Alto Hama: “Tsunami” nos media estatais de Angolanão passa de um muito pequenino espirro

03-07-2011
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Nos meios jornalísticos em Luanda, diz a Voz da América, acredita-se que as mudanças operadas nas direcções dos principais órgãos de comunicação social do Estado en Angola não trarão nada de novo, já que não representam qualquer alteração na política do governo em relação à imprensa estatal. É isso que há muito escrevo.Ou seja, mudam as moscas mas a porcaria continua a mesma, o que – acrescento – não é um exclusivo angolano. De qualquer modo, o facto de se fazerem mudanças para que tudo continue na mesma, pode e deve servir para que os jornalistas sérios (e há muitos em Angola) entendam que urge dar voz aos que a não têm, ou seja, a maioria do povo. Voz que, tanto em Angola como em qualquer outro país, não é dada por nenhum órgão que esteja sob a tutela do EstadoPerante um cenário político em que o principal partido da Oposição, a UNITA, parece mais interessada em olhar para o próprio umbigo do que para a barriga vazia dos angolanos (muitos deles seus simpatizantes), cabe aos jornalistas darem corpo à sua missão de pôr o poder das ideias acima das ideias de poder.É claro que o mercado é limitado e os investidores, como sempre acontece em alturas como a que Angola se prepara para viver (eleições), estão mais vocacionados para apostar no que conhecem bem, apesar de mau, do que no que não conhecem.Mesmo assim, haverá investidores que pelo sim e pelo não vão jogar em dois ou mais tabuleiros e apostar em projectos de imprensa privados. Cabe, presumindo que este cenário é credível, aos jornalistas deitarem mãos à obra e avançar. Se Maomé não vai à montanha, que vá esta até ele.É provável que se passe dos oito para os oitenta, o que é normal numa situação de transformação. É que, mesmo que o MPLA e Eduardo dos Santos vençam as eleições, Angola passará a ser necessariamente um país diferente.Como diferente passarão a ser, mesmo contra a sua vontade , os media estatais. A economia de mercado vai igualmente ganhar pontos, permitindo que só toque viola quem tiver unhas.Assim, será natural também que dos novos projectos jornalísticos (dos que se conhecem e dos que estão a caminho) muitos fiquem pelo caminho. Vão separar-se as águas. Só sobreviverão os bons e esses, podem crer, estão quase todos fora da tutela do Estado.


Nos meios jornalísticos em Luanda, diz a Voz da América, acredita-se que as mudanças operadas nas direcções dos principais órgãos de comunicação social do Estado en Angola não trarão nada de novo, já que não representam qualquer alteração na política do governo em relação à imprensa estatal. É isso que há muito escrevo.Ou seja, mudam as moscas mas a porcaria continua a mesma, o que – acrescento – não é um exclusivo angolano. De qualquer modo, o facto de se fazerem mudanças para que tudo continue na mesma, pode e deve servir para que os jornalistas sérios (e há muitos em Angola) entendam que urge dar voz aos que a não têm, ou seja, a maioria do povo. Voz que, tanto em Angola como em qualquer outro país, não é dada por nenhum órgão que esteja sob a tutela do EstadoPerante um cenário político em que o principal partido da Oposição, a UNITA, parece mais interessada em olhar para o próprio umbigo do que para a barriga vazia dos angolanos (muitos deles seus simpatizantes), cabe aos jornalistas darem corpo à sua missão de pôr o poder das ideias acima das ideias de poder.É claro que o mercado é limitado e os investidores, como sempre acontece em alturas como a que Angola se prepara para viver (eleições), estão mais vocacionados para apostar no que conhecem bem, apesar de mau, do que no que não conhecem.Mesmo assim, haverá investidores que pelo sim e pelo não vão jogar em dois ou mais tabuleiros e apostar em projectos de imprensa privados. Cabe, presumindo que este cenário é credível, aos jornalistas deitarem mãos à obra e avançar. Se Maomé não vai à montanha, que vá esta até ele.É provável que se passe dos oito para os oitenta, o que é normal numa situação de transformação. É que, mesmo que o MPLA e Eduardo dos Santos vençam as eleições, Angola passará a ser necessariamente um país diferente.Como diferente passarão a ser, mesmo contra a sua vontade , os media estatais. A economia de mercado vai igualmente ganhar pontos, permitindo que só toque viola quem tiver unhas.Assim, será natural também que dos novos projectos jornalísticos (dos que se conhecem e dos que estão a caminho) muitos fiquem pelo caminho. Vão separar-se as águas. Só sobreviverão os bons e esses, podem crer, estão quase todos fora da tutela do Estado.

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