Há 17 anos, os dois maiores partidos repartiam interesses, no distrito deCoimbra, numa lógica de bloco central. O PS, em ascensão, sufragava Fausto Correia com maiorias inquestionáveis. O PSD, em queda, tinha Paulo Pereira Coelho a cimentar uma liderança de fação.Há 17 anos, o PCP despedia-se de um dirigente histórico, Carlos Fraião, e trazia do Porto Sérgio Teixeira, um “controleiro” que haveria de deixar saudades. Há 17 anos, alguns dissidentes do partido organizavam-se na Plataforma de Esquerda. A maioria dos seus membros estava “a caminho” do PS; alguns, poucos, agruparam-se depois na Política XXI, estrutura que viria, em 1999, a fundar o BE.Há 17 anos, o CDS era um partido à deriva, com muitos históricos a afastarem-se, mas ainda longe da chegada da década de Sónia Sousa Mendes.Efeito EncarnaçãoPor contra, no PSD, a súbita chegada ao poder trouxe novas exigências, a que o partido respondeu mal. Demasiado dependente do “efeito Encarnação”, a mudança tardou um par de anos, com Pereira Coelho a dar lugar ao autarca histórico Jaime Soares, este que enterrou completamente o partido no Distrito.Sem espaço visível no novo Governo barrosista (apenas Luís Pais de Sousa foi secretário de Estado), o partido demorou também a retomar as rédeas do poder, nas estruturas desconcentradas do Estado. Melhorou, significativamente, a presença de Coimbra no Governo Santana Lopes, com Paulo Pereira Coelho, José Manuel Canavarro.Em 2005, regressa o PS à ribalta. José Sócrates forma governo, mas Coimbra mantém-se (cada vez mais) longe dos centros de decisão. O virar da década trouxe, porém, uma nova vitalidade À vida política local. Desde logo, pela eleição de jovens quadros para as distrais dos dois maiores partidos. Mário Ruivo, pelo PS, e Marcelo Nuno, pelo PSD, foram ambos formados na “escola” da Associação Académica e estão, hoje, ambos em linha com as lideranças nacionais dos partidos.Ler mais +...
Categorias
Entidades
Há 17 anos, os dois maiores partidos repartiam interesses, no distrito deCoimbra, numa lógica de bloco central. O PS, em ascensão, sufragava Fausto Correia com maiorias inquestionáveis. O PSD, em queda, tinha Paulo Pereira Coelho a cimentar uma liderança de fação.Há 17 anos, o PCP despedia-se de um dirigente histórico, Carlos Fraião, e trazia do Porto Sérgio Teixeira, um “controleiro” que haveria de deixar saudades. Há 17 anos, alguns dissidentes do partido organizavam-se na Plataforma de Esquerda. A maioria dos seus membros estava “a caminho” do PS; alguns, poucos, agruparam-se depois na Política XXI, estrutura que viria, em 1999, a fundar o BE.Há 17 anos, o CDS era um partido à deriva, com muitos históricos a afastarem-se, mas ainda longe da chegada da década de Sónia Sousa Mendes.Efeito EncarnaçãoPor contra, no PSD, a súbita chegada ao poder trouxe novas exigências, a que o partido respondeu mal. Demasiado dependente do “efeito Encarnação”, a mudança tardou um par de anos, com Pereira Coelho a dar lugar ao autarca histórico Jaime Soares, este que enterrou completamente o partido no Distrito.Sem espaço visível no novo Governo barrosista (apenas Luís Pais de Sousa foi secretário de Estado), o partido demorou também a retomar as rédeas do poder, nas estruturas desconcentradas do Estado. Melhorou, significativamente, a presença de Coimbra no Governo Santana Lopes, com Paulo Pereira Coelho, José Manuel Canavarro.Em 2005, regressa o PS à ribalta. José Sócrates forma governo, mas Coimbra mantém-se (cada vez mais) longe dos centros de decisão. O virar da década trouxe, porém, uma nova vitalidade À vida política local. Desde logo, pela eleição de jovens quadros para as distrais dos dois maiores partidos. Mário Ruivo, pelo PS, e Marcelo Nuno, pelo PSD, foram ambos formados na “escola” da Associação Académica e estão, hoje, ambos em linha com as lideranças nacionais dos partidos.Ler mais +...