Estaleiros de Viana: fecho esteve em cima da mesa

24-06-2011
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O presidente, demissionário dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo admitiu hoje que o encerramento total do maior construtor naval português foi equacionado nos últimos meses e que a reestruturação agora iniciada ainda apresenta "riscos".

"O encerramento é muito custoso, porque então não estamos a tratar de [despedir] 380 trabalhadores, mas estamos a falar de mandar toda a gente embora, pagar a fornecedores, aos bancos. Custaria muito dinheiro ao erário público", afirmou Carlos Veiga Anjos, em declarações aos jornalistas.

Esta semana, a administração anunciou um plano de reestruturação prevendo a saída de 380 trabalhadores, dos atuais 720.

No entanto, o plano estudado pela administração, explicou hoje Veiga Anjos, admitiu outros dois cenários: "manter tudo como está" ou simplesmente fechar a empresa.

Estado injetou 165mil euros

"Continuar como está era completamente catastrófico porque a empresa pode cessar pagamentos de um momento para o outro e acaba", afirmou ainda, lembrando que nos últimos seis meses o acionista Estado injetou 165 mil euros por dia na empresa.

Ainda assim o responsável garantiu que a solução adotada - reduzir de 720 para 340 trabalhadores - é uma "réstia de esperança", mas que se trata de uma reestruturação que "apresenta riscos".

A favor da empresa, assinalava, está a "boa carteira de encomendas", como as construções para a Marinha portuguesa, no valor de 500 milhões de euros, e dois asfalteiros, por 150 milhões de euros, para a Venezuela.

"Com esta reestruturação nós podemos continuar a manter esta empresa viva, embora ainda com riscos, não podemos ignorar", garantiu.

A implementação "imediata" desta reestruturação pretende diminuir os custos fixos e adequar a produção à procura reduzida, contratando serviços externamente se as encomendas o justificarem.

Veiga Anjos disse que o atual ministro da Defesa, Aguiar Branco, não conhece o plano que começou a ser implementado na terça-feira, precisamente no dia em que o novo Governo tomou posse.

Carlos Veiga Anjos apresenta sexta-feira a demissão à Empordef e ao ministro da Defesa, mas manter-se-á em funções até à nomeação de um novo presidente do Conselho de Administração.

Saída de Veiga Anjos é irreversível

Na quarta-feira à tarde, no final de um plenário que reuniu 650 trabalhadores, Veiga Anjos diz ter sido alvo de insultos e tentativas de agressão por parte dos funcionários e admite que chegou a "temer pela própria segurança".

"Foi uma cobardia, juntarem-se assim em magotes. Fiquei dentro do carro, rodeado por pessoas a insultarem-me sem qualquer hipótese de defesa", recordou.

O Coordenador da União de Sindicatos, e quadro dos estaleiros, já afirmou tratar-se de uma "tentativa de vitimização" do presidente, que queria sair da empresa quando os trabalhadores tentavam chegar à administração.

Veiga Anjos dá como irreversível a saída: "Alimentava o sonho de terminar a minha carreira profissional deixando a maior empresa da minha cidade com condições para sobreviver neste mercado tão competitivo como é a construção naval. Não consegui, mas deixei as sementes", rematou.

O presidente, demissionário dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo admitiu hoje que o encerramento total do maior construtor naval português foi equacionado nos últimos meses e que a reestruturação agora iniciada ainda apresenta "riscos".

"O encerramento é muito custoso, porque então não estamos a tratar de [despedir] 380 trabalhadores, mas estamos a falar de mandar toda a gente embora, pagar a fornecedores, aos bancos. Custaria muito dinheiro ao erário público", afirmou Carlos Veiga Anjos, em declarações aos jornalistas.

Esta semana, a administração anunciou um plano de reestruturação prevendo a saída de 380 trabalhadores, dos atuais 720.

No entanto, o plano estudado pela administração, explicou hoje Veiga Anjos, admitiu outros dois cenários: "manter tudo como está" ou simplesmente fechar a empresa.

Estado injetou 165mil euros

"Continuar como está era completamente catastrófico porque a empresa pode cessar pagamentos de um momento para o outro e acaba", afirmou ainda, lembrando que nos últimos seis meses o acionista Estado injetou 165 mil euros por dia na empresa.

Ainda assim o responsável garantiu que a solução adotada - reduzir de 720 para 340 trabalhadores - é uma "réstia de esperança", mas que se trata de uma reestruturação que "apresenta riscos".

A favor da empresa, assinalava, está a "boa carteira de encomendas", como as construções para a Marinha portuguesa, no valor de 500 milhões de euros, e dois asfalteiros, por 150 milhões de euros, para a Venezuela.

"Com esta reestruturação nós podemos continuar a manter esta empresa viva, embora ainda com riscos, não podemos ignorar", garantiu.

A implementação "imediata" desta reestruturação pretende diminuir os custos fixos e adequar a produção à procura reduzida, contratando serviços externamente se as encomendas o justificarem.

Veiga Anjos disse que o atual ministro da Defesa, Aguiar Branco, não conhece o plano que começou a ser implementado na terça-feira, precisamente no dia em que o novo Governo tomou posse.

Carlos Veiga Anjos apresenta sexta-feira a demissão à Empordef e ao ministro da Defesa, mas manter-se-á em funções até à nomeação de um novo presidente do Conselho de Administração.

Saída de Veiga Anjos é irreversível

Na quarta-feira à tarde, no final de um plenário que reuniu 650 trabalhadores, Veiga Anjos diz ter sido alvo de insultos e tentativas de agressão por parte dos funcionários e admite que chegou a "temer pela própria segurança".

"Foi uma cobardia, juntarem-se assim em magotes. Fiquei dentro do carro, rodeado por pessoas a insultarem-me sem qualquer hipótese de defesa", recordou.

O Coordenador da União de Sindicatos, e quadro dos estaleiros, já afirmou tratar-se de uma "tentativa de vitimização" do presidente, que queria sair da empresa quando os trabalhadores tentavam chegar à administração.

Veiga Anjos dá como irreversível a saída: "Alimentava o sonho de terminar a minha carreira profissional deixando a maior empresa da minha cidade com condições para sobreviver neste mercado tão competitivo como é a construção naval. Não consegui, mas deixei as sementes", rematou.

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