LEÃO DA ESTRELA: O papel de Dias da Cunha

22-01-2012
marcar artigo


Ao ficarmos a conhecer os castigos da Comissão Disciplinar da Liga Portuguesa de Futebol Profissional a clubes, dirigentes e árbitros, na sequência do processo “Apito Dourado”, é justo destacar a importância do papel desempenhado por António Dias da Cunha. O ex-presidente do Sporting foi o único dirigente do futebol português que soube chamar os bois pelos nomes, identificando os “rostos do sistema” e protagonizando uma cruzada em nome da verdade desportiva e da credibilização do futebol português. Tudo isso com a legitimidade de ter sido dos poucos dirigentes que não foram apanhados em chamadas telefónicas suspeitas ou denunciadoras do pântano em que o futebol português está mergulhado há muitos anos.Por isso mesmo, Dias da Cunha - ao contrário de Luís Filipe Vieira, por exemplo - foi também o único dirigente que, nesta sexta-feira, pôde falar de cabeça bem levantada. De modo certeiro, zurziu no poder político, nomeadamente no actual secretário de Estado do Desporto, Laurentino Dias, por ter deixado na gaveta um "Manifesto" pela credibilização do futebol, subscrito pelo próprio Dias da Cunha e outros dirigentes. E lembrou que os castigos agora conhecidos se resumem a casos de corrupção verificados em meia dúzia de jogos, sendo, portanto, a “ponta do iceberg” que nos últimos 20 anos tem transformado o futebol português numa enorme mentira.Mesmo afastado do futebol, Dias da Cunha continua a ser ouvido com atenção e respeito. E agora mais do que nunca. Ao contrário do Sporting, que, infelizmente, deixou de ser uma voz activa no combate ao famigerado “sistema” – termo, aliás, introduzido pelo próprio Dias da Cunha. Ao mandar o assessor de comunicação anunciar uma posição oficial sobre as decisões da Liga de Clubes para quando reunirem os órgãos directivos do Sporting, o actual presidente, Filipe Soares Franco, dá a ideia de que não está interessado em mudar nada, deixando o clube arredado de um papel activo na mudança que o futebol português necessita com urgência.


Ao ficarmos a conhecer os castigos da Comissão Disciplinar da Liga Portuguesa de Futebol Profissional a clubes, dirigentes e árbitros, na sequência do processo “Apito Dourado”, é justo destacar a importância do papel desempenhado por António Dias da Cunha. O ex-presidente do Sporting foi o único dirigente do futebol português que soube chamar os bois pelos nomes, identificando os “rostos do sistema” e protagonizando uma cruzada em nome da verdade desportiva e da credibilização do futebol português. Tudo isso com a legitimidade de ter sido dos poucos dirigentes que não foram apanhados em chamadas telefónicas suspeitas ou denunciadoras do pântano em que o futebol português está mergulhado há muitos anos.Por isso mesmo, Dias da Cunha - ao contrário de Luís Filipe Vieira, por exemplo - foi também o único dirigente que, nesta sexta-feira, pôde falar de cabeça bem levantada. De modo certeiro, zurziu no poder político, nomeadamente no actual secretário de Estado do Desporto, Laurentino Dias, por ter deixado na gaveta um "Manifesto" pela credibilização do futebol, subscrito pelo próprio Dias da Cunha e outros dirigentes. E lembrou que os castigos agora conhecidos se resumem a casos de corrupção verificados em meia dúzia de jogos, sendo, portanto, a “ponta do iceberg” que nos últimos 20 anos tem transformado o futebol português numa enorme mentira.Mesmo afastado do futebol, Dias da Cunha continua a ser ouvido com atenção e respeito. E agora mais do que nunca. Ao contrário do Sporting, que, infelizmente, deixou de ser uma voz activa no combate ao famigerado “sistema” – termo, aliás, introduzido pelo próprio Dias da Cunha. Ao mandar o assessor de comunicação anunciar uma posição oficial sobre as decisões da Liga de Clubes para quando reunirem os órgãos directivos do Sporting, o actual presidente, Filipe Soares Franco, dá a ideia de que não está interessado em mudar nada, deixando o clube arredado de um papel activo na mudança que o futebol português necessita com urgência.

marcar artigo