Semanário O Diabo: josé lello

14-02-2012
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MacacosO deputado socialista José Lelo acha que a Assembleia da República “não é a aldeia dos macacos”. E tem razão. A aldeia dos macacos a que se referiu para compor a sua curiosa analogia, a verdadeira Aldeia dos Macacos do Jardim Zoológico de Lisboa, não tem comparação com o Parlamento da República. Lelo usou a expressão em pleno hemiciclo, apontando o dedo a um fotógrafo do ‘Correio da Manhã’ que em si fixara a objectiva. E explicou o motivo da indignação: é que “os repórteres andam aqui debruçados a tirar fotografias aos nossos computadores, aos decotes das deputadas…”. Confesse, José Lelo: o que, verdadeiramente, o incomodava (porventura mais do que a propagação fotográfica dos decotes) era a possibilidade de as câmaras dos jornalistas registarem para a posteridade os ‘sites’ que os senhores deputados visitam enquanto fazem horas nos cadeirões de couro de São Bento. Mas que mal isso teria? Toda a gente sabe que os ilustres representantes dos partidos só têm de apresentar-se a mostrar serviço quando se trata de votar o que já está decidido – e que, entretanto, enfastiados, são obrigados a entreter-se com o nobre exercício de actualizar conhecimentos através da Internet. Dada esta evidência, a súbita indignação de Lelo não conquistou adeptos, e o deputado do PS teve mesmo de ouvir o presidente da Assembleia lembrar-lhe que os computadores usados no hemiciclo não são pessoais, mas sim de serviço público. Seja como for, manda a verdade que se concorde com o remate do seu protesto: o Parlamento, de facto, “não é a aldeia dos macacos”. Qualquer um pode confirmá-lo no ‘site’ do Zoo: os símios que ali vivem não recebem qualquer pagamento para além da frugal alimentação, não têm direito a reforma, a gabinete, a viatura, a assessores ou a despesas de representação. E, em troca de um simples bilhete de ingresso, ainda divertem genuinamente quem os visita.

MacacosO deputado socialista José Lelo acha que a Assembleia da República “não é a aldeia dos macacos”. E tem razão. A aldeia dos macacos a que se referiu para compor a sua curiosa analogia, a verdadeira Aldeia dos Macacos do Jardim Zoológico de Lisboa, não tem comparação com o Parlamento da República. Lelo usou a expressão em pleno hemiciclo, apontando o dedo a um fotógrafo do ‘Correio da Manhã’ que em si fixara a objectiva. E explicou o motivo da indignação: é que “os repórteres andam aqui debruçados a tirar fotografias aos nossos computadores, aos decotes das deputadas…”. Confesse, José Lelo: o que, verdadeiramente, o incomodava (porventura mais do que a propagação fotográfica dos decotes) era a possibilidade de as câmaras dos jornalistas registarem para a posteridade os ‘sites’ que os senhores deputados visitam enquanto fazem horas nos cadeirões de couro de São Bento. Mas que mal isso teria? Toda a gente sabe que os ilustres representantes dos partidos só têm de apresentar-se a mostrar serviço quando se trata de votar o que já está decidido – e que, entretanto, enfastiados, são obrigados a entreter-se com o nobre exercício de actualizar conhecimentos através da Internet. Dada esta evidência, a súbita indignação de Lelo não conquistou adeptos, e o deputado do PS teve mesmo de ouvir o presidente da Assembleia lembrar-lhe que os computadores usados no hemiciclo não são pessoais, mas sim de serviço público. Seja como for, manda a verdade que se concorde com o remate do seu protesto: o Parlamento, de facto, “não é a aldeia dos macacos”. Qualquer um pode confirmá-lo no ‘site’ do Zoo: os símios que ali vivem não recebem qualquer pagamento para além da frugal alimentação, não têm direito a reforma, a gabinete, a viatura, a assessores ou a despesas de representação. E, em troca de um simples bilhete de ingresso, ainda divertem genuinamente quem os visita.

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