31 da Armada já para o Campo Pequeno. Basta de indigência na blogosfera. Volta Daniel Oliveira, estás perdoado.

09-07-2011
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Do grupo dos três dos trinta e quatro do trinta e um, o Pinto Mascaranhas perdeu o piu e foi superiormente substituído por um tal de Miguel Guedes. Não contentes, o Burney e o Azevedo Neves voltaram à carga. Não se percebe muito do que dizem, mas do que se intui é possível identificar alguns enganos que têm impedido que estes senhores compreendam o problema do texto de (i)nês teotón(i)o pere(i)ra.

Comecemos por clarificar o ruído de tão ameno bate-papo. Há que distinguir o debate que tentei dar, com o que poderia ser a via do insulto. Como está difícil conseguir esclarecer-vos sozinho, socorro-me de algum rock dos anos noventa, de seu nome Repórter Estrábico. Este saudoso grupo tem dois exemplos perfeitos para que aprendam a distinguir alguns, poucos, recursos linguísticos:

[crítica violenta com insultos]

[crítica violenta sem insultos]

Ao contrário do que insinua o grupo dos quatro dos trinta e quatro do trinta e um, os chefes do espaço gourmet entenderam nas minhas palavras um elogio, e rapidamente se apressaram em reproduzir uma passagem (‘aqui chafurda-se nas “orgias da ordem dominante”‘) em todas as suas postagens. A medida ganha um encanto particular em assuntos como o CDS a malhar no PSD ou mesmo quando a frase é associada a notas póstumas ou ao obituário lá do sitio. Sei lá. É que a coisa fica mesmo bem. Como diria a outra: são coisas que me deixam feliz.

Não houve portanto qualquer insulto nem na posta que dediquei ao texto da (i)nês teotón(i)o pere(i)ra, nem ao texto do grupo dos três dos trinta e quatro do trinta e um. É bom de ver, lidadores exímios da arte do bota-abaixo e da chacota que deveriam ter visto um elogio onde pressentiram uma crítica. Nesta tasca, a propósito de elogios suspeitos, saudamos as palavras francas do Pacheco Pereira, quando este decidiu finalmente escrever sobre nós. Recordemos solenemente:

“No mais interessante blogue da esquerda portuguesa mais radical (o 5 Dias) coloca-se com clareza a justificação da agressão a Berlusconi, entre o “estava a pedi-las”, até ao acto do “povo” por interposta mão vingadora. Como é habitual nestas discussões, vem ao de cima, usando a pré-texto leninista que está por trás do seu discurso, a condenação dos “actos individuais de terrorismo” contrastando com a aceitação das “acções violentas de massas”. Mas a legitimação da violência revolucionária, “de classe”, seja qual for a designação, está explicita.

Nisso o 5 Dias contrasta na clareza com os blogues da “esquerda”serventuária do governo, cada vez mais dedicados à eliminação simbólica dos adversários pelo insulto mais soez e pelo desvalor, acompanhado pela desinformação anónima vinda dos gabinetes ministeriais, – um típico “estilo do poder”. E contrasta também com a efectiva “social-democratização” (esta palavra eles entendem) de algumas luminárias do Bloco de Esquerda que caminham para serem a “esquerda” do PS, que ajudam sempre que este está aflito. Não é que este estilo governamental corporativo-jugular não tenha também implícita uma incitação à violência, resultado do insulto sistemático contra as pessoas, mas os seus autores, uns anónimos empregados dos ministérios e outros da esquerda bon chic bon genre que gravita à volta da figura de Sócrates, abjurariam de imediato qualquer alusão à violência e ficam muito incomodados com o que lhes lembra o 5 Dias.”

José Pacheco Pereira

Distinguido o que é um insulto de uma crítica, mesmo que violenta, voltemos ao debate. Se não convosco, com os leitores.

Fulano tem o direito de educar os seus filhos? Tem. Beltrano tem o direito de educando os seus filhos poder assinar “Especialista em Crianças”? Não. Ou melhor, tem. Mas não devia. Da mesma forma um jornalista que escreva sobre economia não deve assinar uma coluna como especialista, mesmo que até perceba alguma coisa do assunto. Igual com quem se dedica a escrever sobre futebol ou até se algum dia houver uma coluna sobre vocês. Apesar de antetítulos giros e vendáveis (“Especialista em números” ou “Especialista em trinta e um armados”) não seriam fiéis à verdade. Se são jornalistas, jornalistas assinem. Se são outra coisa, não assinem jornalistas. Parece-me simples. Assim evita-se o risco de acabarem citados como sumidades num dado tema, do qual em variadíssimas circunstâncias é nítido não perceberem patavina.

A luta que os “fiéis seguidores” de (i)nês teotón(i)o pere(i)ra devem travar a eles diz respeito. Sou solidário, mas da mesma forma que não meto a colher entre o marido e a mulher (ou entre o marido e o marido e entre a mulher e a mulher), não me meto na educação FAMILIAR dos outros. Paradoxalmente é algo que no espaço gourmet está permanentemente a acontecer. Do controlo do desejo à definição do conceito de família. O problema da Questão Doutrinal de (i)nês teotón(i)o pere(i)ra é que depois de ter educado exemplarmente os seus, também quer como cronista educar os meus da mesma maneira. Pode? Pode. Deve? Deve. Mas hão-de reconhecer que visto deste ponto de vista eu terei o mesmo direito e a obrigação acrescida, de tentar tirar as aspas à ajuda humanitária quando é turca para as colocar na “ajuda humanitária” do Haiti, onde no lugar de Flotilhas da Liberdade carregadas de medicamentos, atracam porta-aviões com artilharia pesada. É que de outra forma seria o meu “fiel esbugalhado” que nunca me perdoaria.

