Emigração voltou a máximos em 2013

05-10-2014
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27.DEZ.2013 00:35

Emigração voltou a máximos em 2013

Em mês de regresso de muitos emigrantes a casa para passar o Natal, o Governo lança novos dados sobre a saída de portugueses: em 2013, mais de 100 mil já deixaram o País para viver e trabalhar no estrangeiro.

Nas contas do Executivo, este ano será difícil quebrar o recorde do ano passado, mas o nível vai manter-se igualmente elevado. "Não tenho nota que, no ano, tenha havido um aumento. Temos números mais ou menos constantes, mas que são bastante altos", referiu José Cesário, secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, à agência Lusa, acrescentando que os "valores se mantêm idênticos" aos de 2012.

Leia também: Quantos portugueses emigraram nos últimos 50 anos

Quanto aos destinos, os países da Europa mantêm-se os preferidos dos portugueses, repetindo-se aquilo que o investigador Jorge Malheiros diz ser os destinos tradicionais - o top 5 das remessas enviadas dá conta disso mesmo. No entanto, nesta nova vaga de emigração, a par do crescimento económico nos países desenvolvidos, África é cada vez mais um destino frequente (ver entrevista ao lado).

E para estas saídas não contribuem apenas os qualificados, alerta o especialista, justificando que "pensando na crise da construção civil e do imobiliário e na estrutura de qualificação dos portugueses, acredito que a nossa emigração seja 50%-50% entre qualificados, com licenciatura, e menos qualificados, com escolaridade reduzida".

Leia também: Novos emigrantes não escolhem Portugal para guardar poupanças

O que é facto é que são cada vez mais frequentes os anúncios de emprego para licenciados e não licenciados fora do País. Para o Reino Unido e Alemanha pede-se médicos e enfermeiros - por exemplo no Deutsches Herzzentrum München, hospital do coração em Munique, já trabalham 30 portugueses e em janeiro serão contratados outros 40 - ; para a Holanda, Alemanha e Noruega pede-se engenheiros ou informáticos; para Moçambique e Angola várias funções relacionadas com a construção civil, tal como para os países da América do Sul. Ana Margarida Pinheiro

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Emigração voltou a máximos em 2013

Em mês de regresso de muitos emigrantes a casa para passar o Natal, o Governo lança novos dados sobre a saída de portugueses: em 2013, mais de 100 mil já deixaram o País para viver e trabalhar no estrangeiro.

Nas contas do Executivo, este ano será difícil quebrar o recorde do ano passado, mas o nível vai manter-se igualmente elevado. "Não tenho nota que, no ano, tenha havido um aumento. Temos números mais ou menos constantes, mas que são bastante altos", referiu José Cesário, secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, à agência Lusa, acrescentando que os "valores se mantêm idênticos" aos de 2012.

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Quanto aos destinos, os países da Europa mantêm-se os preferidos dos portugueses, repetindo-se aquilo que o investigador Jorge Malheiros diz ser os destinos tradicionais - o top 5 das remessas enviadas dá conta disso mesmo. No entanto, nesta nova vaga de emigração, a par do crescimento económico nos países desenvolvidos, África é cada vez mais um destino frequente (ver entrevista ao lado).

E para estas saídas não contribuem apenas os qualificados, alerta o especialista, justificando que "pensando na crise da construção civil e do imobiliário e na estrutura de qualificação dos portugueses, acredito que a nossa emigração seja 50%-50% entre qualificados, com licenciatura, e menos qualificados, com escolaridade reduzida".

Leia também: Novos emigrantes não escolhem Portugal para guardar poupanças

O que é facto é que são cada vez mais frequentes os anúncios de emprego para licenciados e não licenciados fora do País. Para o Reino Unido e Alemanha pede-se médicos e enfermeiros - por exemplo no Deutsches Herzzentrum München, hospital do coração em Munique, já trabalham 30 portugueses e em janeiro serão contratados outros 40 - ; para a Holanda, Alemanha e Noruega pede-se engenheiros ou informáticos; para Moçambique e Angola várias funções relacionadas com a construção civil, tal como para os países da América do Sul. Ana Margarida Pinheiro

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