Alto Hama: Relatório dos Observadores da Europanem um rato, nem um ratinho, vai parir

30-06-2011
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A Missão de Observação Eleitoral da União Europeia (UE) às eleições legislativas angolanas de ontem anunciou hoje um adiamento de 24 horas do seu relatório sobre o processo eleitoral, previsto para ser divulgado amanhã. Isto está cada vez mais parecido com o Zimbabué. Não está?Fonte da missão disse à Agência Lusa que uma delegação de observadores da UE, chefiada pela italiana Luisa Morgantini, esteve hoje reunida com o presidente da UNITA, Isaías Samakuva, que ontem pediu à Comissão Nacional Eleitoral (CNE) angolana a repetição das eleições na província de Luanda, alegando as falhas durante o dia de votação. Já hoje de manhã, a UNITA entregou na CNE um pedido de impugnação das eleições em Luanda.No relatório da missão da UE deveria ser feita uma síntese preliminar do resultado do trabalho da mais de uma centena de observadores europeus que estiveram no terreno durante o último mês.No entanto, apurou o Alto Hama, esses observadores foram alertados pelos líderes europeus (há quem lhes chame pressão) para moderarem as críticas ao regime, alegando que é necessário bom senso na análise. Por outras palavras, alegando que mais vale ter um ditador amigo no poder do que um democrata.Ontem, a chefe da missão de observação eleitoral da União Europeia, Luiza Morgantini, deu azo a uma polémica, face às suas declarações iniciais, quando, pouco depois da abertura das urnas, classificou o processo eleitoral como "um desastre". Mais tarde, depois de receber alguns telefonemas, acabou por corrigir o tiro de modo a passar ao lado do alvo.Previsivelmente o relatório dos observadores vai dizer que afinal as eleições foram um êxito total, um exemplo para África.Quanto ao facto de terem faltado os cadernos eleitorais em todas as assembleias de voto de Luanda; de ter estado ausente o previsto registo electrónico dos eleitores e dos boletins de voto; de polícias terem distribuído votos e “ensinado” a votar; de bem cedo os homens do MPLA terem dito que haveria um segundo dia de voto; de os órgãos de comunicação do Estado terem feito propaganda ao MPLA no próprio dia das eleições... tudo normal.Tudo normal em nome dos superiores interesses da comunidade internacional e dos seus bons amigos angolanos do MPLA.


A Missão de Observação Eleitoral da União Europeia (UE) às eleições legislativas angolanas de ontem anunciou hoje um adiamento de 24 horas do seu relatório sobre o processo eleitoral, previsto para ser divulgado amanhã. Isto está cada vez mais parecido com o Zimbabué. Não está?Fonte da missão disse à Agência Lusa que uma delegação de observadores da UE, chefiada pela italiana Luisa Morgantini, esteve hoje reunida com o presidente da UNITA, Isaías Samakuva, que ontem pediu à Comissão Nacional Eleitoral (CNE) angolana a repetição das eleições na província de Luanda, alegando as falhas durante o dia de votação. Já hoje de manhã, a UNITA entregou na CNE um pedido de impugnação das eleições em Luanda.No relatório da missão da UE deveria ser feita uma síntese preliminar do resultado do trabalho da mais de uma centena de observadores europeus que estiveram no terreno durante o último mês.No entanto, apurou o Alto Hama, esses observadores foram alertados pelos líderes europeus (há quem lhes chame pressão) para moderarem as críticas ao regime, alegando que é necessário bom senso na análise. Por outras palavras, alegando que mais vale ter um ditador amigo no poder do que um democrata.Ontem, a chefe da missão de observação eleitoral da União Europeia, Luiza Morgantini, deu azo a uma polémica, face às suas declarações iniciais, quando, pouco depois da abertura das urnas, classificou o processo eleitoral como "um desastre". Mais tarde, depois de receber alguns telefonemas, acabou por corrigir o tiro de modo a passar ao lado do alvo.Previsivelmente o relatório dos observadores vai dizer que afinal as eleições foram um êxito total, um exemplo para África.Quanto ao facto de terem faltado os cadernos eleitorais em todas as assembleias de voto de Luanda; de ter estado ausente o previsto registo electrónico dos eleitores e dos boletins de voto; de polícias terem distribuído votos e “ensinado” a votar; de bem cedo os homens do MPLA terem dito que haveria um segundo dia de voto; de os órgãos de comunicação do Estado terem feito propaganda ao MPLA no próprio dia das eleições... tudo normal.Tudo normal em nome dos superiores interesses da comunidade internacional e dos seus bons amigos angolanos do MPLA.

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