A dinâmica do FC Porto tem assentado no trio do meio, com Paulo Assunção, Lucho e Raul Meireles, mas a contratação de Tomás Costa pode ser um primeiro sinal de que essa fórmula tem pernas para se alterar. Em dois sentidos: uma simples afinação, com Tomy a surgir como mera alternativa a Lucho ou a Meireles no 4x3x3; ou um caminho mais revolucionário baseado, por exemplo, nas dificuldades da renovação com Paulo Assunção ou na cobiça por Lucho. Faltando um desses elementos, Jesualdo Ferreira ver-se-ia obrigado a retocar o desenho e, aparentemente, ganha com o reforço argentino um elemento capaz de potenciar uma variedade estilística no jogo.Como Carlos Bilardo explicou a O JOGO, Tomy está mais rotinado no 4x4x2, modelo preferido do Rosário Central e, diz-se, um esquema que encaixa também nas preferências de Jesualdo. Se o treinador portista quiser esse modelo e se Lucho ficar mesmo no Dragão, Tomy poderia cobrir o lado direito e libertar Lucho para tarefas de organização: no caso, seria uma espécie de número 10; o cérebro.Essa é apenas uma das hipóteses, porque, se conseguir uma adaptação rápida, como prometeu, o reforço tem rotinas noutras posições: deslizar pelo lado de Raul Meireles, sendo menos provável, não lhe é totalmente estranho e cobrir o flanco direito em termos defensivos, também não. Se preferir continuar sustentado num 4x3x3, Jesualdo garante, no mínimo, aquilo que nunca teve esta época: um jogador capaz de ocupar a zona de Lucho e servir-lhe de alternativa. Foi por demais evidente que o plantel não tinha grandes soluções para ocupar a zona interior do meio-campo, sobretudo do lado direito, obrigando muitas vezes a deslocar Mariano para essas tarefas. E, apesar da boa vontade, Mariano deu sinais inequívocos de que rende mais se for encostado à linha. O Jogo 92/24 Sex, 23 Mai 2008 HUGO SOUSA
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A dinâmica do FC Porto tem assentado no trio do meio, com Paulo Assunção, Lucho e Raul Meireles, mas a contratação de Tomás Costa pode ser um primeiro sinal de que essa fórmula tem pernas para se alterar. Em dois sentidos: uma simples afinação, com Tomy a surgir como mera alternativa a Lucho ou a Meireles no 4x3x3; ou um caminho mais revolucionário baseado, por exemplo, nas dificuldades da renovação com Paulo Assunção ou na cobiça por Lucho. Faltando um desses elementos, Jesualdo Ferreira ver-se-ia obrigado a retocar o desenho e, aparentemente, ganha com o reforço argentino um elemento capaz de potenciar uma variedade estilística no jogo.Como Carlos Bilardo explicou a O JOGO, Tomy está mais rotinado no 4x4x2, modelo preferido do Rosário Central e, diz-se, um esquema que encaixa também nas preferências de Jesualdo. Se o treinador portista quiser esse modelo e se Lucho ficar mesmo no Dragão, Tomy poderia cobrir o lado direito e libertar Lucho para tarefas de organização: no caso, seria uma espécie de número 10; o cérebro.Essa é apenas uma das hipóteses, porque, se conseguir uma adaptação rápida, como prometeu, o reforço tem rotinas noutras posições: deslizar pelo lado de Raul Meireles, sendo menos provável, não lhe é totalmente estranho e cobrir o flanco direito em termos defensivos, também não. Se preferir continuar sustentado num 4x3x3, Jesualdo garante, no mínimo, aquilo que nunca teve esta época: um jogador capaz de ocupar a zona de Lucho e servir-lhe de alternativa. Foi por demais evidente que o plantel não tinha grandes soluções para ocupar a zona interior do meio-campo, sobretudo do lado direito, obrigando muitas vezes a deslocar Mariano para essas tarefas. E, apesar da boa vontade, Mariano deu sinais inequívocos de que rende mais se for encostado à linha. O Jogo 92/24 Sex, 23 Mai 2008 HUGO SOUSA