O S. Pedro já se acabou

01-07-2011
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Tudo leva a crer que o actual governo vai manter o processo de avaliação dos professores herdado da arguida Maria de Lurdes Rodrigues e Sucessora, Ltd. Suspendê-lo seria um mero acto administrativo, da competência do governo e não da AR, razão pela qual a decisão maioritária ali tomada foi chumbada em Tribunal Constitucional (mentir é feio, Ramiro Marques).

Temos assim, para começar, dois partidos que na oposição disseram uma coisa e agora fazem outra. Temos também que aparentemente não existe nenhum interesse político nesta atitude: suspender o processo, de imediato, passava uma mensagem de mudança no relacionamento com os professores, poupava custos nas horas distribuídas aos relatores, e punha fim a uma situação de desigualdade, falta de rigor e de justiça, que não interessa a ninguém.

Aparentemente, porque só vejo uma leitura para esta atitude (além da falta de palavra, mas a isso estamos todos habituados): brandir o chicote, e avisar que os novos dirigentes do Ministério da Educação estão lá para lidar com os professores como meros zecos, e que estes continuarão a levar com o tratamento que se dá às mulas: rédea curta e uns safanões dados a tempo e a destempo, na velha escola do tempo da outra senhora.

Acabou-se o estado de graça de Pedro Passos Coelho. Sendo verdade que lhe vão cair em cima movimentos sociais muito mais pesados do que o dos professores, esta guerra já a comprou.

O sucessor (ou será herdeiro?) de José Sócrates fala sobre “este processo monstruoso de avaliação” aos 2 minutos e 12 segundos, via arlindovsky.

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Tudo leva a crer que o actual governo vai manter o processo de avaliação dos professores herdado da arguida Maria de Lurdes Rodrigues e Sucessora, Ltd. Suspendê-lo seria um mero acto administrativo, da competência do governo e não da AR, razão pela qual a decisão maioritária ali tomada foi chumbada em Tribunal Constitucional (mentir é feio, Ramiro Marques).

Temos assim, para começar, dois partidos que na oposição disseram uma coisa e agora fazem outra. Temos também que aparentemente não existe nenhum interesse político nesta atitude: suspender o processo, de imediato, passava uma mensagem de mudança no relacionamento com os professores, poupava custos nas horas distribuídas aos relatores, e punha fim a uma situação de desigualdade, falta de rigor e de justiça, que não interessa a ninguém.

Aparentemente, porque só vejo uma leitura para esta atitude (além da falta de palavra, mas a isso estamos todos habituados): brandir o chicote, e avisar que os novos dirigentes do Ministério da Educação estão lá para lidar com os professores como meros zecos, e que estes continuarão a levar com o tratamento que se dá às mulas: rédea curta e uns safanões dados a tempo e a destempo, na velha escola do tempo da outra senhora.

Acabou-se o estado de graça de Pedro Passos Coelho. Sendo verdade que lhe vão cair em cima movimentos sociais muito mais pesados do que o dos professores, esta guerra já a comprou.

O sucessor (ou será herdeiro?) de José Sócrates fala sobre “este processo monstruoso de avaliação” aos 2 minutos e 12 segundos, via arlindovsky.

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