ABSONANTE

21-01-2012
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CONGRESSO DO CDS (FINAL)Porque perdeu Telmo Correia o congresso do CDS-PP? Ou, porque ganhou Ribeiro e Castro?1. Porque, para quem conhece o seu trajecto político dentro do partido, Telmo não inspira confiança.2. Porque não defende posturas nem tem traços ideológicos, apresentando, em contrapartida, muitas posições dirigidas, apenas, à conquista do poder.3. Porque ensaiou e encenou a caminhada para o poder.4. Porque julgava-se tão certo do resultado do "plano" arquitectado com o grupo parlamentar, ou pelo menos com Nuno Melo e Álvaro Castelo Branco (e que arrastou a quase totalidade das Comissões Distritais), que não se preparou, a título individual, de forma conveniente.5. Porque, quando precisou de apelar ao congresso e fazer um discurso envolvente, acabou atraiçoado por essa falta de preparação prévia.6. Porque quando melhorou o discurso (durante a madrugada e após reunião com os principais apoiantes que o pressionaram fortemente), quebrou o bom clima com muitos ataques que acabaram, também, por cair mal e "escancarar" para todos os congressistas que era a ambição que o movia.7. Porque aceitou, com excesso de confiança e sem lutar, a alteração do regulamento e a votação das moções por voto secreto (o que deitou por terra o plano tão minuciosamente arquitectado, já que os "caciques" envolvidos no projecto de poder não puderam controlar a "sua" gente).Podemos quase afirmar que qualquer pessoa, com credibilidade e aceitação dentro do CDS-PP e que dispusesse desse tal voto secreto, o poderia derrotar.Miguel Matos Chaves, obviamente, não estava nessas condições e não era seu adversário - nem de ninguém -, já que era um "bluff" nem sequer bem montado. Podemos dizer que, em certos aspectos, era um outro Telmo, com um plano sinuoso que ainda agora não se percebe bem.Mas o mesmo já não se passava com José Ribeiro e Castro. Muitos anos de política com posições coerentes e praticamente imutáveis, uma quase falta de ambição pessoal, uma vontade de servir e ser instrumento do partido deram-lhe, juntamente com um grande discurso, coerente e apelativo, o apoio moral de todo o congresso. Mesmo daqueles que, ideologicamente, se sentiam longe do centrismo e mais à Direita. Foi a diferença entre um "gentleman" e um franco-atirador.Só não votou Ribeiro e Castro quem já tinha a "barba" presa.


CONGRESSO DO CDS (FINAL)Porque perdeu Telmo Correia o congresso do CDS-PP? Ou, porque ganhou Ribeiro e Castro?1. Porque, para quem conhece o seu trajecto político dentro do partido, Telmo não inspira confiança.2. Porque não defende posturas nem tem traços ideológicos, apresentando, em contrapartida, muitas posições dirigidas, apenas, à conquista do poder.3. Porque ensaiou e encenou a caminhada para o poder.4. Porque julgava-se tão certo do resultado do "plano" arquitectado com o grupo parlamentar, ou pelo menos com Nuno Melo e Álvaro Castelo Branco (e que arrastou a quase totalidade das Comissões Distritais), que não se preparou, a título individual, de forma conveniente.5. Porque, quando precisou de apelar ao congresso e fazer um discurso envolvente, acabou atraiçoado por essa falta de preparação prévia.6. Porque quando melhorou o discurso (durante a madrugada e após reunião com os principais apoiantes que o pressionaram fortemente), quebrou o bom clima com muitos ataques que acabaram, também, por cair mal e "escancarar" para todos os congressistas que era a ambição que o movia.7. Porque aceitou, com excesso de confiança e sem lutar, a alteração do regulamento e a votação das moções por voto secreto (o que deitou por terra o plano tão minuciosamente arquitectado, já que os "caciques" envolvidos no projecto de poder não puderam controlar a "sua" gente).Podemos quase afirmar que qualquer pessoa, com credibilidade e aceitação dentro do CDS-PP e que dispusesse desse tal voto secreto, o poderia derrotar.Miguel Matos Chaves, obviamente, não estava nessas condições e não era seu adversário - nem de ninguém -, já que era um "bluff" nem sequer bem montado. Podemos dizer que, em certos aspectos, era um outro Telmo, com um plano sinuoso que ainda agora não se percebe bem.Mas o mesmo já não se passava com José Ribeiro e Castro. Muitos anos de política com posições coerentes e praticamente imutáveis, uma quase falta de ambição pessoal, uma vontade de servir e ser instrumento do partido deram-lhe, juntamente com um grande discurso, coerente e apelativo, o apoio moral de todo o congresso. Mesmo daqueles que, ideologicamente, se sentiam longe do centrismo e mais à Direita. Foi a diferença entre um "gentleman" e um franco-atirador.Só não votou Ribeiro e Castro quem já tinha a "barba" presa.

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