Alto Hama: Dívida externa e desemprego podem levar a uma “situação explosiva”? Quem diria...

05-07-2011
marcar artigo


Na sua mensagem de ano novo, dirigida hoje aos portugueses onde, penso, terá incluído os dois milhões (20%) de pobres e os mais de 600 mil desempregados, Cavaco Silva traçou um cenário negro da situação económica do país dizendo mesmo que “podemos estar a caminhar para uma situação explosiva”.Sem nunca falar em retoma, pediu mais exigência e responsabilidade e afirmou que “o exemplo tem de vir de cima”. Santa ingenuidade. Não. Não a de Cavaco Silva mas, isso sim, a dos portugueses de segunda.De discurso em discurso, cada vez mais penso que Portugal precisa é de mudar de paradigma. De facto, mudar de povo não me parece possível. Já mudar de políticos talvez fosse uma boa alternativa. O problema é que em Portugal mantém-se actual e pujante o ditado popular: quanto mais me bates, mais gosto de ti.De vez em quando, como se não tivesse nada a ver com o que se passa nas ocidentais praias lusitanas, Cavaco Silva vai dando uns palpites. No passado dia 10 de Junho, já lá vão uns meses, disse ser inaceitável o alheamento dos portugueses da vida pública.É verdade. Mas de quem será a culpa? Dos cidadãos que cada vez mais são vistos pelos políticos como mera mercadoria ou, na melhor das hipóteses, como números, ou daqueles que se julgam donos do reino por pertencerem a uma casta diferente?Cavaco Silva disse também, e já lá vão mais de seis meses, que “em tempos reconhecidamente difíceis como aqueles em que vivemos, não é aceitável que existam portugueses que se considerem dispensados de dar o seu contributo, por mais pequeno que seja”.Não é, Senhor Presidente, uma questão de se considerarem “dispensados de dar o seu contributo”, é antes uma questão de não aceitarem passar um cheque em branco a políticos em quem não acreditam. Mudem-se os políticos e as políticas e os portugueses passarão a estar na primeira linha do combate democrático.Tudo isto é sintoma, claro, de que ou os políticos portugueses deixam de cantar no convés enquanto o navio se afunda, ou sujeitam-se a que o Povo saia à rua e os afunde. E ao que me parece amanhã já será tarde...


Na sua mensagem de ano novo, dirigida hoje aos portugueses onde, penso, terá incluído os dois milhões (20%) de pobres e os mais de 600 mil desempregados, Cavaco Silva traçou um cenário negro da situação económica do país dizendo mesmo que “podemos estar a caminhar para uma situação explosiva”.Sem nunca falar em retoma, pediu mais exigência e responsabilidade e afirmou que “o exemplo tem de vir de cima”. Santa ingenuidade. Não. Não a de Cavaco Silva mas, isso sim, a dos portugueses de segunda.De discurso em discurso, cada vez mais penso que Portugal precisa é de mudar de paradigma. De facto, mudar de povo não me parece possível. Já mudar de políticos talvez fosse uma boa alternativa. O problema é que em Portugal mantém-se actual e pujante o ditado popular: quanto mais me bates, mais gosto de ti.De vez em quando, como se não tivesse nada a ver com o que se passa nas ocidentais praias lusitanas, Cavaco Silva vai dando uns palpites. No passado dia 10 de Junho, já lá vão uns meses, disse ser inaceitável o alheamento dos portugueses da vida pública.É verdade. Mas de quem será a culpa? Dos cidadãos que cada vez mais são vistos pelos políticos como mera mercadoria ou, na melhor das hipóteses, como números, ou daqueles que se julgam donos do reino por pertencerem a uma casta diferente?Cavaco Silva disse também, e já lá vão mais de seis meses, que “em tempos reconhecidamente difíceis como aqueles em que vivemos, não é aceitável que existam portugueses que se considerem dispensados de dar o seu contributo, por mais pequeno que seja”.Não é, Senhor Presidente, uma questão de se considerarem “dispensados de dar o seu contributo”, é antes uma questão de não aceitarem passar um cheque em branco a políticos em quem não acreditam. Mudem-se os políticos e as políticas e os portugueses passarão a estar na primeira linha do combate democrático.Tudo isto é sintoma, claro, de que ou os políticos portugueses deixam de cantar no convés enquanto o navio se afunda, ou sujeitam-se a que o Povo saia à rua e os afunde. E ao que me parece amanhã já será tarde...

marcar artigo