portugal dos pequeninos: A ARMA DE ARREMESSO

27-01-2012
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Consta que vão ser entregues às escolas mais três mil Magalhães. O Magalhães, ou outro computador qualquer, só devia entrar numa sala de aula pela mão do professor e não pela mão das criancinhas. Para as criancinhas, o Magalhães é apenas mais um brinquedo. Para o professor, é mais um passo para a sua desautorização dentro de uma sala de aula. Por isso, o Magalhães funciona como dupla arma de arremesso. Contra a qualificação e contra a figura tutelar e indispensável do professor. A insistência na "quantidade" - vejam lá, seus retrógados, mais 3 mil representações do "progresso" e do que é hoje Portugal na "visão" do querido líder - demonstra o propósito que, desde o início, presidiu à "ideia". Mil ou milhões de computadores não resolvem um átomo de nada se não forem antecedidos pela aprendizagem e pela educação nos sentidos mais nobres denotados pelos termos. Por natureza, burros e estúpidos, por muito que andem acompanhados deles, ficam na mesma. À propaganda do regime isto não importa. À sociedade, aos pais e à escola, devia importar. Mas isto já é uma conversa demasiado sofisticada para rebater a "quantidade" e o deslumbramento parolo do Portugalório socrático-tecnológico. Há, aliás, quem faça de ambos um modo de vida. Bom proveito.


Consta que vão ser entregues às escolas mais três mil Magalhães. O Magalhães, ou outro computador qualquer, só devia entrar numa sala de aula pela mão do professor e não pela mão das criancinhas. Para as criancinhas, o Magalhães é apenas mais um brinquedo. Para o professor, é mais um passo para a sua desautorização dentro de uma sala de aula. Por isso, o Magalhães funciona como dupla arma de arremesso. Contra a qualificação e contra a figura tutelar e indispensável do professor. A insistência na "quantidade" - vejam lá, seus retrógados, mais 3 mil representações do "progresso" e do que é hoje Portugal na "visão" do querido líder - demonstra o propósito que, desde o início, presidiu à "ideia". Mil ou milhões de computadores não resolvem um átomo de nada se não forem antecedidos pela aprendizagem e pela educação nos sentidos mais nobres denotados pelos termos. Por natureza, burros e estúpidos, por muito que andem acompanhados deles, ficam na mesma. À propaganda do regime isto não importa. À sociedade, aos pais e à escola, devia importar. Mas isto já é uma conversa demasiado sofisticada para rebater a "quantidade" e o deslumbramento parolo do Portugalório socrático-tecnológico. Há, aliás, quem faça de ambos um modo de vida. Bom proveito.

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