ainda de madrugada, um comunicado no seu sítio oficial na Internet, no qual anunciava ter desistido de negociar a renovação de contrato com o internacional uruguaio Cristián Rodríguez. Segundo a SAD encarnada, que sempre se mostrou interessada em assinar com o jogador para as próximas temporadas, as exigências feitas pelo jogador e seu representante e algumas contradições de ambos ao longo do longo processo negocial foram as razões apresentadas para este desfecho. "Sempre foi intenção do Sport Lisboa e Benfica - Futebol SAD renovar o vínculo contratual com o jogador Cristián Rodríguez em condições que fossem vantajosas para ambas as partes. Tal não foi possível", começa por explicar o breve comunicado, emitido depois de os responsáveis do Benfica saberem que o destino do atleta seria o Estádio do Dragão. "Os sinais equívocos e contraditórios que foram sendo dados pelo jogador e seus representantes, a par das exigências incomportáveis que foram apresentadas, levaram o Sport Lisboa e Benfica - Futebol SAD a dar por concluídas as negociações com o jogador. Cristián Rodríguez não será jogador do plantel do Benfica", concluiu a nota informativa. http://www.ojogo.pt/