Alto Hama: Malária provocou em Angola12 702 mortos no ano passado

01-07-2011
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A malária provocou 12.702 mortes em Angola no ano passado, período em que foram registados mais de 2,2 milhões de casos desta doença em todo o país, informou hoje, em Luanda, o Ministério da Saúde. As autoridades sanitárias angolanas registaram mais de 910 mil casos de malária em crianças entre Janeiro e Dezembro de 2005, das quais 4.446 acabaram por morrer em consequência da doença.A malária é a principal causa de morte em Angola, sendo responsável por 40 por cento dos gastos anuais em saúde pública.Os dados foram revelados por Ana Fernandes, do Programa Nacional de Luta contra a Malária, numa conferência de imprensa destinada a divulgar a realização de um inquérito sobre indicadores de malária em Angola.Este inquérito, que está a ser realizado desde a semana passada pelas empresas angolanas Consaúde e Cosef, tem como objectivo quantificar o número de pessoas que sabem o que é a malária e quais as formas de prevenir a doença.O estudo, que abrange todo o território angolano, envolverá a realização de cerca de três mil inquéritos a pessoas residentes em zonas urbanas e rurais, estando também prevista a recolha de amostras para avaliar o estado da população em termos de infecção parasitológica e de anemia.No quadro da estratégia de combate contra a malária, o governo angolano decidiu introduzir a pulverização domiciliária nas províncias de Benguela, Huíla e Namibe, tendo também lançado, desde Abril, o tratamento com COARTEM, uma nova combinação terapêutica baseada na artimisinina.A introdução deste tratamento surgiu depois de vários estudos terem demonstrado que o plasmódio que causa a malária desenvolveu resistência à cloroquina.A taxa de resistência ao tratamento com cloroquina, segundo dados oficiais, chega a atingir 60 por cento em algumas regiões do país, quando a OMS recomenda a mudança de tratamento no caso de a resistência ser superior a 25 por cento.A malária é uma doença endémica nas 18 províncias de Angola, onde oito em cada dez pessoas que recorrem às consultas nos postos e nos centros de saúde angolanos sofrem desta enfermidade.Esta doença é a principal responsável pelo absentismo escolar e laboral, além de representar 35 por cento da procura de cuidados de saúde em Angola e 20 por cento dos internamentos hospitalares registados no país.A taxa de mortalidade situa-se entre os 15 e os 30 por cento, um valor elevado que as autoridades sanitárias atribuem à crescente resistência do parasita da malária aos tratamentos que têm sido utilizados, baseados na cloroquina e amodiaquina, o que levou o Ministério da Saúde a introduzir no país o COARTEM.Em termos de prevenção, está a decorrer em todo o país uma campanha de informação sobre a malária, ao mesmo tempo que são distribuídas redes mosquiteiras tratadas com insecticidas de longa duração.


A malária provocou 12.702 mortes em Angola no ano passado, período em que foram registados mais de 2,2 milhões de casos desta doença em todo o país, informou hoje, em Luanda, o Ministério da Saúde. As autoridades sanitárias angolanas registaram mais de 910 mil casos de malária em crianças entre Janeiro e Dezembro de 2005, das quais 4.446 acabaram por morrer em consequência da doença.A malária é a principal causa de morte em Angola, sendo responsável por 40 por cento dos gastos anuais em saúde pública.Os dados foram revelados por Ana Fernandes, do Programa Nacional de Luta contra a Malária, numa conferência de imprensa destinada a divulgar a realização de um inquérito sobre indicadores de malária em Angola.Este inquérito, que está a ser realizado desde a semana passada pelas empresas angolanas Consaúde e Cosef, tem como objectivo quantificar o número de pessoas que sabem o que é a malária e quais as formas de prevenir a doença.O estudo, que abrange todo o território angolano, envolverá a realização de cerca de três mil inquéritos a pessoas residentes em zonas urbanas e rurais, estando também prevista a recolha de amostras para avaliar o estado da população em termos de infecção parasitológica e de anemia.No quadro da estratégia de combate contra a malária, o governo angolano decidiu introduzir a pulverização domiciliária nas províncias de Benguela, Huíla e Namibe, tendo também lançado, desde Abril, o tratamento com COARTEM, uma nova combinação terapêutica baseada na artimisinina.A introdução deste tratamento surgiu depois de vários estudos terem demonstrado que o plasmódio que causa a malária desenvolveu resistência à cloroquina.A taxa de resistência ao tratamento com cloroquina, segundo dados oficiais, chega a atingir 60 por cento em algumas regiões do país, quando a OMS recomenda a mudança de tratamento no caso de a resistência ser superior a 25 por cento.A malária é uma doença endémica nas 18 províncias de Angola, onde oito em cada dez pessoas que recorrem às consultas nos postos e nos centros de saúde angolanos sofrem desta enfermidade.Esta doença é a principal responsável pelo absentismo escolar e laboral, além de representar 35 por cento da procura de cuidados de saúde em Angola e 20 por cento dos internamentos hospitalares registados no país.A taxa de mortalidade situa-se entre os 15 e os 30 por cento, um valor elevado que as autoridades sanitárias atribuem à crescente resistência do parasita da malária aos tratamentos que têm sido utilizados, baseados na cloroquina e amodiaquina, o que levou o Ministério da Saúde a introduzir no país o COARTEM.Em termos de prevenção, está a decorrer em todo o país uma campanha de informação sobre a malária, ao mesmo tempo que são distribuídas redes mosquiteiras tratadas com insecticidas de longa duração.

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