Comissão de inquérito ao BES tornou-se palco de discussão entre Portas e Magalhães

20-03-2015
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Paulo Portas para José Magalhães: "O senhor deputado julga que vai tirar lã aos outros e acaba tosquiado".

José Magalhães para Paulo Portas: "[O senhor vice-primeiro-ministro] é imbatível a auto-elogiar-se".

Leia Também Portas não garantiu estabilidade do BES por ter "noção" do que podia acontecer

Estas foram duas das frases que marcaram a audição do vice-primeiro-ministro na comissão parlamentar de inquérito quando questionado pelo socialista José Magalhães. O deputado acompanhou, no ano passado, os trabalhos da comissão de inquérito à aquisição de material militar, como os submarinos, e quis trazer o tema para a comissão de inquérito ao BES dado que o banco também estava envolvido nestas transacções.

Quando Magalhães fez a pergunta sobre o tema, Portas acusou-o de insistir na "obsessão do costume", criticando-o por achar que "sabe mais que os juízos". "Lamento, mas o senhor deputado é deputado. Não é nem polícia nem investigado nem procurador nem juiz".

"Não há dúvida nenhuma que o senhor é uma mente totalitária. Quando a realidade não bate certo com a sua vontade, o senhor manipula a realidade. É igualzinho à doutora Ana Gomes, ambos a coberto de uma figura chamada imunidade parlamentar", comentou o vice-primeiro-ministro, dizendo que a eurodeputada inventou uma "teoria conspirativa" sobre coisas que garante nunca ter dito: "Chama-se a isto fraude".

José Magalhães respondeu que Portas "fez um bom conjunto de observações" sem aludir efectivamente a factos de processos, como o alegado favorecimento ao BES em várias operações. Algo que foi rejeitado pelo vice-primeiro-ministro, que lançou nova farpa: "o senhor deputado parece aquelas crianças que, quando perdem o jogo, exigem um jogo só para elas".

Aliás, Portas disse que houve um despacho de arquivamento sem qualquer acusação, algo que deveria ser apreendido "mesmo por um antigo estalinista", dirigindo-se ao deputado. "Aprenda a não difamar quando o Estado de Direito já resolveu essa matéria", atirou.

Pelo meio, falou-se dos empréstimos que o CDS tem no BES ao que Portas respondeu que na mesma situação estão o PCP, o PSD e o PS.

No final das perguntas de José Magalhães, Fernando Negrão acusou o socialista de estar a "contaminar" a comissão de inquérito ao BES pedindo um regresso à normalidade. Depois disto, as perguntas passaram para a deputada centrista Cecília Meireles que, apesar de ter pedido também esse regresso ao tema central do inquérito ao BES, gastou perto de três dos oito minutos de perguntas para atacar o desempenho e as ideias de José Magalhães.

Paulo Portas para José Magalhães: "O senhor deputado julga que vai tirar lã aos outros e acaba tosquiado".

José Magalhães para Paulo Portas: "[O senhor vice-primeiro-ministro] é imbatível a auto-elogiar-se".

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Estas foram duas das frases que marcaram a audição do vice-primeiro-ministro na comissão parlamentar de inquérito quando questionado pelo socialista José Magalhães. O deputado acompanhou, no ano passado, os trabalhos da comissão de inquérito à aquisição de material militar, como os submarinos, e quis trazer o tema para a comissão de inquérito ao BES dado que o banco também estava envolvido nestas transacções.

Quando Magalhães fez a pergunta sobre o tema, Portas acusou-o de insistir na "obsessão do costume", criticando-o por achar que "sabe mais que os juízos". "Lamento, mas o senhor deputado é deputado. Não é nem polícia nem investigado nem procurador nem juiz".

"Não há dúvida nenhuma que o senhor é uma mente totalitária. Quando a realidade não bate certo com a sua vontade, o senhor manipula a realidade. É igualzinho à doutora Ana Gomes, ambos a coberto de uma figura chamada imunidade parlamentar", comentou o vice-primeiro-ministro, dizendo que a eurodeputada inventou uma "teoria conspirativa" sobre coisas que garante nunca ter dito: "Chama-se a isto fraude".

José Magalhães respondeu que Portas "fez um bom conjunto de observações" sem aludir efectivamente a factos de processos, como o alegado favorecimento ao BES em várias operações. Algo que foi rejeitado pelo vice-primeiro-ministro, que lançou nova farpa: "o senhor deputado parece aquelas crianças que, quando perdem o jogo, exigem um jogo só para elas".

Aliás, Portas disse que houve um despacho de arquivamento sem qualquer acusação, algo que deveria ser apreendido "mesmo por um antigo estalinista", dirigindo-se ao deputado. "Aprenda a não difamar quando o Estado de Direito já resolveu essa matéria", atirou.

Pelo meio, falou-se dos empréstimos que o CDS tem no BES ao que Portas respondeu que na mesma situação estão o PCP, o PSD e o PS.

No final das perguntas de José Magalhães, Fernando Negrão acusou o socialista de estar a "contaminar" a comissão de inquérito ao BES pedindo um regresso à normalidade. Depois disto, as perguntas passaram para a deputada centrista Cecília Meireles que, apesar de ter pedido também esse regresso ao tema central do inquérito ao BES, gastou perto de três dos oito minutos de perguntas para atacar o desempenho e as ideias de José Magalhães.

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