A Ágora

30-06-2011
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A herança de Walker Bush e o contágio do ridículo Bush desandou, por fim, como era desejo de grande parte da população mundial e americana. Um presidência eivada de erros, equívocos, abusos de poder e tensões. Um homem sem grandes conhecimentos ou rasgo, pouco inteligente, que deve o cargo ao apelido, e que acaba por ser um bom exemplo do oposto da meritocracia, tão contrário ao espírito americano. Deixou-se guiar por todos quanto o rodeavam, nomeadamente o grupo neoconservador e alguns oportunistas de sempre, como Rumsfeld e Cheney. Não deixará saudades. Sai com uma crise financeira e económica gravíssima, o seu projecto do Iraque numa incógnita, o Afeganistão mais inseguro do que nunca e o prestígio americano americano abalado por Guantánamos, Abu Grahibs e outras vilezas. O maior pecado de Bush será mesmo a forma incrível como desperdiçou todo o capital de simpatia que os EUA recolheram no 11 de Setembro. Tal coktail de inabilidade, falta de visão e incúria é quase uma proeza.Bush terá sido também o maior alvo de sátiras nos últimos anos. Mas a sátira, quando exagerada, acaba por se tornar tão ridícula quanto o seu objecto. Nisto se inclui a plataforma Bush Bye Bye Party. Se a ideia, abstractamente colocada, tinha a sua piada, com alguns spots imaginativos (como a festinha do casal chinês, humor negro corrosivo), já as mil e tal festas sugeridas, devidamente localizadas e realizadas um pouco por todo o mundo caiem na mesma patetice que se vê em Bush. Se há uma organização global para comemorar por toda a parte a saída (anunciada) do último inquilino da Casa Branca, então que se fará quando um Mugabe, um Kim il Sung (e respectiva prole) e Than Shwe caírem do poder?


A herança de Walker Bush e o contágio do ridículo Bush desandou, por fim, como era desejo de grande parte da população mundial e americana. Um presidência eivada de erros, equívocos, abusos de poder e tensões. Um homem sem grandes conhecimentos ou rasgo, pouco inteligente, que deve o cargo ao apelido, e que acaba por ser um bom exemplo do oposto da meritocracia, tão contrário ao espírito americano. Deixou-se guiar por todos quanto o rodeavam, nomeadamente o grupo neoconservador e alguns oportunistas de sempre, como Rumsfeld e Cheney. Não deixará saudades. Sai com uma crise financeira e económica gravíssima, o seu projecto do Iraque numa incógnita, o Afeganistão mais inseguro do que nunca e o prestígio americano americano abalado por Guantánamos, Abu Grahibs e outras vilezas. O maior pecado de Bush será mesmo a forma incrível como desperdiçou todo o capital de simpatia que os EUA recolheram no 11 de Setembro. Tal coktail de inabilidade, falta de visão e incúria é quase uma proeza.Bush terá sido também o maior alvo de sátiras nos últimos anos. Mas a sátira, quando exagerada, acaba por se tornar tão ridícula quanto o seu objecto. Nisto se inclui a plataforma Bush Bye Bye Party. Se a ideia, abstractamente colocada, tinha a sua piada, com alguns spots imaginativos (como a festinha do casal chinês, humor negro corrosivo), já as mil e tal festas sugeridas, devidamente localizadas e realizadas um pouco por todo o mundo caiem na mesma patetice que se vê em Bush. Se há uma organização global para comemorar por toda a parte a saída (anunciada) do último inquilino da Casa Branca, então que se fará quando um Mugabe, um Kim il Sung (e respectiva prole) e Than Shwe caírem do poder?

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