PUXAPALAVRA: Pois, pois... ( I )

04-07-2011
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1. Daqui a pouco virá um clima mais propício à reflexão. No calor da

refrega, tendemos a encorpar as nossas argumentações. Veja-se, por exemplo, o

Senador Rockfeller a declarar que se, no Congresso dos E.U.A., soubessem o que sabem hoje, não teriam autorizado Bush a desencadear a guerra...

2. Quanto à ida de JMBarroso para Bruxelas, li um artigo interessante de

Eduardo Lourenço no PÚBLICO. Quem não teve oportunidade de lê-lo mas sente

alguma curiosidade, pode encontrá-lo aqui.

Havemos de voltar muitas mais vezes ao gesto que desencadeou a demissão do

governo em exercício. Pensam alguns que foi uma deserção, pura e simples, em

consequência dos resultados das eleições para o PE. O artigo de Eduardo

Lourenço faz a demonstração do que foi uma falácia patrioteira. Por outro

lado, sugere pistas para descortinar o que significa ter sido JMBarroso o

"escolhido".

3. José Saramago (SIC-Notícias, 2004/07/11), propõe nova grelha de

leitura: o ciclo da revolução de Abril findou agora, no momento em que se

consumou a fuga do quarto fugitivo do Apocalipse, - Ferro Rodrigues. Para

Saramago, os anteriores foram Guterres, Barroso e Sampaio. Parece um desvario

literário, mas encarado com tolerância, pode ser interpretado de outro modo.

30 anos depois, com esta nova guinada para a direita extremada, já se ouve um

coro enorme de apologistas do "centro". Primeiro o poder. As

políticas ficam para depois. Depois de lá chegarmos, logo se vê o que é

possível fazer.

Saramago pode estar a exagerar com o Apocalipse, mas tem razão

num aspecto. São fugitivos, legitimados pessoal e formalmente, mas dando sempre cobertura a mais um deslize para a direita. Não necessariamente por falta de ideias, mas por ideias... assim.

OK. Juntemos, então, os cacos.

1. Daqui a pouco virá um clima mais propício à reflexão. No calor da

refrega, tendemos a encorpar as nossas argumentações. Veja-se, por exemplo, o

Senador Rockfeller a declarar que se, no Congresso dos E.U.A., soubessem o que sabem hoje, não teriam autorizado Bush a desencadear a guerra...

2. Quanto à ida de JMBarroso para Bruxelas, li um artigo interessante de

Eduardo Lourenço no PÚBLICO. Quem não teve oportunidade de lê-lo mas sente

alguma curiosidade, pode encontrá-lo aqui.

Havemos de voltar muitas mais vezes ao gesto que desencadeou a demissão do

governo em exercício. Pensam alguns que foi uma deserção, pura e simples, em

consequência dos resultados das eleições para o PE. O artigo de Eduardo

Lourenço faz a demonstração do que foi uma falácia patrioteira. Por outro

lado, sugere pistas para descortinar o que significa ter sido JMBarroso o

"escolhido".

3. José Saramago (SIC-Notícias, 2004/07/11), propõe nova grelha de

leitura: o ciclo da revolução de Abril findou agora, no momento em que se

consumou a fuga do quarto fugitivo do Apocalipse, - Ferro Rodrigues. Para

Saramago, os anteriores foram Guterres, Barroso e Sampaio. Parece um desvario

literário, mas encarado com tolerância, pode ser interpretado de outro modo.

30 anos depois, com esta nova guinada para a direita extremada, já se ouve um

coro enorme de apologistas do "centro". Primeiro o poder. As

políticas ficam para depois. Depois de lá chegarmos, logo se vê o que é

possível fazer.

Saramago pode estar a exagerar com o Apocalipse, mas tem razão

num aspecto. São fugitivos, legitimados pessoal e formalmente, mas dando sempre cobertura a mais um deslize para a direita. Não necessariamente por falta de ideias, mas por ideias... assim.

OK. Juntemos, então, os cacos.

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