“A EDP subsidia os consumidores e o sistema eléctrico nacional”

09-03-2012
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Eléctrica defende que não há rendas excessivas no sector e que não abdica dos actuais contratos.

O grupo EDP, liderado por António Mexia, defendeu ontem, em conferência de imprensa, que o actual défice tarifário - que se situa nos 3,2 mil milhões de euros -, é sustentável e que a polémica à volta das rendas excessivas que os produtores de electricidade recebem é um falso problema. O gestor desvaloriza assim as contas do Governo e anuncia o novo plano de negócios da empresa para Maio.

Que interpretação faz do estudo encomendado pelo Governo que aponta para a necessidade de eliminar as rendas excessivas no sector energético?

O estudo tem erros grosseiros, que o tornam inútil. Tem por base pressupostos errados. Considera, por exemplo, que todo o investimento que tenha uma taxa interna de rentabilidade acima do custo de capital é uma renda. Por outro lado, confunde taxa de remuneração dos activos com taxa de actualização. O Governo terá considerado a sua não utilização por causa destes erros. A existência de rendas é um falso problema.

Já iniciaram conversações com o Executivo para rever os contratos de manutenção do equilíbrio contratual?

Sempre mostrámos abertura para a discussão dos contratos, desde que toda a gente respeite o que tem a ver com os princípios que lhes estão subjacentes. Em 2009 e 2010 os preços da electricidade foram mais baixos do que em França ou na Escandinávia, que são essencialmente nuclear e híbrido. Nos últimos três anos, o mercado grossista da Península Ibérica teve sistematicamente os preços mais baixos de toda a Europa. Parece-me que a resposta é clara: ninguém tem rendas com os preços mais baixos, é impossível. Por outro lado, o mercado liberalizado já representa mais de 50%, há muitos segmentos de mercado em que a EDP não é sequer líder e, portanto, existe concorrência. Fica claro para todos, com os números oficiais, de que o défice tarifário é sustentável e ‘gerível', mesmo considerando objectivos muito ambiciosos de eficiência energética. O défice desaparece em meados da década e a dívida passa a zero antes do final da década, com aumentos dos preços abaixo do que a própria Comissão Europeia prevê. Actualmente, a EDP subsidia não só os consumidores, como o sistema eléctrico nacional.

Eléctrica defende que não há rendas excessivas no sector e que não abdica dos actuais contratos.

O grupo EDP, liderado por António Mexia, defendeu ontem, em conferência de imprensa, que o actual défice tarifário - que se situa nos 3,2 mil milhões de euros -, é sustentável e que a polémica à volta das rendas excessivas que os produtores de electricidade recebem é um falso problema. O gestor desvaloriza assim as contas do Governo e anuncia o novo plano de negócios da empresa para Maio.

Que interpretação faz do estudo encomendado pelo Governo que aponta para a necessidade de eliminar as rendas excessivas no sector energético?

O estudo tem erros grosseiros, que o tornam inútil. Tem por base pressupostos errados. Considera, por exemplo, que todo o investimento que tenha uma taxa interna de rentabilidade acima do custo de capital é uma renda. Por outro lado, confunde taxa de remuneração dos activos com taxa de actualização. O Governo terá considerado a sua não utilização por causa destes erros. A existência de rendas é um falso problema.

Já iniciaram conversações com o Executivo para rever os contratos de manutenção do equilíbrio contratual?

Sempre mostrámos abertura para a discussão dos contratos, desde que toda a gente respeite o que tem a ver com os princípios que lhes estão subjacentes. Em 2009 e 2010 os preços da electricidade foram mais baixos do que em França ou na Escandinávia, que são essencialmente nuclear e híbrido. Nos últimos três anos, o mercado grossista da Península Ibérica teve sistematicamente os preços mais baixos de toda a Europa. Parece-me que a resposta é clara: ninguém tem rendas com os preços mais baixos, é impossível. Por outro lado, o mercado liberalizado já representa mais de 50%, há muitos segmentos de mercado em que a EDP não é sequer líder e, portanto, existe concorrência. Fica claro para todos, com os números oficiais, de que o défice tarifário é sustentável e ‘gerível', mesmo considerando objectivos muito ambiciosos de eficiência energética. O défice desaparece em meados da década e a dívida passa a zero antes do final da década, com aumentos dos preços abaixo do que a própria Comissão Europeia prevê. Actualmente, a EDP subsidia não só os consumidores, como o sistema eléctrico nacional.

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