Medo da radioactividade

12-03-2012
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Não há vítimas mortais de Fukushima

Não há notícia de que a pior catástrofe nuclear desde Tchernobil tenha feito mortos, mas o acidente da central de Fukushima deixou no Japão uma radioactividade "crónica e duradoura", concluiu o Instituto de Radioprotecção e de Segurança Nuclear francês (IRSN). A fusão do combustível de três reactores libertou iodo e césio para o ar, solos e água e obrigou milhares de pessoas a abandonar as suas casas. O IRSN diz que foi entre 12 e 25 de Março de 2011 que mais elementos radioactivos foram libertados e que hoje a contaminação diminuiu. Contudo, as populações estão confusas e desconfiam das autoridades, que, denunciou a Human Rights Watch, são demasiado lentas na realização de exames médicos e a informar as pessoas dos riscos. Os receios dos cidadãos são exacerbados pelas incertezas. Passou um ano desde a catástrofe e o Japão continua sem saber ao certo a quantidade de radioactividade libertada, em especial nos primeiros dez dias, devido às falhas de energia que impediram as medições. A Agência japonesa de Segurança Nuclear e Industrial estimou que a radioactividade libertada corresponda a 6% da de Tchernobil, mas há outras estimativas. Depois, não se sabem os efeitos na saúde da exposição prolongada a baixos níveis de radioactividade. Todavia, foi lançado um estudo epidemiológico para acompanhar dois milhões de pessoas que estiveram sujeitas a esta radioactividade. O país tenta reduzir riscos, evitando consumir produtos frescos de Fukushima. Em Janeiro começou a limpeza de mil quilómetros quadrados de solos contaminados, a maioria florestas e campos agrícolas. Helena Geraldes

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Não há vítimas mortais de Fukushima

Não há notícia de que a pior catástrofe nuclear desde Tchernobil tenha feito mortos, mas o acidente da central de Fukushima deixou no Japão uma radioactividade "crónica e duradoura", concluiu o Instituto de Radioprotecção e de Segurança Nuclear francês (IRSN). A fusão do combustível de três reactores libertou iodo e césio para o ar, solos e água e obrigou milhares de pessoas a abandonar as suas casas. O IRSN diz que foi entre 12 e 25 de Março de 2011 que mais elementos radioactivos foram libertados e que hoje a contaminação diminuiu. Contudo, as populações estão confusas e desconfiam das autoridades, que, denunciou a Human Rights Watch, são demasiado lentas na realização de exames médicos e a informar as pessoas dos riscos. Os receios dos cidadãos são exacerbados pelas incertezas. Passou um ano desde a catástrofe e o Japão continua sem saber ao certo a quantidade de radioactividade libertada, em especial nos primeiros dez dias, devido às falhas de energia que impediram as medições. A Agência japonesa de Segurança Nuclear e Industrial estimou que a radioactividade libertada corresponda a 6% da de Tchernobil, mas há outras estimativas. Depois, não se sabem os efeitos na saúde da exposição prolongada a baixos níveis de radioactividade. Todavia, foi lançado um estudo epidemiológico para acompanhar dois milhões de pessoas que estiveram sujeitas a esta radioactividade. O país tenta reduzir riscos, evitando consumir produtos frescos de Fukushima. Em Janeiro começou a limpeza de mil quilómetros quadrados de solos contaminados, a maioria florestas e campos agrícolas. Helena Geraldes

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