AS QUESTÕES QUE FICAM

24-01-2012
marcar artigo


Em 24 de Dezembro, a propósito do temporal que se abateu sobre a região do Oeste, o presidente do grupo parlamentar do PSD disse, que «o partido pode vir a pedir ao Governo que seja declarado estado de calamidade para os concelhos da região Oeste», depois de visitar as zonas mais afectadas, isto porque , «Há apoios que têm de ser reforçados a instituições de solidariedade social, privados e autarquias e só se pode dar resposta provavelmente numa situação de declaração do estado de calamidade», como afirmou José Pedro Aguiar-Branco , que afirmou também «Parece-me que não há uma resposta face à realidade que está em causa», acrescentou, incitando o Governo mais apoios dos que foram anunciados para a agricultura. Aguiar-Branco falava aos jornalistas, depois de ter passado por algumas zonas mais afectadas, como a colónia de férias da Praia Azul e o parque de campismo de Santa Cruz, onde os estragos foram elevados. Acompanhado por militantes da Distrital do PSD/Oeste, o social-democrata visitou ainda estufas danificadas numa exploração agrícola e ia reunir com agricultores da região para avaliar mais em concreto os prejuízos. Dois meses volvidos , uma tragédia de proporções incomesurávelmante maiores abateu-se sobre a Madeira , e a mesma declaração do "Estado de Calamidade" é agora recusado , alegadamente por questões de "má imagem exterior" pelo Governo Regional da Madeira ...Não sei o que em relação à Madeira pensa Aguiar Branco , se também acha que «Há apoios que têm de ser reforçados a instituições de solidariedade social, privados e autarquias e só se pode dar resposta provavelmente numa situação de declaração do estado de calamidade» ... a mim o que se me afigura é que a situação na Madeira, é muito mais grave , pois pelo que os jornalistas têm mostrado, há inclusivamente povoações completamente isoladas ... A Desculpa dada pelo GRM era de que primeiro tal formalidade legal "traria má imagem externa para o Turismo" e depois, porque alegadamente se este fosse accionado , "as seguradoras não pagariam os danos por si cobertos" , isto mesmo foi defendido pelos deputados do PSD da Madeira na A.R , uma situaçãao já negada pela Associação Portuguesa de Seguradoras , num mundo de tal forma mediatizado globalizado que no dia seguinte eram difundidas imagens por todo o mundo, tendo mesmo ontem sido cumprido um minuto de silêncio, não no Parlamento Madeirense, mas no Europeu.Logo nenhum dos critérios para a recusa de declarar o Estado de Calamidade por parte do Governo Regional faz muito sentido . Aplicando as palavras de Aguiar Branco, apesar do mediatismo da reeacção civica no Funchal há locais e gentes na Madeira para os quais «Parece-me - a mim também - que não há uma resposta face à realidade que está em causa» _________________________________________ A forma torculenta estranhamente admitida a Alberto João Jardim por todos (inclusivé dentro do PSD ) não são dignas de um alto representante da República , a quem não é admissivel tal postura . Não faz sentido , o voltar de costas aos jornalistas e a recusa em debater determinadas questões. Tal não é digno de um homem de Estado , de um Governante de uma Região Autónoma e do povo da Madeira . Um homem com as responsabilidades de Alberto João Jardim não se pode recusar ao debate sobre as questões ambientais e de ordenamento do território , uma vertente com cotas grandes de responsabilidade na actual tragédia Madeirense.Na Madeira nos últimos anos construiu-se demasido , e construiu-se muito em zonas onde tal não deveria ser permitido , sobre falésias - não é por acaso que Joe Berardo reclama já ganhar-se terreno ao Mar - mas também em real leito de cheia ou em zonas de elevado declive e de instabilidade no solo. O Funchal suburbanizou-se e construiram-se estradas que se tornaram no único caminho para a água que continua a querer encontrar o caminho mais curto e livre de obstáculos para descer uma encosta. Paralelamente impermeabilizaram-se solos , os bananais outrora frequentes e as "fazendas" de cultivo deram lugar a blocos de apartamentos e a arruamentos ... as ribeiras são as mesmas ... algumas em alguns pontos foram - contra natura - até encanadas . Acumularam-se demasiados erros para que se uma situação meteorológica fora do normal ocorresse , como agora foi o caso , os Madeirense ficassem incólumes.Reagir e aprender com os erros é o que lhes resta . Recusar discutir o que correu mal e atribuír as culpas unica e exclusivamente ao S.Pedro é que é grave e péssimo para um Turismo sustentável , e sobretudo para os residentes. ________________________________________ Outra questão urgente a ser debatida, entre orgãos de informação, organismos oficiais, bombeiros, Protecção Civil... tem a ver com o número de vítimas declarado .Esta tragédia da Madeira é a único desastre conhecido em que o número de mortos tem diminuído à medida que se encontram mais cadáveres que são "descontados" aos números inicialmente divulgados porque "já tinham sido contabilizados como tal " (???) . Isto é descredibilizante para todos intervenientes e pasto para todas as possíveis teorias da conspiração . Claro que esta noite vamos estar atentos à entrevista do Dr.Alberto João Jardim a Judite de Sousa, sobretudo depois do ultimatum feito em directo à jornalista de que não discutiria algumas das questões aqui apresentadas.


