No dia 1 de Dezembro de 1640 deu-se início, com um golpe palaciano bem sucedido que pretendia pôr fim ao domínio espanhol em Portugal, a uma das mais relevantes e dramáticas revoluções políticas e sociais que o nosso país conheceu em mais de "oitocentos anos de história." Essa Revolução, aguardada por um país e um império ocupados e um povo humilhado e violentado pela boçalidade espanhola, restituiu-nos não apenas a liberdade e a independência. Trouxe de volta a dignidade entretanto perdida.Hoje, dia 1 de Dezembro de 2007, como aliás genericamente nas últimas décadas, a "Restauração" da independência portuguesa não merece um comentário, uma análise ou uma notícia digna de nota. O seu chefe, o futuro D. João IV (ver imagem acima), é uma não existência para a generalidade dos portugueses que não fizeram a antiga “4.ª classe”. Na imprensa escrita que li, nas rádios que ouvi e nas televisões que vi, escreve-se e fala-se da SIDA – hoje é o seu dia internacional –, da "bola", da Ota e dos empréstimos camarários do Sr. Presidente António Costa. Tudo factos da maior importância para o nosso destino colectivo. O tempo e a ignorância tudo esquecem e tudo justificam. Mas valha a verdade que prefiro este esquecimento, ao circo todos os anos montado e desmontado em torno do "25 de Abril" ou do "25 de Novembro." Já para não falar no que aí vem quando se comemorarem os 100 anos da implantação da República.P.S.: É verdade que, na Rádio Renascença, António Sala entrevistou D. Duarte Nuno. Não ouvi a dita, mas imagino-a.
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No dia 1 de Dezembro de 1640 deu-se início, com um golpe palaciano bem sucedido que pretendia pôr fim ao domínio espanhol em Portugal, a uma das mais relevantes e dramáticas revoluções políticas e sociais que o nosso país conheceu em mais de "oitocentos anos de história." Essa Revolução, aguardada por um país e um império ocupados e um povo humilhado e violentado pela boçalidade espanhola, restituiu-nos não apenas a liberdade e a independência. Trouxe de volta a dignidade entretanto perdida.Hoje, dia 1 de Dezembro de 2007, como aliás genericamente nas últimas décadas, a "Restauração" da independência portuguesa não merece um comentário, uma análise ou uma notícia digna de nota. O seu chefe, o futuro D. João IV (ver imagem acima), é uma não existência para a generalidade dos portugueses que não fizeram a antiga “4.ª classe”. Na imprensa escrita que li, nas rádios que ouvi e nas televisões que vi, escreve-se e fala-se da SIDA – hoje é o seu dia internacional –, da "bola", da Ota e dos empréstimos camarários do Sr. Presidente António Costa. Tudo factos da maior importância para o nosso destino colectivo. O tempo e a ignorância tudo esquecem e tudo justificam. Mas valha a verdade que prefiro este esquecimento, ao circo todos os anos montado e desmontado em torno do "25 de Abril" ou do "25 de Novembro." Já para não falar no que aí vem quando se comemorarem os 100 anos da implantação da República.P.S.: É verdade que, na Rádio Renascença, António Sala entrevistou D. Duarte Nuno. Não ouvi a dita, mas imagino-a.