Alto Hama: O Galo Negro nem sequer levantou voo- mudem-se os generais se tal for preciso

05-07-2011
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É ponto assente (e espero que assumido) que o Galo da UNITA nem sequer levantou voo. Ficou preso ao chão. Importa agora, digo eu, reflectir e partir para a próxima batlha política. E essa batalha começa dentro da própria UNITA. O trabalho para vencer as próximas eleições já começou. Ou, pelo menos, já deveria ter começado. Recordo que no Congresso em que disputou a liderança com Isaías Samakuva, Abel Chivukuvuku considerou que a UNITA ainda não era a força com a necessária dinâmica de vitória para enfrentar o MPLA nestas eleições. Na altura escrevi que o Abel tinha razão. E, como agora se verificou, tinha mesmo.A seriedade, honestidade e patriotismo de Samakuva não foram suficientes (muito longe disso) para lutar contra uma máquina que está no poder em Angola desde 1975. Não sei se Chivukuvuku também conseguiria pôr a UNITA a lutar taco a taco com o MPLA.Tinha, contudo e na minha opinião, a vontade de partir a loiça sem temer levar com os estilhaços. Se ainda a tiver é bom princípio para, desde logo, evitar que à UNITA aconteça o mesmo que à FNLA."Depois de ter avaliado o contexto que Angola vive - em que não está claramente visível que hoje somos uma alternativa ganhadora - e consultado vários colegas de direcção do partido e militantes, tomei a decisão consciente de candidatar-me com um único propósito: fazer da UNITA uma efectiva alternativa que possa ganhar as eleições em 2008 e instaurar em Angola um modelo positivo de governação”, afirmou em Janeiro do ano passado Chivukuvuku.Era mesmo isso. É mesmo isso. Também é isso que Samakuva quer, eu sei. Faltou-lhe, no entanto, engenho, arte e colaboração dos seus mais próximos quadros para dizer aos angolanos que o rei ia, como ainda vai, como continuará a ir, nu.A UNITA tem de lutar por ser uma alternativa efectiva. Samakuva teve a árdua, e não menos importante, tarefa de pôr algumas divisões da casa em ordem. Talvez por isso, tenha sido demasiado (para o meu gosto, pelo menos) passivo, demasiado politicamente correcto.Chega agora a altura de a UNITA procurar ter na liderança alguém que alie à seriedade, honestidade e patriotismo de Samakuva a capacidade de pôr o país a mexer, não temendo dizer as verdades que os angolanos querem ouvir, não temendo dizer quais são as soluções necessárias para que Angola deixe de ser apenas Luanda.Chega agora a altura de também pôr os poucos que dentro da UNITA têm “milhões” a trabalhar pelos milhões que, também dentro da UNITA, têm pouco ou nada. Se o fizeram, a UNITA terá futuro. Angola terá futuro.Está, por isso, nas mãos dos actuais filhos puros da UNITA escolher, já que muitos que só foram filhos puros enquanto Jonas Savimbi presidiu, são agora enteados, sem direito a voto.


É ponto assente (e espero que assumido) que o Galo da UNITA nem sequer levantou voo. Ficou preso ao chão. Importa agora, digo eu, reflectir e partir para a próxima batlha política. E essa batalha começa dentro da própria UNITA. O trabalho para vencer as próximas eleições já começou. Ou, pelo menos, já deveria ter começado. Recordo que no Congresso em que disputou a liderança com Isaías Samakuva, Abel Chivukuvuku considerou que a UNITA ainda não era a força com a necessária dinâmica de vitória para enfrentar o MPLA nestas eleições. Na altura escrevi que o Abel tinha razão. E, como agora se verificou, tinha mesmo.A seriedade, honestidade e patriotismo de Samakuva não foram suficientes (muito longe disso) para lutar contra uma máquina que está no poder em Angola desde 1975. Não sei se Chivukuvuku também conseguiria pôr a UNITA a lutar taco a taco com o MPLA.Tinha, contudo e na minha opinião, a vontade de partir a loiça sem temer levar com os estilhaços. Se ainda a tiver é bom princípio para, desde logo, evitar que à UNITA aconteça o mesmo que à FNLA."Depois de ter avaliado o contexto que Angola vive - em que não está claramente visível que hoje somos uma alternativa ganhadora - e consultado vários colegas de direcção do partido e militantes, tomei a decisão consciente de candidatar-me com um único propósito: fazer da UNITA uma efectiva alternativa que possa ganhar as eleições em 2008 e instaurar em Angola um modelo positivo de governação”, afirmou em Janeiro do ano passado Chivukuvuku.Era mesmo isso. É mesmo isso. Também é isso que Samakuva quer, eu sei. Faltou-lhe, no entanto, engenho, arte e colaboração dos seus mais próximos quadros para dizer aos angolanos que o rei ia, como ainda vai, como continuará a ir, nu.A UNITA tem de lutar por ser uma alternativa efectiva. Samakuva teve a árdua, e não menos importante, tarefa de pôr algumas divisões da casa em ordem. Talvez por isso, tenha sido demasiado (para o meu gosto, pelo menos) passivo, demasiado politicamente correcto.Chega agora a altura de a UNITA procurar ter na liderança alguém que alie à seriedade, honestidade e patriotismo de Samakuva a capacidade de pôr o país a mexer, não temendo dizer as verdades que os angolanos querem ouvir, não temendo dizer quais são as soluções necessárias para que Angola deixe de ser apenas Luanda.Chega agora a altura de também pôr os poucos que dentro da UNITA têm “milhões” a trabalhar pelos milhões que, também dentro da UNITA, têm pouco ou nada. Se o fizeram, a UNITA terá futuro. Angola terá futuro.Está, por isso, nas mãos dos actuais filhos puros da UNITA escolher, já que muitos que só foram filhos puros enquanto Jonas Savimbi presidiu, são agora enteados, sem direito a voto.

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