Em 24 de Dezembro, a propósito do temporal que se abateu sobre a região do Oeste, o presidente do grupo parlamentar do PSD disse, que «o partido pode vir a pedir ao Governo que seja declarado estado de calamidade para os concelhos da região Oeste», depois de visitar as zonas mais afectadas, isto porque , «Há apoios que têm de ser reforçados a instituições de solidariedade social, privados e autarquias e só se pode dar resposta provavelmente numa situação de declaração do estado de calamidade», como afirmou José Pedro Aguiar-Branco , que afirmou também «Parece-me que não há uma resposta face à realidade que está em causa», acrescentou, incitando o Governo mais apoios dos que foram anunciados para a agricultura. Aguiar-Branco falava aos jornalistas, depois de ter passado por algumas zonas mais afectadas, como a colónia de férias da Praia Azul e o parque de campismo de Santa Cruz, onde os estragos foram elevados. Acompanhado por militantes da Distrital do PSD/Oeste, o social-democrata visitou ainda estufas danificadas numa exploração agrícola e ia reunir com agricultores da região para avaliar mais em concreto os prejuízos. Dois meses volvidos , uma tragédia de proporções incomesurávelmante maiores abateu-se sobre a Madeira , e a mesma declaração do "Estado de Calamidade" é agora recusado , alegadamente por questões de "má imagem exterior" pelo Governo Regional da Madeira ...Não sei o que em relação à Madeira pensa Aguiar Branco , se também acha que «Há apoios que têm de ser reforçados a instituições de solidariedade social, privados e autarquias e só se pode dar resposta provavelmente numa situação de declaração do estado de calamidade» ... a mim o que se me afigura é que a situação na Madeira, é muito mais grave , pois pelo que os jornalistas têm mostrado, há inclusivamente povoações completamente isoladas ... A Desculpa dada pelo GRM era de que primeiro tal formalidade legal "traria má imagem externa para o Turismo" e depois, porque alegadamente se este fosse accionado , "as seguradoras não pagariam os danos por si cobertos" , isto mesmo foi defendido pelos deputados do PSD da Madeira na A.R , uma situaçãao já negada pela Associação Portuguesa de Seguradoras , num mundo de tal forma mediatizado globalizado que no dia seguinte eram difundidas imagens por todo o mundo, tendo mesmo ontem sido cumprido um minuto de silêncio, não no Parlamento Madeirense, mas no Europeu.Logo nenhum dos critérios para a recusa de declarar o Estado de Calamidade por parte do Governo Regional faz muito sentido . Aplicando as palavras de Aguiar Branco, apesar do mediatismo da reeacção civica no Funchal há locais e gentes na Madeira para os quais «Parece-me - a mim também - que não há uma resposta face à realidade que está em causa» _________________________________________ A forma torculenta estranhamente admitida a Alberto João Jardim por todos (inclusivé dentro do PSD ) não são dignas de um alto representante da República , a quem não é admissivel tal postura . Não faz sentido , o voltar de costas aos jornalistas e a recusa em debater determinadas questões. Tal não é digno de um homem de Estado , de um Governante de uma Região Autónoma e do povo da Madeira . Um homem com as responsabilidades de Alberto João Jardim não se pode recusar ao debate sobre as questões ambientais e de ordenamento do território , uma vertente com cotas grandes de responsabilidade na actual tragédia Madeirense.Na Madeira nos últimos anos construiu-se demasido , e construiu-se muito em zonas onde tal não deveria ser permitido , sobre falésias - não é por acaso que Joe Berardo reclama já ganhar-se terreno ao Mar - mas também em real leito de cheia ou em zonas de elevado declive e de instabilidade no solo. O Funchal suburbanizou-se e construiram-se estradas que se tornaram no único caminho para a água que continua a querer encontrar o caminho mais curto e livre de obstáculos para descer uma encosta. Paralelamente impermeabilizaram-se solos , os bananais outrora frequentes e as "fazendas" de cultivo deram lugar a blocos de apartamentos e a arruamentos ... as ribeiras são as mesmas ... algumas em alguns pontos foram - contra natura - até encanadas . Acumularam-se demasiados erros para que se uma situação meteorológica fora do normal ocorresse , como agora foi o caso , os Madeirense ficassem incólumes.Reagir e aprender com os erros é o que lhes resta . Recusar discutir o que correu mal e atribuír as culpas unica e exclusivamente ao S.Pedro é que é grave e péssimo para um Turismo sustentável , e sobretudo para os residentes. ________________________________________ Outra questão urgente a ser debatida, entre orgãos de informação, organismos oficiais, bombeiros, Protecção Civil... tem a ver com o número de vítimas declarado .Esta tragédia da Madeira é a único desastre conhecido em que o número de mortos tem diminuído à medida que se encontram mais cadáveres que são "descontados" aos números inicialmente divulgados porque "já tinham sido contabilizados como tal " (???) . Isto é descredibilizante para todos intervenientes e pasto para todas as possíveis teorias da conspiração . Claro que esta noite vamos estar atentos à entrevista do Dr.Alberto João Jardim a Judite de Sousa, sobretudo depois do ultimatum feito em directo à jornalista de que não discutiria algumas das questões aqui apresentadas.

marcar artigo