JORGE NUNO PINTO DA COSTA: Número dois

03-07-2011
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Carlos Queiroz e Ten Cate são exemplos felizes da importância de um bom número dois numa hierarquia técnica. Por acaso, noutra coincidência feliz, ambos foram co-protagonistas nesta final da Liga dos Campeões. O aparente retrocesso na carreira poderá, afinal, não passar disso: de uma aparência. Não é uma fatalidade que o número dois tenha de ser número um, nem será assim tão desprestigiante, como se vê por Queiroz e Ten Cate, descer um degrau.A regra para o sucesso de uma equipa técnica parece-me simples e é até aplicável a qualquer área: um bom número dois contraria o número um, mas obedece; um bom número um impõe-se, mas respeita o contributo que lhe é dado. Quantas vezes já ouvimos ou lemos elogios de Ferguson a Queiroz? Eu ajudo: muitas.O FC Porto vai precisar de um novo adjunto, porque Carlos Azenha cessa a colaboração com Jesualdo. A importância dessa busca dependerá sempre do contributo que o treinador principal aceita das ideias que lhe são propostas. No caso concreto do FC Porto, as conversas entre os dois no banco, ao longo dos jogos, é o indício mais claro de que dispomos. A entrevista que se segue é um exercício de descoberta: o de tentar perceber que Carlos Azenha é esse que procura agora a independência. Precisaremos ainda de juntar uma parte prática mais visível ao que foi dizendo para lhe descobrir a tal voz própria. Fica essa certeza e outra igualmente importante, numa pergunta a que não fugiu. O ponto final nesta colaboração com Jesualdo não resulta da desconfiança de que o próximo ano será mais desgastante, por falta de hábito em ter o mesmo treinador três anos consecutivos. Não foi, portanto, uma separação projectada por calculismo, mas apenas um desígnio legítimo de ambição.DECISÕES"Aprendi muito com Jesualdo, mas a vida é feita de momentos e este era o momento para sair"Carloz Azenha, ex-adjunto de Jesualdo Ferreira O Jogo HUGO SOUSA 92/24 Sex, 23 Mai 2008

Carlos Queiroz e Ten Cate são exemplos felizes da importância de um bom número dois numa hierarquia técnica. Por acaso, noutra coincidência feliz, ambos foram co-protagonistas nesta final da Liga dos Campeões. O aparente retrocesso na carreira poderá, afinal, não passar disso: de uma aparência. Não é uma fatalidade que o número dois tenha de ser número um, nem será assim tão desprestigiante, como se vê por Queiroz e Ten Cate, descer um degrau.A regra para o sucesso de uma equipa técnica parece-me simples e é até aplicável a qualquer área: um bom número dois contraria o número um, mas obedece; um bom número um impõe-se, mas respeita o contributo que lhe é dado. Quantas vezes já ouvimos ou lemos elogios de Ferguson a Queiroz? Eu ajudo: muitas.O FC Porto vai precisar de um novo adjunto, porque Carlos Azenha cessa a colaboração com Jesualdo. A importância dessa busca dependerá sempre do contributo que o treinador principal aceita das ideias que lhe são propostas. No caso concreto do FC Porto, as conversas entre os dois no banco, ao longo dos jogos, é o indício mais claro de que dispomos. A entrevista que se segue é um exercício de descoberta: o de tentar perceber que Carlos Azenha é esse que procura agora a independência. Precisaremos ainda de juntar uma parte prática mais visível ao que foi dizendo para lhe descobrir a tal voz própria. Fica essa certeza e outra igualmente importante, numa pergunta a que não fugiu. O ponto final nesta colaboração com Jesualdo não resulta da desconfiança de que o próximo ano será mais desgastante, por falta de hábito em ter o mesmo treinador três anos consecutivos. Não foi, portanto, uma separação projectada por calculismo, mas apenas um desígnio legítimo de ambição.DECISÕES"Aprendi muito com Jesualdo, mas a vida é feita de momentos e este era o momento para sair"Carloz Azenha, ex-adjunto de Jesualdo Ferreira O Jogo HUGO SOUSA 92/24 Sex, 23 Mai 2008

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