Do grupo dos três dos trinta e quatro do trinta e um, o Pinto Mascaranhas perdeu o piu e foi superiormente substituído por um tal de Miguel Guedes. Não contentes, o Burney e o Azevedo Neves voltaram à carga. Não se percebe muito do que dizem, mas do que se intui é possível identificar alguns enganos que têm impedido que estes senhores compreendam o problema do texto de (i)nês teotón(i)o pere(i)ra.

Comecemos por clarificar o ruído de tão ameno bate-papo. Há que distinguir o debate que tentei dar, com o que poderia ser a via do insulto. Como está difícil conseguir esclarecer-vos sozinho, socorro-me de algum rock dos anos noventa, de seu nome Repórter Estrábico. Este saudoso grupo tem dois exemplos perfeitos para que aprendam a distinguir alguns, poucos, recursos linguísticos:

[crítica violenta com insultos]

[crítica violenta sem insultos]

Ao contrário do que insinua o grupo dos quatro dos trinta e quatro do trinta e um, os chefes do espaço gourmet entenderam nas minhas palavras um elogio, e rapidamente se apressaram em reproduzir uma passagem (‘aqui chafurda-se nas “orgias da ordem dominante”‘) em todas as suas postagens. A medida ganha um encanto particular em assuntos como o CDS a malhar no PSD ou mesmo quando a frase é associada a notas póstumas ou ao obituário lá do sitio. Sei lá. É que a coisa fica mesmo bem. Como diria a outra: são coisas que me deixam feliz.

Não houve portanto qualquer insulto nem na posta que dediquei ao texto da (i)nês teotón(i)o pere(i)ra, nem ao texto do grupo dos três dos trinta e quatro do trinta e um. É bom de ver, lidadores exímios da arte do bota-abaixo e da chacota que deveriam ter visto um elogio onde pressentiram uma crítica. Nesta tasca, a propósito de elogios suspeitos, saudamos as palavras francas do Pacheco Pereira, quando este decidiu finalmente escrever sobre nós. Recordemos solenemente:

“No mais interessante blogue da esquerda portuguesa mais radical (o 5 Dias) coloca-se com clareza a justificação da agressão a Berlusconi, entre o “estava a pedi-las”, até ao acto do “povo” por interposta mão vingadora. Como é habitual nestas discussões, vem ao de cima, usando a pré-texto leninista que está por trás do seu discurso, a condenação dos “actos individuais de terrorismo” contrastando com a aceitação das “acções violentas de massas”. Mas a legitimação da violência revolucionária, “de classe”, seja qual for a designação, está explicita.

Nisso o 5 Dias contrasta na clareza com os blogues da “esquerda”serventuária do governo, cada vez mais dedicados à eliminação simbólica dos adversários pelo insulto mais soez e pelo desvalor, acompanhado pela desinformação anónima vinda dos gabinetes ministeriais, – um típico “estilo do poder”. E contrasta também com a efectiva “social-democratização” (esta palavra eles entendem) de algumas luminárias do Bloco de Esquerda que caminham para serem a “esquerda” do PS, que ajudam sempre que este está aflito. Não é que este estilo governamental corporativo-jugular não tenha também implícita uma incitação à violência, resultado do insulto sistemático contra as pessoas, mas os seus autores, uns anónimos empregados dos ministérios e outros da esquerda bon chic bon genre que gravita à volta da figura de Sócrates, abjurariam de imediato qualquer alusão à violência e ficam muito incomodados com o que lhes lembra o 5 Dias.”

José Pacheco Pereira

Distinguido o que é um insulto de uma crítica, mesmo que violenta, voltemos ao debate. Se não convosco, com os leitores.

Fulano tem o direito de educar os seus filhos? Tem. Beltrano tem o direito de educando os seus filhos poder assinar “Especialista em Crianças”? Não. Ou melhor, tem. Mas não devia. Da mesma forma um jornalista que escreva sobre economia não deve assinar uma coluna como especialista, mesmo que até perceba alguma coisa do assunto. Igual com quem se dedica a escrever sobre futebol ou até se algum dia houver uma coluna sobre vocês. Apesar de antetítulos giros e vendáveis (“Especialista em números” ou “Especialista em trinta e um armados”) não seriam fiéis à verdade. Se são jornalistas, jornalistas assinem. Se são outra coisa, não assinem jornalistas. Parece-me simples. Assim evita-se o risco de acabarem citados como sumidades num dado tema, do qual em variadíssimas circunstâncias é nítido não perceberem patavina.

A luta que os “fiéis seguidores” de (i)nês teotón(i)o pere(i)ra devem travar a eles diz respeito. Sou solidário, mas da mesma forma que não meto a colher entre o marido e a mulher (ou entre o marido e o marido e entre a mulher e a mulher), não me meto na educação FAMILIAR dos outros. Paradoxalmente é algo que no espaço gourmet está permanentemente a acontecer. Do controlo do desejo à definição do conceito de família. O problema da Questão Doutrinal de (i)nês teotón(i)o pere(i)ra é que depois de ter educado exemplarmente os seus, também quer como cronista educar os meus da mesma maneira. Pode? Pode. Deve? Deve. Mas hão-de reconhecer que visto deste ponto de vista eu terei o mesmo direito e a obrigação acrescida, de tentar tirar as aspas à ajuda humanitária quando é turca para as colocar na “ajuda humanitária” do Haiti, onde no lugar de Flotilhas da Liberdade carregadas de medicamentos, atracam porta-aviões com artilharia pesada. É que de outra forma seria o meu “fiel esbugalhado” que nunca me perdoaria.

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