Vitórias, meias vitórias e derrotas na Madeira

13-10-2015
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O grande vitorioso das eleições regionais da Madeira foi o CDS, que mais do que triplicou a sua votação e, pela primeira vez, se afirmou como principal partido da oposição. Mérito seu e demérito do desastroso PS local. Portas tentou cavalgar a coisa. Poder fingir que se distingue do PSD e ainda por cima vencer não é oportunidade que se despreze. Mas a vitória é de José Manuel Rodrigues e é intransmissível.

O outro vencedor foi José Manuel Coelho, que usando um partido de aluguer e números de circo conseguiu, sozinho, eleger três deputados e ficar à frente de partidos com programa e propostas. Contra um presidente folclórico ganha quem faça a mais folclórica das oposições. Enquanto o descontentamento das pessoas premiar a falta de consistência política vivem bem os mais podres dos poderes.

O grande derrotado foi o Partido Socialista, que conseguiu apresentar, por causa as suas lutas intestinas, um candidato que nem é líder do PS/Madeira nem os madeirenses sabem bem quem seja. Já nas últimas eleições, que ocorreram em circunstâncias excepcionalmente difíceis para os socialistas (graças à guerra com Sócrates por causa da lei das finanças regionais), o PS perdera metade dos eleitores. Conseguiu, quando o PSD tem o seu pior resultado de sempre, perder ainda mais. Tem um terço dos votos de 2004 e fica nos dois dígitos por pouco.

Outro derrotado foi o Bloco de Esquerda. Provavelmente por ter perdido votos para pequenos partidos, como o PTP e PND, não elegeu, pela primeira vez (contando com o período da UDP), para a Assembleia Legislativa da Madeira. E sofre a humilhação de ser o único partido concorrente que fica de fora. A CDU também perde. Provavelmente para os mesmos. Passa de cinco para três por cento, perde um deputado e é agora a quinta força, depois de ser a terceira. A esquerda madeirense foi quase varrida do mapa.

Depois há a meia vitória. A única que realmente interessa. Alberto João Jardim, que mais uma vez usou a estratégia do inimigo externo, que conseguiu ir a votos sem os madeirenses saberem o plano de austeridade que os espera e que mantem a vida política da ilha presa à sua vontade, ganhou mais uma vez. Manteve, por dois deputados, a maioria absoluta. Continuará a fazer tudo o que entender. Mas, com menos de metade do total de votos no que era e sempre foi um plebiscito e com o pior resultado do PSD/Madeira de sempre (menos 15 por cento do que nas ultimas eleições), perde peso político para o confronto com o governo da República, quando a factura chegar. Hoje sabemos que a maioria dos madeirenses que foi votar não foi escolheu Jardim. Uma boa notícia para Passos Coelho que, cheira-me, estava a torcer pelo CDS.

O grande vitorioso das eleições regionais da Madeira foi o CDS, que mais do que triplicou a sua votação e, pela primeira vez, se afirmou como principal partido da oposição. Mérito seu e demérito do desastroso PS local. Portas tentou cavalgar a coisa. Poder fingir que se distingue do PSD e ainda por cima vencer não é oportunidade que se despreze. Mas a vitória é de José Manuel Rodrigues e é intransmissível.

O outro vencedor foi José Manuel Coelho, que usando um partido de aluguer e números de circo conseguiu, sozinho, eleger três deputados e ficar à frente de partidos com programa e propostas. Contra um presidente folclórico ganha quem faça a mais folclórica das oposições. Enquanto o descontentamento das pessoas premiar a falta de consistência política vivem bem os mais podres dos poderes.

O grande derrotado foi o Partido Socialista, que conseguiu apresentar, por causa as suas lutas intestinas, um candidato que nem é líder do PS/Madeira nem os madeirenses sabem bem quem seja. Já nas últimas eleições, que ocorreram em circunstâncias excepcionalmente difíceis para os socialistas (graças à guerra com Sócrates por causa da lei das finanças regionais), o PS perdera metade dos eleitores. Conseguiu, quando o PSD tem o seu pior resultado de sempre, perder ainda mais. Tem um terço dos votos de 2004 e fica nos dois dígitos por pouco.

Outro derrotado foi o Bloco de Esquerda. Provavelmente por ter perdido votos para pequenos partidos, como o PTP e PND, não elegeu, pela primeira vez (contando com o período da UDP), para a Assembleia Legislativa da Madeira. E sofre a humilhação de ser o único partido concorrente que fica de fora. A CDU também perde. Provavelmente para os mesmos. Passa de cinco para três por cento, perde um deputado e é agora a quinta força, depois de ser a terceira. A esquerda madeirense foi quase varrida do mapa.

Depois há a meia vitória. A única que realmente interessa. Alberto João Jardim, que mais uma vez usou a estratégia do inimigo externo, que conseguiu ir a votos sem os madeirenses saberem o plano de austeridade que os espera e que mantem a vida política da ilha presa à sua vontade, ganhou mais uma vez. Manteve, por dois deputados, a maioria absoluta. Continuará a fazer tudo o que entender. Mas, com menos de metade do total de votos no que era e sempre foi um plebiscito e com o pior resultado do PSD/Madeira de sempre (menos 15 por cento do que nas ultimas eleições), perde peso político para o confronto com o governo da República, quando a factura chegar. Hoje sabemos que a maioria dos madeirenses que foi votar não foi escolheu Jardim. Uma boa notícia para Passos Coelho que, cheira-me, estava a torcer pelo CDS.

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