1. Daqui a pouco virá um clima mais propício à reflexão. No calor da
refrega, tendemos a encorpar as nossas argumentações. Veja-se, por exemplo, o
Senador Rockfeller a declarar que se, no Congresso dos E.U.A., soubessem o que sabem hoje, não teriam autorizado Bush a desencadear a guerra...
2. Quanto à ida de JMBarroso para Bruxelas, li um artigo interessante de
Eduardo Lourenço no PÚBLICO. Quem não teve oportunidade de lê-lo mas sente
alguma curiosidade, pode encontrá-lo aqui.
Havemos de voltar muitas mais vezes ao gesto que desencadeou a demissão do
governo em exercício. Pensam alguns que foi uma deserção, pura e simples, em
consequência dos resultados das eleições para o PE. O artigo de Eduardo
Lourenço faz a demonstração do que foi uma falácia patrioteira. Por outro
lado, sugere pistas para descortinar o que significa ter sido JMBarroso o
"escolhido".
3. José Saramago (SIC-Notícias, 2004/07/11), propõe nova grelha de
leitura: o ciclo da revolução de Abril findou agora, no momento em que se
consumou a fuga do quarto fugitivo do Apocalipse, - Ferro Rodrigues. Para
Saramago, os anteriores foram Guterres, Barroso e Sampaio. Parece um desvario
literário, mas encarado com tolerância, pode ser interpretado de outro modo.
30 anos depois, com esta nova guinada para a direita extremada, já se ouve um
coro enorme de apologistas do "centro". Primeiro o poder. As
políticas ficam para depois. Depois de lá chegarmos, logo se vê o que é
possível fazer.
Saramago pode estar a exagerar com o Apocalipse, mas tem razão
num aspecto. São fugitivos, legitimados pessoal e formalmente, mas dando sempre cobertura a mais um deslize para a direita. Não necessariamente por falta de ideias, mas por ideias... assim.
OK. Juntemos, então, os cacos.
1. Daqui a pouco virá um clima mais propício à reflexão. No calor da
refrega, tendemos a encorpar as nossas argumentações. Veja-se, por exemplo, o
Senador Rockfeller a declarar que se, no Congresso dos E.U.A., soubessem o que sabem hoje, não teriam autorizado Bush a desencadear a guerra...
2. Quanto à ida de JMBarroso para Bruxelas, li um artigo interessante de
Eduardo Lourenço no PÚBLICO. Quem não teve oportunidade de lê-lo mas sente
alguma curiosidade, pode encontrá-lo aqui.
Havemos de voltar muitas mais vezes ao gesto que desencadeou a demissão do
governo em exercício. Pensam alguns que foi uma deserção, pura e simples, em
consequência dos resultados das eleições para o PE. O artigo de Eduardo
Lourenço faz a demonstração do que foi uma falácia patrioteira. Por outro
lado, sugere pistas para descortinar o que significa ter sido JMBarroso o
"escolhido".
3. José Saramago (SIC-Notícias, 2004/07/11), propõe nova grelha de
leitura: o ciclo da revolução de Abril findou agora, no momento em que se
consumou a fuga do quarto fugitivo do Apocalipse, - Ferro Rodrigues. Para
Saramago, os anteriores foram Guterres, Barroso e Sampaio. Parece um desvario
literário, mas encarado com tolerância, pode ser interpretado de outro modo.
30 anos depois, com esta nova guinada para a direita extremada, já se ouve um
coro enorme de apologistas do "centro". Primeiro o poder. As
políticas ficam para depois. Depois de lá chegarmos, logo se vê o que é
possível fazer.
Saramago pode estar a exagerar com o Apocalipse, mas tem razão
num aspecto. São fugitivos, legitimados pessoal e formalmente, mas dando sempre cobertura a mais um deslize para a direita. Não necessariamente por falta de ideias, mas por ideias... assim.
OK. Juntemos, então, os cacos.